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O “eu” e a cura

Da edição de outubro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Jesus declarou: “Eu e o Pai somos um.” João 10:30.

O que é que ele queria dizer com isso? A Sra. Eddy dá a seguinte explicação: “... não que o Jesus corpóreo fosse um com o Pai, mas que a idéia espiritual, o Cristo, está para sempre no seio do Pai, Deus, de onde ilumina o céu e a terra. ...” Ciência e Saúde, p. 334. Durante todo o seu ministério, o Mestre utilizou o poder do Princípio divino, que é imutável, sempre está presente e é imparcial. Provou que o Eu, ou Ego — Deus, o bem — é o único poder, o único sanador que existe.

Moisés descobriu o único Ego quando, na vasta solidão do Sinai, ouviu Deus dizer: “Eu Sou.” Êxodo 3:14. Essa percepção do ser real fortaleceu Moisés para sua grande obra, informando-o e guiando-o continuamente. Moisés aprendeu a não carregar o fardo de crer em um eu pessoal com suas falhas e responsabilidades egoístas. Aprendeu que o Eu Sou governa, a cada passo do caminho. Aprendeu a ceder à operação infalível da lei do Amor, que guia, resolve, ajusta e cura.

Moisés guiou os israelitas em sua saída da escravidão. Cristo Jesus levou os corações e as mentes de homens e mulheres a buscarem libertação do pecado, da doença e da morte. Preparou o caminho pelo seu exemplo. E a Sra. Eddy descobriu a Ciência da cura pelo Cristo que Jesus praticava.

A Ciência Cristã é a Ciência divina demonstrável, baseada no fato espiritual de que tudo que há é a Mente, Deus, o único eu, e a expressão ilimitada da Mente. Segue-se, então, que todo ser real tem de ser a manifestação, a corporificação, da plenitude perfeita, do Espírito, Deus, o Tudo-em-tudo. Assim é que a substância e o caráter do homem, em sua unidade com o Pai, não se desviam nem um pouco da semelhança divina.

Nunca houve separação entre o homem e sua fonte eterna, o único Eu Sou. Jesus via isso e essa visão curava.

A Ciência Cristã nos ensina a compreender e demonstrar o Princípio divino e seu poder. Ter fé inabalável no poder sempre presente de Deus é bom início.

Um dos maiores obstáculos à demonstração da cura pelo Cristo é o dualismo: admitir, no pensamento, uma separação entre Deus e o homem. O dualismo admite a doença e a saúde, a desarmonia e a harmonia como entidades distintas mas reais, o que significa ter Deus e um problema.

Aprendi essa lição quando um membro de minha família estava tendo acessos de tosse incontrolável.

Por alguns dias, nossos esforços conscienciosos para curar o problema pela Ciência Cristã trouxeram só alívio temporário. Ao ir para casa, um dia, veio-me à lembrança a declaração de Jesus: “Eu e o Pai somos um.” Vi, com maior clareza do que jamais vira, que o único Eu Sou inclui tudo. Apeguei-me a essa luz, disposto a resistir à tentação de ver realidade no problema. Consegui visualizar, em certo grau, que o ser real nunca é constituído de matéria. Deus Se expressa em Seu próprio reflexo. Como o reflexo só reflete, o caráter, a essência e a individualidade de Deus identificam Seu reflexo como semelhante a Deus. O reflexo faz parte da unicidade de Deus-sendo-o-que-Deus-sempre-é. Lembrei-me do versículo bíblico que declara, acerca de Deus: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal.” Habac. 1:13. Isso fazia sentido e tinha de ser verdadeiro a respeito do reflexo de Deus.

Senti alegria reanimadora ao perceber que, em mim, o eu que era a manifestação espiritual individualizada, ou reflexo, de Deus, não podia ouvir a tosse — independente da evidência mortal em contrário. Nem podia o eu do membro da família — que também era a manifestação espiritual, individualizada, de Deus — ter tosse. Essa nova percepção, de que o Princípio divino, o Amor, estava em controle seguro, trouxe-me desafogo e uma convicção mais profunda de que Deus infalivelmente cuida de nós.

Seguiu-se uma noite calma e sem interrupções. Uma breve recaída, no dia seguinte, foi logo silenciada quando nos ativemos firmemente à unidade inviolável de Deus e o homem, e esse foi o fim da tosse.

Não temos de ficar hipnotizados pela suposta evidência dos sentidos materiais que gritam: “Veja-me, ouça-me.” Mentiras e erros clamam a fim de encobrir sua nulidade, mas a Verdade é a luz que os destrói. Quando vislumbramos o reflexo espiritual — a unidade entre Deus e o homem como Sua idéia — ficamos inspirados a negar as pretensões mortais, materiais, não importa quão reais pareçam ser. “Esse reflexo”, escreve a Sra. Eddy, “parece transcendental ao sentido mortal, porque a substancialidade do homem espiritual transcende a visão mortal e só é revelada pela Ciência divina.” Ciência e Saúde, p. 301.

A Ciência Cristã deixa claro que o homem não é Deus. Deus é Espírito. O homem é o reflexo espiritual de Deus. Não sejamos tímidos ou hesitantes em reivindicar com firmeza nossa identidade verdadeira, espiritual. Quando tomamos tal posição, começamos a descartar qualquer crença em estar separados do bem onipotente. A unidade divina — Deus como causa, o homem como efeito — é um fato. É a verdade que Jesus viveu e ensinou. Envolve-nos no amor do Cristo, que sustenta, supre, protege e cura a cada um de nós.

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