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Uma nova maneira de pensar

Da edição de outubro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Continuamente estamos fazendo escolhas a respeito do que pensar, mas, por vezes, não nos damos conta de que as estamos fazendo. Uma pessoa, por exemplo, talvez considere uma situação, como ameaçadora. Outra, encarando a mesma situação, pode até interessar-se pelo potencial de bem que ali vê. Uma pessoa está continuamente agradecida pelo bem que percebe já ter vindo a sua vida. Outra, com maiores razões para estar grata, talvez sinta-se desapontada e se queixe do passado. Tais escolhas estão sendo feitas a toda hora.

Como Cientistas Cristãos, cada vez mais damo-nos conta de que somos capazes de tomar decisões conscientes a respeito do que pensar. Aprendemos que nos é possível escolher os pensamentos que fluem de Deus, os “anjos” como Mary Baker Eddy os denomina, às vezes, em seus escritos. Ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras 581:4–7. Vemos que tais pensamentos não apenas alteram nossa maneira de encarar uma situação, senão que curam a situação. Têm por resultado inverter evidências supostamente existentes “lá fora”.

Mas, a descoberta que é a Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss) significa muito mais. Investigando-a em maior profundidade, começamos a perceber suas vastas dimensões e poder, e a sentir em grau mais elevado os seus plenos efeitos. Começamos a ver que a escolha que podemos fazer não diz respeito simplesmente a o que pensamos. A escolha que é importante refere-se a como pensamos.

A Ciência Cristã mostra-nos uma base inteiramente nova para pensar. Ajuda-nos a perceber que, de fato, existe apenas uma Mente única, Deus. Esta Mente, que se individualiza em nosso eu real, inclui todo o verdadeiro conhecimento que existe; e o homem reflete ou expressa esta Mente.

Eis um ponto de vista radicalmente diferente. Ao invés de ter uma mente limitada, à parte, que pode ou não pode pensar acuradamente ou extensivamente ou habilmente, todos verdadeiramente possuímos a inteligência infinita ou o saber da Mente divina. Somos, em nossa verdadeira natureza, o próprio produto desta Mente onisciente, Deus.

Talvez o “velho e cediço” modo de pensar humano proteste desde logo que isso é demasiado metafísico ou que não é suficientemente prático para dar resultado numa situação humana. Em realidade, transforma-se na maneira mais prática de trabalhar! Contrariamente aos argumentos enganadores da mente mortal, não é muito difícil nem está fora de nosso alcance.

Desde os primórdios, os trabalhadores da Ciência Cristã se mantiveram alerta, por causa dos ensinamentos da Sra. Eddy, à necessidade de escolher a base científica para o pensar espiritual. Lulu Blackman, em We Knew Mary Baker Eddy, dizendo ter estado na classe ensinada pela Sra. Eddy em setembro de 1885, conta que a Sra. Eddy pediu a cada aluno que curasse um paciente mediante o que acabara de lhe ser ensinado de Ciência Cristã.

Ao retornar à pensão onde se hospedara, a Srta. Blackman encontrou uma pessoa em grande necessidade de cura. Mas viu-se tentada a acreditar que em sua própria mente havia um poder de que ela se podia servir. “O erro instou comigo”, escreve, “a que substituísse a Mente imortal pela mente mortal, argumentando que a mente mortal era o meu ‘habitat’ natural, e que a Mente imortal era por demais transcendental para ajudar.” We Knew (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1979), pp. 57–58. Quando, por fim, cedeu à presença da Mente única, constatou que o paciente havia adormecido serenamente. Havia sido inteiramente curado.

Tal como a Srta. Blackman e muitas outras pessoas antes de nós, também descobrimos que não temos de ficar desconcertados com a insistência clamorosa da mente mortal, de que é por demais difícil ter uma Mente só. Isto não é demasiado difícil. É natural! No seu capítulo “Pedras Fundamentais” em Retrospecção e Introspecção a Sra. Eddy explica: “O homem brilha com luz emprestada. Reflete Deus, sendo Deus a Mente do homem, e esse reflexo é substância — a substância do bem.... Tudo tem de ser de Deus, e não nosso, separado dEle.”  Ret., p. 57.

