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“... esclarecer as abstrações”

Da edição de março de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Não existe nada de abstrato, num sentido de mera teoria, no que concerne ao cristianismo ensinado por Cristo Jesus. Seus ensinamentos obtiveram realismo mediante obras de cura. Suas ilustrações eram concretas, seus preceitos iluminados por significado prático. Palavras e obras pulsavam com terna solicitude pela humanidade, irradiando a afeição divina inefável que agita profundamente o coração. Aos seus discípulos deu ele transcendentes conselhos cheio de paciência infinita; às multidões falou por parábolas reconhecíveis de profundidade excepcional.

Tão pura era a sua compreensão de Deus, o Espírito, que Jesus foi capaz de andar sobre a água. Dotado de compaixão, porém, vinha ao encontro das pessoas onde estas estavam mentalmente e caminhava com elas para elevá-las ainda mais. Sucintamente Mary Baker Eddy descreve o exemplo que foi a vida inteira de Jesus, ilustrando o divino no seu encontro com o humano: “A divindade do Cristo tornou-se manifesta na humanidade de Jesus.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 25.

De igual modo, a Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss) não é abstrata num sentido de teoria sem demonstração. Bastante simples, ela é a Ciência demonstrável dos ensinamentos e da prática do Mestre. Seu espírito cristão, atendendo à necessidade humana mediante o Amor divino, brilha através das palavras de sua Descobridora e Fundadora. A Sra. Eddy escreve: “A palavra de ternura e o encorajamento cristão dados a um doente, a paciência compassiva para com seus temores e o afastamento destes, valem mais do que hecatombes de borbotantes teorias, de discursos estereotipados e plagiados, e de argumentos que não passam de outras tantas paródias à Ciência Cristã legítima, abrasada de Amor divino.” Ibid., p. 367.

Claro está que esta Ciência não é idealismo aéreo; portanto, sua essência jamais pode ser capturada mediante teoria apenas. O que se requer é um equilíbrio perfeito entre a Ciência divina e o cristianismo puro, na verdade, uma união perfeita entre a Verdade absoluta e a terna e vívida aplicação e prova dela em nosso viver diário.

Quando a Sra. Eddy formulou a proposição de que os ensinamentos de Jesus podiam ser entendidos e praticados como Ciência espiritual, constatou que isto era espantoso, se não chocante, para o pensamento humano. Pessoas reagiam de maneiras diversas. Houve alguns que se enamoraram tanto das verdades absolutas da Ciência que ficaram propensos a perder de vista a vigorosa exigência a que ela aponta, de haver comprovação prática do cristianismo. Aquele ponto de vista, levado ao extremo, haveria de interpretar erroneamente esta Ciência como uma forma de idealismo escapista.

Contudo, é digno de nota que em todos os seus escritos a Sra. Eddy preserva o maravilhoso equilíbrio entre a Verdade eterna e a prova espiritual terna incorporadas na missão do Salvador. Repetidamente ela coloca o aluno face a face com as verdades absolutas do ser, e logo explica a aplicação delas em corrigir o nosso pensamento (oração) e em resgatar o indivíduo da doença e do pecado (demonstração).

Encontra-se um exemplo notável no livro Miscellaneous Writings, nas páginas 173 e 174, onde a Sra. Eddy aborda uma questão básica, que figurava em certas filosofias antigas e que agora passa a ter evidência com as descobertas da física moderna, isto é, a questão da realidade da matéria.

Em termos poderosos ela ressalta a totalidade da Mente, Deus, e estabelece a proposição de que esta totalidade divina exclui qualquer possibilidade de a matéria e o pecado existirem em algum lugar ou de terem qualquer realidade — uma verdade absoluta tão radical que transcende as percepções e os padrões dos pensamentos mortais ordinários. Imediatamente, no entanto, ela continua: ‘Precisamos esclarecer as abstrações. Venhamos à presença dAquele que remove todas as iniqüidades e cura todas as nossas enfermidades. Unamos nosso conceito de Ciência ao que tange o sentimento religioso que existe no homem. Descerremos nossas afeições ao Princípio que tudo move em harmonia, desde a queda de um pardal até a rotação do mundo.” Mis., p. 174. A seguir, com ênfase adicional, ela se estende nos parágrafos seguintes sobre como podemos orar, como podemos sentir o efeito fermentador da Verdade, como podemos perceber mais do reino dos céus na experiência atual.

Assim a Ciência Cristã ensina tanto o aparecimento da Verdade absoluta como a sua demonstração prática. Essa demonstração é a prova de Deus conosco, “o Verbo que se fez carne”. Nenhum dualismo é sugerido nesta obra do Cristo ministrador, a Verdade, por meio do qual vê-se o divino coincidir com o humano e a realidade do ser vir à luz. O que está aí indicado é o despertar da consciência humana para a Mente infinita e sua idéia infinita como a única realidade do ser; e, no processo, a transformação dos conceitos humanos, tranformação que nos purifica, cura e salva.

Captar claramente esta coincidência do divino com o humano é da máxima importância para quem demonstra a Ciência Cristã. É mediante esta compreensão que encontramos resposta à pergunta: “Como podemos reconciliar as verdades absolutas da Ciência Cristã com os dilemas e as tragédias da vida humana?” Talvez nenhuma pergunta se apresente mais freqüentemente aos estudiosos desta Ciência e nenhuma seja mais crucial para a demonstração científica.

O Cristo que cura é que traz a resposta, testemunhando para sempre à consciência humana a eterna presença do Amor divino. Para o sentido humano a compreensão da Verdade desponta gradativamente. Como conseqüência nossa demonstração da Verdade é feita por etapas, passo a passo, dia a dia. Mas nossa base e nosso alicerce é a verdade pura de Deus perfeito e homem perfeito. A conscientização dessa verdade vem gradativamente na medida em que abandonamos os conceitos opacos do sentido material e aceitamos na consciência a luz vivificadora do Cristo, a Verdade.

Desta maneira cumprimos em medida cada vez maior a promessa do Salvador: “Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” João 15:7, 8.

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