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A prova que teve Luís

Da edição de março de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


“Você amarrou as bicicletas em cima do carro, Luís?” gritou a mãe de dentro de casa.

“Claro! E as sacolas de praia estão no porta-malas. Depressa, Mamãe, para podermos dar um giro de bibicleta em volta do lago, antes do almoço.”

Luís tinha pressa de chegar ao parque do lago. Gostava de andar de bicicleta pelos caminhos sombreados, e gostava do cheiro dos cachorros-quentes quando estavam sendo cozidos na barraquinha onde se toma o lanche. Luís tinha esperança de que o sol esquentasse suficientemente o lago para poderem nadar à tarde, e depois passear pela praia.

Finalmente a mãe entrou no carro. Puseram-se a caminho para apanhar Sandra e Jane, as netas de D. Corália, amiga e professora de Escola Dominical do Luís. Todas elas estavam na frente da casa, com as sacolas de praia, quando Luís e a mãe apareceram. As meninas também estavam ansiosas para chegar ao parque.

Nem bem a mãe desligara o motor, já Luís estava fora do carro. Abaixou o banco para que as meninas pudessem entrar atrás, e deu a volta para conversar com D. Corália que observava a mãe de Luís enquanto esta arrumava as coisas no porta-malas.

Ao descrever os caminhos que cercam o lago, Luís traçava com o dedo uma espécie de mapa ao longo da canaleta nas bordas do porta-malas. Sem saber que o dedo estava lá, a mãe fechou de repente o porta-malas e colocou as chaves em sua enorme bolsa.

O dedo de Luís ficou preso. Luís não podia mexer-se. Ficou tão assustado que não conseguia sequer gritar. Sentiu, então, a mão de D. Corália perto da sua. Os olhos deles se encontraram e Luís percebeu que ela estava orando. Logo já não ficou tão assustado. Percebendo o que acontecera, a mãe do menino começou a procurar na bolsa a chave do porta-malas.

D. Corália, que é praticista da Ciência Cristã, disse suavemente ao Luís: “Você sabe que Deus lhe ama, não sabe?”

“Ssssim”, a voz de Luís tremeu.

“E você sabe que é o filho muito querido de Deus.”

Ouviu-se outro “Ssssim”. Desta vez Luís sentia-se mais seguro.

“Como filho de Deus, você é Sua semelhança. Como Deus é Espírito e não pode ser esmagado, você também não pode se machucar.”

Finalmente a mãe achou as chaves e abriu a porta. Luís ficou livre, mas o dedo não parecia estar nada bem. “Olhe para Deus e Sua bondade, Luís, não para o dedo”, disse D. Corália, enquanto ele entrava no carro.

Foi difícil segurar as lágrimas, mas Luís fez força, e acenou para D. Corália, enquanto iam embora.

Durante o caminho, o dedo doeu umas duas ou três vezes, mas, ao invés de olhar para ele, Luís pensava em Deus e em Sua bondade. Havia aprendido, na Escola Dominical da Ciência Cristã, que “Deus está em toda parte, e nada afora Ele está presente ou tem poder” Ciência e Saúde, p. 473., como diz a Sra. Eddy. Logo o dedo parou de latejar. Luís, Jane e Sandra andaram de bicicleta, nadaram no lago, comeram cachorros-quentes e andaram pela praia à cata de bolinhas de gude. Acabou sendo um dia ótimo, e terminou depressa demais.

Naquela noite, quando Luís mostrou ao pai as bolinhas que encontrara e contou como havia se divertido, nem mencionou o dedo machucado. Esquecera dele. No dia seguinte, quando olhou para o dedo, havia aí apenas uma fina linha vermelha, que nem doía, e que logo desapareceu. Mas Luís lembrou-se por muito tempo dessa cura rápida. Era a prova que ele tinha de que é bom olhar para Deus.

Nota aos pais:

A mãe de Luís ficou muito preocupada com o bem-estar do filho. Como, para ela e para o filho, depor confiança em Deus sempre resultara em cura, sentiu-se confiante de que a atenção e a oração imediatas da praticista seriam eficazes nesse caso.

D. Corália falou com Luís em palavras que, sabia, ele entenderia. As crianças que estudam Ciência Cristã aprendem muito cedo que Deus é Amor, é todo-poderoso e está em todo lugar. Numa aula recente, na Escola Dominical, Luís aprendera que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. Ver Gênesis 1:26. A classe havia também conversado a respeito das realizações de Cristo Jesus — curas de doenças, acidentes, cegueira — curas conseguidas ao olhar-se para Deus, o bem, como o único poder. Disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.”  João 5:19.

Tanto Luís como a mãe sabiam que D. Corália lhe dera um tratamento pela Ciência Cristã (aplicando ao caso a lei do poder sempre presente de Deus). Tal oração era muito mais do que pedir a Deus que curasse um dedo esmagado. Era uma afirmação de que a verdadeira identidade do homem não é material, mas espiritual, pois está em Deus, o Espírito, e portanto está intata. Os resultados mostraram-se de acordo com a afirmação da Sra. Eddy: “A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor abnegado.” Ciência e Saúde, p. 1.

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