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Deus nunca nos deixa

Da edição de outubro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Elias obtivera vitórias. Vira o grandioso poder de Deus demonstrado em várias ocasiões significativas.

Estava, porém, cansado e desanimado. Jezebel ameaçara-o de morte e Elias havia se escondido no deserto. Embora estivesse ciente do bem que havia alcançado por meio de sua confiança em Deus, parecia que, quanto mais ficava ao lado da verdade, mais era perseguido e mais a verdade que amava era odiada. E não só isso: parecia que ele era um só contra muitos. De fato, Elias pensava ser o único profeta que permanecera fiel a Deus e que não se curvara a Baal.

A Bíblia relata: “Pediu para si a morte, e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.” 1 Reis 19:4.

O adversário que temos provavelmente não será invejoso e homicida, mas talvez passemos por períodos em que os problemas parecem arrasadores. Frente a um díficil desafio físico ou a um complexo problema nos negócios ou na família, alguém muitas vezes se perguntará se vale a pena esforçar-se para curar a situação, ou para ser curado. Conseguiremos mesmo vencer? O desânimo tentaria fazer-nos crer que o poder da oração não tem chance de nos livrar.

O desânimo fez o que pôde contra Elias e este talvez tenha se perguntado se sua posição em favor da verdade e sua escolha do caminho da confiança espiritual fariam qualquer diferença para o resto do mundo. Talvez ninguém sequer se desse conta ou se importasse se ele continuasse a viver ou não.

Mas Deus não o deixou só.

A Bíblia nos conta que um anjo o tocou por duas vezes. “Levantate, e come, porque o caminho te será sobremodo longo” 1 Reis 19:7., disse o anjo na segunda vez. Então Elias venceu a aparente relutância em viver e comeu o que o anjo lhe havia preparado. Esse anjo, ou mensagem de Deus, alcançou Elias e ajudou-o a identificar e vencer o medo, desmascarando o que a mente carnal lhe sussurrava: “O caminho te será sobremodo longo.”

Se nós, ou alguma pessoa que conhecemos, sentirmos o tenebroso medo de que “o caminho ... será sobremodo longo”, tomemos o exemplo maravilhoso e útil de nosso amigo Elias!

Elias prestou atenção a Deus e seguiu em frente.

Não que houvesse vencido seu desespero. Na verdade, ao chegar ao monte de Deus, encontrou uma caverna e se escondeu.

Deus, porém, não o deixou em paz.

Deus disse-lhe para sair da caverna e ficar de pé no monte. Então, como sabemos, parecia ter se instalado um pandemônio. Um vento muito forte varreu a montanha, mas Elias percebeu que Deus não se expressa na força material. Seguiu-se um terremoto e fogo; e outra vez discerniu que o Deus que ele seguia e que lhe falara, não se expressava em ameaças terríveis de vento, fogo ou terremoto. Ao se dar conta de que Deus não estava nessas coisas, Elias ouviu algo extra-ordinário: “um cicio tranqüilo e suave.”

O que esse cicio tranqüilo e suave veio a representar para Elias comoveu-o de tal forma que cobriu o rosto com o manto em pura admiração e postou-se à entrada da caverna.

Quando Deus lhe perguntou: “Que fazes aqui, Elias?” 1 Reis 19:13. este começou a repetir seus pensamentos lúgubres e então ouviu, de Deus, como tudo isso seria vencido. Quanto à sua solidão, Deus asseguroulhe que havia sete mil em Israel que não haviam se convertido a Baal nem o haviam adorado.

Elias não perdeu mais tempo naquela caverna. Não há na Bíblia mais nenhuma indicação de que ele tenha outra vez caído em apatia. A declaração bíblica de que por fim “Elias subiu ao céu num redemoinho” 2 Reis 2:11. mostra a altura de inspiração e demonstração a que chegou esse grande profeta.

O que é que a experiência de Elias tem a ver conosco? É de extrema importância entendermos que “desistir” e estar “pronto para morrer” são atitudes que os seguidores de Deus jamais deveriam tomar. Do ponto de vista espiritual, são impossíveis! Pois acabaremos aprendendo o que Elias aprendeu: que Deus não nos deixa sozinhos. Seu amor sustentador está conosco agora e sempre.

A crença de que seja inevitável consentir na morte e de que a morte possa dar alívio a nossos problemas é um conceito errôneo do qual a humanidade precisa despertar. “Que fazes aqui?” despertanos do sonho da caverna. É saudável que o mundo questione a existência ou a suposta necessidade da mortalidade. Tal impulso vem de Deus, a Vida divina e eterna.

A Ciência Cristã tem, no termo Vida, palavra sinônima de Deus. Aproximarmo-nos de Deus, e compreendê-Lo melhor, é aproximarmo-nos da Vida eterna e sentir cada vez mais que ela é nossa própria vida.

Responder ao “cicio tranqüilo e suave” que nos fala aos pensamentos mais íntimos é, literalmente, responder a Deus, à Vida eterna!

Alguém talvez diga: “Não ouço o cicio tranqüilo e suave de Deus. Não escuto nada!” Ou: “Tudo o que consigo ouvir e sentir é o vento, o terremoto e o fogo de minha experiência.” Ora, a voz de Deus está conosco agora mesmo e sempre, quer pareça que estejamos na caverna ou “sobre o monte”. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: “O ‘cicio tranqüilo e suave’ do pensamento científico estende-se sobre continentes e oceanos, até às extremidades mais remotas do globo. A voz inaudível da Verdade é para a mente humana como quando ‘ruge um leão’. É ouvida no deserto e nos lugares tenebrosos do medo.” Ciência e Saúde, p. 559.

Quaisquer lugares tenebrosos do medo. A Ciência do Cristo é a lei de Deus que opera nos próprios assuntos humanos com o fim de produzir ação harmoniosa. Esta lei é inteiramente boa. É onipotente. Nada prevalece contra seu poder de salvar e de curar.

Para sentir a presença de Deus, porém, temos de reconhecê-la. Temos de prestar atenção a Deus de todo o coração e não ficar imaginando que podemos retirar-nos da vida. “Os efeitos da Ciência Cristã se fazem sentir, mais do que ver. É o ‘cicio tranqüilo e suave’ da Verdade, a expressar-se. Ou bem estamos nos afastando dessa voz, ou lhe estamos dando ouvidos e nos elevando mais alto” Ibid., p. 323., salienta a Sra. Eddy.

Então, tal qual Elias, levantemos e saiamos para a luz da Verdade! O que é que estamos fazendo numa caverna?

Ainda pareceria mais fácil desistir? Um convite ardiloso, mas que não vai dar resultado. Ciência e Saúde ilumina esse ponto: “A morte não é um meio pelo qual se passa para a Vida, a imortalidade e a bemaventurança.” Ibid., p. 203.

E o livro, mais adiante, explica: “Quando se aprender que a doença não pode destruir a vida e que não é pela morte que os mortais são salvos do pecado ou da doença, essa compreensão nos vivificará de novo. Superará tanto o desejo de morrer, como o pavor ao túmulo e destruirá assim o grande medo que aflige a existência mortal.” Ibid., p. 426.

Nada pode acabar com nossa existência verdadeira, porque Deus é nossa Vida. Isto é um fato. Também é um fato que não estamos sozinhos. Deus está conosco assim como estava com Elias. Deus proverá às nossas necessidades humanas, como proveu às de Elias.

Agora, prestemos atenção ... e sigamos em frente.

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