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Domínio sublime

Da edição de março de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao visitarmos, certo dia, uma reserva de animais na África do Sul, ali chegamos no momento em que iriam alimentar sete guepardos, animal também conhecido como leopardo caçador, recentemente capturados. O guarda do parque trancou-se, desarmado, no cercado dos guepardos. Imediatamente eles pularam para fora dos arbustos e investiram contra ele, rosnando e mostrando os dentes. O guarda permaneceu parado e encarou firmemente cada um dos animais. À medida que se aproximavam dele, paravam, ainda rosnando, e retrocediam. Quando cessaram de rosnar, ele lhes deu de comer.

O controle do guarda sobre aqueles animais ficou demonstrado em sua destemida capacidade de contê-los com um olhar e de manter firme sua posição. Enquanto admirava essa atuação, lembrei-me do relato da Sra. Eddy no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde: “Ao olhar destemidamente um tigre nos olhos, Sir Charles Napier fê-lo retroceder amedrontado para a selva.” Mais adiante, no mesmo parágrafo, afirma: “O olhar de um homem, cravado sem medo num animal feroz, muitas vezes faz com que o animal recue aterrorizado. Essa última ocorrência representa o poder da Verdade sobre o erro — o poder da inteligência exercido sobre as crenças mortais, para destruí-las....” Ciência e Saúde, p. 378.

Isso ilustra a oportunidade que temos, através da Ciência Cristã, de exercer o poder da Verdade para vencer erros e crenças mortais que queiram nos atacar. Ainda que fiquemos face a face com esses erros, sob qualquer forma que assumam, podemos guardar firme nossa posição na verdade. Com a Ciência Cristã estamos equipados para encarar os erros, penetrá-los com o olhar e ver o que realmente são: meros conceitos materiais falsos. O livro Ciência e Saúde afirma: “O único fato concernente a qualquer conceito material é que ele não é nem científico nem eterno, mas está sujeito à mudança e à dissolução.” Ibid., p. 297.

Não precisamos nos tornar presas do erro que surge na forma de medo, pecado, doença, tempo, ou o que quer que esta falsa crença pretenda ser. Podemos guardar firme e corajosamente nossa posição naquilo que é, espiritual e cientificamente, verdadeiro. Paulo escreveu aos romanos: “Em todas estas cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” Romanos 8:37. Deus não precisa ser lembrado de que nos ame; Deus é Amor. Por ser Deus o Amor, e sermos nós, em verdade, Seu reflexo espiritual, podemos vencer o medo, o ódio, o pecado e a moléstia. Contudo, é importante que mantenhamos nossa posição. Precisamos reivindicar persistentemente a verdade de que o amor de Deus destrói a crença de haver vida na matéria, reivindicar que Seu amor expulsa todos os males.

Acaso não é o medo uma das maiores e mais sutis falsidades que temos de enfrentar hoje em dia? Às vezes, até parece dominar-nos. A Sra. Eddy escreve: “A Ciência diz ao medo: ‘És a causa de toda doença; porém, és uma falsidade constituída por si mesma — és escuridão, o nada. Estás sem ‘esperança, e sem Deus no mundo’. Não existes, e não tens direito de existir, porque ‘o perfeito Amor lança fora o medo’.” Retrospecção e Instrospecção, p. 61.

O medo é uma falsidade, porque não contém nenhuma verdade. O Amor é o antídoto para o medo. O Amor divino não conhece o medo e começa a erradicá-lo de nossa consciência e experiência quando percebemos o quanto é infundado, e o substituímos por qualidades derivadas do Amor, tais como paciência, amabilidade, humildade, ternura. O Amor habilita-nos a exercer autocontrole e auto-renúncia a qualquer momento. Podemos recusar-nos a ser amedrontados, assim como podemos recusar-nos a roubar. Temos o poder de pensar e agir correta e honestamente, e está em nós exercer esse poder. Podemos fazer o que Deus nos habilitou a fazer. Vencemos o medo à medida que confiamos no poder de Deus e no Seu terno cuidado por nós.

O medo provém da crença numa identidade material, falsa, e duma aparente falta de amor em nossa consciência. A falsidade de que há vida na matéria é exposta pela Verdade que proclama serem nossa saúde, nossa perfeição e nossa integridade espirituais e estarem intatas. O Amor divino, o Espírito infinito, nos mantém como sua idéia perfeita, abrigada no seio do Amor. Em nosso ser espiritual real somos o objeto do Amor, onde o medo não pode entrar. No coração do Amor, onde nosso verdadeiro ser existe, estamos isentos de medo. A Bíblia nos assegura: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.” 1 João 4:18.

Pensemos nisso! Como verdadeiros representantes do Amor, não podemos ser amedrontados. A ignorância, não sendo entidade alguma, não pode sobrepujar a inteligência do homem e a consciência da presença do Amor. Apreendendo esta grande verdade, podemos comprová-la. A Sra. Eddy nos diz: “Por compreender o domínio que o Amor tinha sobre todas as coisas, Daniel sentiu-se em segurança na cova dos leões, e Paulo provou que a víbora era inofensiva.” Ciência e Saúde, p. 514.

Entender nossa relação científica com o Amor divino leva-nos para fora da influência do medo e vemo-nos na atmosfera serena do todo-poder do Amor divino.

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