O quanto acreditamos nas comunicações do corpo que, em geral, são chamadas de sinais vitais? O que nos dizem, de fato, sobre a verdadeira vida e saúde? A fé espiritual volve-nos à fonte original e ao sustentador máximo de toda vida e saúde: ao Próprio Deus.
Deus é a única Vida, Mente e Alma de Sua criação, inclusive do homem criado à semelhança de Deus. A existência, inteligência e consciência do homem espiritual, por refletirem Deus, não podem ser diminuídas ou aumentadas, mas desdobram-se eternamente desde a base de sua inteireza. Por meio do sentido espiritual, discernimos que o verdadeiro homem não pode deixar de estar tão vivo, alerta e ativo quanto o seu criador e preservador, Deus. A vida do homem nunca corre risco. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “As crenças de sofrimento, de pecado e de morte são irreais. Quando a Ciência divina for compreendida universalmente, não terão poder algum sobre o homem, pois o homem é imortal e vive por autoridade divina.” Ciência e Saúde, p. 76.
Nenhum monitor eletrônico teria podido divulgar o que a Vida, a Mente e Alma de Cristo Jesus fazia por ele, mesmo enquanto seus perseguidores o declararam morto na cruz e amigos o puseram numa sepultura. Nenhum sistema material de sustentação de vida poderia ter alimentado sua ressurreição. Honrando profundamente a prova oferecida por nosso grande Mestre, Ciência e Saúde pergunta: “Poder-se-ia chamar de sobrenatural que o Deus da natureza sustentasse Jesus na sua comprovação do poder verdadeiramente conferido ao homem?” E, na mesma página, lemos: “Paredes de rocha obstruíam o caminho e era preciso remover uma grande pedra da entrada da cova; Jesus, porém, venceu todo obstáculo material, superou todas as leis da matéria, e saiu de seu lúgubre lugar de repouso, coroado com a glória de um êxito sublime, uma vitória eterna.” Ibid., pp. 44–45. Jesus deu essa sublime demonstração de vida exclusivamente por meio do poder espiritual, sem nenhuma dependência de meios materiais.
Na Bíblia estão registrados incidentes em que os discípulos de Jesus ressuscitaram pessoas após estas terem sido dadas por mortas. Pedro fez reviver Dorcas, mulher “notável pelas boas obras e esmolas que fazia” Atos 9:36.. E, quando o jovem Êutico “caiu do terceiro andar abaixo, e foi levantado morto”, Paulo declarou: “Não vos perturbeis, que a vida nele está” Atos 20:9, 10., e o ressuscitou.
Hoje em dia, tem-se a impressão de que as pessoas estão demasiado ocupadas com objetivos materiais e pouco inclinadas a abordarem radicalmente a questão de derrotar a morte, como os primeiros seguidores da fé cristã o faziam. Não obstante, os cristãos podem e devem aspirar a elevarem a si e a outros da morte moral e espiritual provocada pelo pecado incontido. Por meio da regeneração moral e espiritual, podemos nos preparar para emular as obras daqueles primeiros discípulos. Dar provas como as que eles deram é tão possível hoje como o foi naquela época. Podemos valer-nos do poder supremo de Deus para curar. Podemos esforçar-nos, através do discipulado cristão, para individualizar o homem ideal. O que quer que seja vital à vida eterna é espiritual em substância e manifestação. A demonstração de vida eterna é proporcional à espiritualidade daquele que a demonstra.
Como aumentamos nosso reconhecimento da espiritualidade? Como podemos dar-lhe ocasião e observar seu aparecimento na cena humana? Para começar, podemos melhorar a qualidade de nossas orações. Um querido hino diz: “Para o cristão, a oração/Alento é, vital. ...” Hinário da Ciência Cristã, n° 284. É claro que a substância da oração não depende do ar que respiramos ou dos pulmões que o respiram. Ora, a oração pode ter efeito benéfico sobre todo o sistema humano! A oração, dependendo da inspiração espiritual que provém diretamente de Deus, transformanos a mente, o corpo e o ambiente. A oração dá sinal verdadeiramente vital de que estamos vivendo em concordância com Deus. E viver de acordo com Deus é partilhar livremente de Sua dispensação da vida harmoniosa e imorredoura.
Amar é outro sinal de vida espiritualmente fundamental. Fortalecemos nosso amor através de purificação moral e autocontrole. Nenhum eletrocardiograma poderá detectar a espiritualização dos sentimentos que vence a sensualidade carnal e estabiliza as emoções. Monitores fetais não conseguem encontrar os sinais do novo nascimento que aparecem à medida que revestimos de altruísmo os nossos motivos e que as nossas afeições se tornam imparciais. Mas o sentido espiritual, nossa habilidade de discernir Deus e Sua imagem, registra toda e qualquer indicação de regeneração. Tanto a alegria como a tristeza podem ser salutares ao nosso crescimento se permitirmos que nos ensinem lições de humildade e gratidão.
É-nos possível exercer as capacidades inerentes que nos são dadas por Deus, para nos salvarmos do pecado, da doença e da morte. O progresso espiritual talvez não seja ouvido nem visto pelos enganadores sentidos físicos, mas todo esforço no sentido de nos alinharmos com Deus é espiritualmente audível e visível. O bem se nos torna mais evidente ao desenvolvermos o sentido espiritual por meio de graça e obediência. Ao nos consagrarmos a uma prática mais devotada da Ciência Cristã, as condições que realmente queremos ver expressadas — saúde sólida e vida imorredoura diretamente procedentes do Próprio Deus — apresentam-se em nossa vida e na dos nossos entes queridos de maneira perceptível.
Na realidade, o desdobramento contínuo do ser nunca está em discussão. A vida e a saúde não podem fugir-nos. O Próprio Deus sustenta a eternidade infinita de cada identidade espiritual e é perfeitamente capaz de nos dar qualquer sinal de vida que nos conforte e anime.
A evidência indiscutível de que há progresso perpétuo para todos se tornará mais aparente na proporção de nosso próprio progresso. O crescimento espiritual capacita-nos a transmitir e a receber sinais genuínos de saúde e de vida que nunca haverão de falhar: a manifestação, mediante o orar e o amar, do cuidado prático de Deus.
