Compreender corretamente que a substância é o Espírito e não a matéria, pode levar à restauração, no cenário humano, de tudo o que genuinamente necessitamos. A proposição de que o Espírito é a única substância foi comprovada completamente por Cristo Jesus e seus discípulos, quando restabeleceram os doentes tão só por meios espirituais.
Jesus declarou: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” João 10:10.
Se estivermos na expectativa de que em nossa vida exista mais do bem — da substância — abundante e duradouro, deixemo-nos conduzir a ele pela fé. A Epístola aos Hebreus diz: “Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.” Hebreus 11:1. Mas, para guiar-nos corretamente, a fé precisa estar ancorada no Espírito, não na matéria, e estar baseada na compreensão espiritual.
A Ciência Cristã, a Ciência que a Sra. Eddy descobriu e demonstrou, explica que substância é tudo o que o Espírito onipotente é: Vida eterna, Mente de todo harmoniosa, uma só Alma que a tudo inclui, o Princípio perpétuo, a Verdade perfeita, o Amor infinito. Porque o Espírito onipotente exclui a enfermidade, a substância é sempre sadia e sempre está completa. Não pode ser danificada. Porque a Vida é eterna, a substância é indestrutível.
A abrasão da desarmonia e a corrosão do tempo são desconhecidos para a substância inteligente. A Mente divina e toda harmoniosa garante a tranqüila concórdia da substância. A unidade da Alma mantém a substância intata, auto-sustentada.
Porque o Princípio está estabelecido perpetuamente, não aumenta nem diminui, não vem nem vai. Portanto, a substância não pode nascer nem morrer, não cresce nem decai; está permanentemente completa. Porque a Verdade é perfeita e o Amor é infinito, a substância é ilimitável e está livre de defeitos. A substância dá sem desgastar-se.
A substância é, de fato, Deus, o Tudo-em-tudo. A Sra. Eddy escreve em Ciência Saúde: “Como Deus é substância e o homem é a imagem e semelhança divina, o homem deve desejar, e em realidade possui, tão só a substância do bem, a substância do Espírito, não da matéria.” E, mais adiante, acrescenta: “A ilusão, o pecado, a doença e a morte resultam do falso testemunho do sentido material, o qual, de um ponto de vista hipotético fora da distância focal do Espírito infinito, apresenta uma imagem invertida da Mente e da substância, onde tudo se apresenta de cabeça para baixo.” Ciência e Saúde, p. 301.
Pode ser que as coisas pareçam estar de cabeça para baixo em nossa vida. Talvez o pecado pareça mais atraente do que a santidade, e a doença mais real do que a saúde. Talvez a pobreza pareça-nos mais normal do que a abundância, e a perda mais provável do que a restauração. Mas, na contextura de nosso ser real, refletimos a substância que é Deus. Portanto, nossa saúde e integridade não são perturbadas pela aparência material das coisas. E podemos comprová-lo.
Mediante o estudo e a prática da Ciência Cristã, podemos obter melhor compreensão de substância. Então, ao colocarmos em prática o que compreendemos, é-nos possível dar a volta por cima em nossa vida e ser o que realmente somos — o homem perfeito de Deus. Por meio de cura após cura, faz-se-nos possível demonstrar que estamos imunes à tentação, ao abrigo de acidentes, desoprimidos do sofrimento, atestando que não somos privados pela carência nem diminuídos pela perda. O homem de Deus, refletindo a substância imutável e inalterável, permanece intocado, incólume ao erro. Quando colocamos em prática o que entendemos da substância como Espírito, é-nos possível provar que a verdadeira individualidade do homem, o nosso próprio ser, é imaculada e está a salvo — harmoniosa, segura, completa. A substância que refletimos é invariavelmente perfeita. Sua presença que a tudo permeia não consente nalguma necessidade não atendida.
Os sentidos materiais talvez informem que existe substância na matéria e que a matéria pode pecar, adoecer, morrer ou vir a ser perdida. Mas esses sentidos, com suas imagens de substância-matéria, constituem um falso sentido. E um falso sentido de substância não é substância. É uma crença de que Deus não está presente.
Realmente, não existe vazio que consinta num falso sentido. A imensidade está sempre cheia de substância real, visto Deus estar em toda parte. A Sra. Eddy escreve: “A Ciência Cristã baseia-se nos fatos do Espírito e em suas formas e representações, mas esses fatos são os antípodas diretos das assim chamadas realidades da matéria; e as verdades eternas do Espírito se impõem sobre seu oposto, ou seja, sobre a matéria, na destruição final de tudo o que é dessemelhante do Espírito.” Miscellaneous Writings, p. 55.
O poder que Deus tem, de expressar Sua totalidade em Seu reflexo perfeito, o homem espiritual, é o poder que tem a substância, de suplantar o falso sentido material, chamado prazer, dor e tesouro na matéria. Esse conhecimento cristão e científico é o Cristo, a Verdade, que representa a substância real e atende a nossas necessidades.
Se quisermos chegar à realização plena da substância, precisamos estar alerta para seguir o Cristo, a Verdade, como a Ciência Cristã no-lo ensina, em todos os nossos caminhos. Os sistemas de ajuda ao eu, de natureza material, ou mental mas desde o ponto de vista mortal, conquanto bem intencionados, são inadequados para nos dar o benefício do poder espiritual inerente à verdadeira substância. A Sra. Eddy adverte-nos: “O raciocínio humano e a filosofia podem seguir veredas errantes, a linha dos líquidos, a fascinação do ouro, o sentido duvidoso que não chega a ser substância, as coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 260.
A cura na Ciência Cristã não resulta do esforço humano dirigido pela vontade mortal. O Próprio Deus consubstancia o ensinamento e a prática desta Ciência com efeitos curativos. A cura é o próprio marco de uma compreensão demonstrável da substância da Ciência. Na proporção em que o Cristo, a Verdade, se faz carne mediante nossas lutas em oração para subordinar o sentido mortal do eu e para sermos a substância veraz, a semelhança de Deus é trazida à luz em nossa vida. Ao amarmos de maneira mais inclusiva e menos parcial, nossa natureza passa a expressar a amplitude da substância.
Com o despertarmos espiritualmente para a compreensão e demonstração da realidade divina, vem à nossa vida o poder restaurador da substância. O Cristo, agindo mediante a prática da Ciência Cristã, redime e cura-nos, suprindo cada uma das nossas necessidades e inspirando a espiritualidade que, ao se lançar em busca de provas, não se restringe aos pães e peixes. Assim a Ciência Cristã transforma-nos portentosamente, ensinando-nos suavemente que a substância não é “o grande eu quero” nem “o grande eu tenho”, mas o grande Eu Sou — Deus.
