Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Coordenando atividades domésticas e profissão

Da edição de dezembro de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Mais mulheres participam do mercado de trabalho, hoje, do que nunca antes. E muitos homens estão ampliando suas atividades em afazeres domésticos. Com essas oportunidades dilatadas vem o desafio: O que fazer a fim de combinar, harmoniosamente, tarefas domésticas com a profissão? Pode alguém ser justo com ambas ao mesmo tempo?

A resposta depende grandemente de como alguém vê a si mesmo e ao seu mundo. Quem, ou o que, crê ele ser aquilo que determina sua capacidade, seu sucesso? Um ponto de vista humano limitado oferece base inadequada para julgamento. A Ciência Cristã capacita-nos a ver essas questões com um discernimento espiritual estabelecido sobre uma premissa básica — a imutável unidade de Deus com o homem. Essa união não é ideal abstrato, é um fato tangível, demonstrável — é realidade fundamental que, quando compreendida e aplicada especificamente, traz satisfação ao nosso viver diário.

Cristo Jesus estava inquestionavelmente apercebido de seu relacionamento com Deus. Conhecia-se como expressão do ser de Deus e não como trabalhador independente. Nem tempo, nem pressão, nem falsa responsabilidade impediram sua obra, e sua carreira foi incomparavelmente bem sucedida. Jesus explicou seu sucesso com estas palavras: “... o Pai que permanece em mim, faz as suas obras.” João 14:10.

Cada um de nós pode cultivar a humildade de atribuir a Deus todo o mérito. Cada um de nós pode, presentemente, demonstrar, ao menos em algum grau, domínio sobre os conceitos limitados que oprimem a humanidade. Essas provas são proporcionais à nossa consciente unidade com Deus. Falando na importância do desempenho individual, a Sra. Eddy diz: “Tens simplesmente de preservar um senso científico e positivo de unidade com tua fonte divina, e, diariamente, demonstrá-lo.” Pulpit and Press, p. 4.

Aqui está a chave — “um senso científico e positivo de unidade com tua fonte divina”. Uma compreensão de nossa unidade com Deus ergue-nos do excessivo afã ou mostra-nos como enfrentá-lo sem nos prejudicar. Aceitarmos nossa identidade espiritual e nosso propósito como a expressão da Mente imortal, Deus, substitui a crença de que temos mentes pessoais, limitadas, separadas de Deus e sujeitas a medos, ansiedades e pressões. Libertos dessa concepção errônea e restritiva, estamos aptos a discernir as idéias espirituais que vêm a nós, continuamente, provenientes de Deus. Essas idéias elevam todos os nossos desempenhos a um mais alto nível de excelência. Qualquer que seja o problema, qualquer que seja a necessidade, a percepção constante de nossa unidade com Deus traz a solução.

Vejamos, especificamente. O fator tempo, por exemplo, pode parecer um obstáculo em contrabalançar tarefas domésticas com carreira profissional — pouco tempo, tempo perdido, exigências incompatíveis com os prazos que temos. Mas a necessidade real não é ter mais tempo ou menos afazeres. A necessidade é estar consciente das qualidades com fundamento espiritual que nos capacitam a fazer o trabalho que deve ser feito — qualidades espirituais de discernimento, perceptibilidade, inteligência, eficiência desinteressada. A fonte dessas qualidades é a Mente. Os pensamentos e as qualidades da Mente divina estão acessíveis para nós justamente onde estamos, e dão ao nosso trabalho vigor e espontaneidade. Ao afirmar nossa unidade com Deus e, humildemente, estar atentos à Sua orientação, percebemos que o tempo não pode impedir nossas realizações.

O mesmo é verdadeiro quanto a outra queixa, comum na sociedade de hoje — a pressão. Quase invariavelmente, as pressões e os problemas da existência humana surgem de um pronome por demais usado — o “meu”. Pensamos em termos de meu lar, meu emprego, meus filhos, minha esposa, meu marido, minha responsabilidade, meu problema! Se conjugado com medo ou sentimento de posse, isso pode tornar-se carga insuportável. A solução está em perceber que a palavra controladora é realmente Teu, em vez de meu. O pensamento, então, centraliza-se em Deus, não é egocêntrico nem concentrado em outras pessoas. Começamos a ver o fato espiritual de que Deus é a Mente criadora ensejada a todos. Cada um, como idéia espiritual individual, está unido a Deus.

A crença mortal nega a identidade espiritual, e é por isso que se sente pressionada. Vê muitas mentes agindo e reagindo umas sobre as outras, insufladas por variadas ambições. Faz de uma pessoa a responsável pelas ações ou pelo desempenho de outra, ou de um grupo de pessoas — pais por filhos, professores por alunos, chefes por empregados, e assim por diante. Mas, se formos além das aparências e chegarmos até o fato espiritual, encontraremos que a Mente — a realidade subjacente, unificadora — já está ativa. Aceitando esse ponto, podemos eliminar a falsa responsabilidade e a pressão que caracterizam a posse pessoal.

É importante notar que renunciar à responsabilidade pessoal não implica em cruzar os braços, por assim dizer, em não fazer nada. Antes, indica que nosso esforço deveria ser posto em desenvolver uma atitude calma e atenta, harmonizada com a Mente, e em tomar naturalmente os passos humanos necessários e utilizar nossas capacidades derivadas de Deus.

Se temos ou não um emprego no rotineiro mundo dos negócios, se somos casados ou solteiros, podemos ser progressivamente mais produtivos. Podemos precaver-nos contra a perda de tempo e de oportunidades. Em um artigo intitulado “Utiliza melhor teu tempo”, a Sra. Eddy escreve: “O êxito na vida depende do esforço persistente, da utilização dos momentos mais do que de qualquer outra coisa.” E mais adiante diz: “O que deseja ter êxito no futuro, deve aproveitar ao máximo o presente.” Miscellaneous Writings, p. 230.

Depois de haver eu casado, quando tinha dois filhos pequenos, apresentou-se-me a oportunidade de iniciar uma carreira profissional diferente — a qual me permitiria ser, progressivamente, útil a outros. Isso significava ter um escritório em casa e realizar aí muito do meu trabalho.

Enquanto eu orava — reconhecendo em Deus, em vez de em mim própria, o mentor de cada atividade — descobri que, em vez de conflitarem-se, essas duas esferas se complementavam. Por exemplo, estendi às minhas tarefas domésticas a rigorosa disciplina que eu estabelecera para com os meus deveres da profissão e subordinei tais deveres ao meu mais alto conceito de lar. Inversamente, o amor expresso em compaixão e consideração no lar promoveu carinhosa e harmoniosa atmosfera de trabalho. Os membros da família deram seu apoio em cooperação e todos fomos beneficiados por esse devotado modo de tratar nossos assuntos.

Estamos prontos para assumir as tarefas que somos chamados a desempenhar quando, conscienciosamente, identificamos a nós e também aos outros com a fonte dinâmica de todo ser real. Então, assim que deixamos de reagir de modo negativo às limitações, pressões e responsabilidades, as tarefas domésticas e a profissão coordenam-se com sucesso.


O Senhor vos faça
crescer, e aumentar no amor
uns para com os outros
e para com todos.

1 Tessalonicenses 3:12

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / dezembro de 1983

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.