Contrastando com este fato espiritual, o que passa popularmente por pensamento é, em geral, apenas participação no mesmerismo de massa que acredita erradamente que o homem é um ser mortal dotado de uma mente separada de Deus. Não existe individualidade real ou verdadeira consciência nisso.

Suponhamos, por exemplo, que estejamos avaliando o número de coisas que tenhamos a fazer em casa ou no escritório e comecemos a sentir pressão. Não existe pensamento real ou individualidade nisso. Todo aquele que presume estar pensando com uma mente mortal, finita, que conta a quantidade de coisas a serem feitas e, então, as mede contra uma capacidade mortal, limitada, de fazer tudo isso, terá, por fim, de haver-se com uma crença de pressão.

Mas existe uma saída. Está em dispormo-nos a ter somente Deus, o bem, como nossa Mente. Isso realmente significa mais do que entreter, dentro de uma mentalidade humana falha, os pensamentos que procedem da Mente divina. Significa abandonar o conceito de que exista tal mentalidade e estar disposto a reconhecer que há só uma Mente única, que é Deus. Em verdade, este reconhecimento vem a nós naturalmente à medida que oramos e obedecemos. Então, até certo ponto pelo menos, verificamos estar aceitando como a nossa própria consciência e experiência o que esta Mente infinita espontaneamente sabe.

O resultado será o de entendermos mais claramente, encontrarmos uma convicção de verdades espirituais quando talvez se fizesse crer que estávamos desesperadamente sem inspiração. Ou constatar que não estamos com medo, quando, momentos antes, parecia que só tínhamos uma mente cheia de temor com a qual pensar. Trabalhando a partir de uma base científica, achamo-nos inteligente e naturalmente alinhados com o bem, muito além do que humanamente podíamos haver considerado. De fato, podemos saber e falar o que não havíamos pensado previamente, porque é Deus que está dando origem e expressão às Suas idéias no homem.

A oração que parte desta base científica traz consigo um sentimento de alívio, uma liberdade maior. Ao invés do pensamento, carregado e apreensivo, de que teremos, de algum modo, de fazer com que uma mente humana sem inspiração saiba de verdades espirituais, captamos alegremente a idéia de que, em realidade, não temos uma mente que não sabe. O que, de fato, temos é a Mente — a Mente divina que impregna todo o espaço, e é nossa! Obedientemente, começamos a perceber quão natural é receber luz espiritual e inspiração. Vemos que esta luz está jorrando através do universo de Deus e, portanto, é perfeitamente natural ao homem testemunhá-la. “Na tua luz vemos a luz”  Salmos 36:9., diz o Salmista.

Naturalmente, faz-se necessário mais do que decidir humanamente que não nos valeremos da mente mortal para pensar, mas que teremos a Mente divina como base de nosso pensamento. A decisão ou a disposição de fazê-lo já é bom começo. Mas, supor que podemos, mediante uma escolha superficial, chegar à plenitude daquela Mente que houve em Cristo Jesus, é tão enganoso quanto aceitar a opinião teológica de que o “decidir-se por Cristo” uma só vez provê salvação.

O novo nascimento faz-se necessário e requer esforço contínuo durante anos. Exige a espiritualização diária, pede a cristianização, do pensamento. Este processo desfaz, pouco a pouco, toda a emaranhada teia de conjeturas a respeito da identidade e do ego na matéria. Mas, ao longo do caminho, a consciência humana é ternamente elevada e sustentada por todo lampejo de amor e bondade que obtenhamos.

Esta purificação contínua leva-nos não só à aceitação, mas à espantosa certeza, da verdade contida na explanação a respeito do homem que a Sra. Eddy dá, como “aquilo que não tem mente separada de Deus; aquilo que não tem uma só qualidade que não derive da Divindade; aquilo que não possui vida, inteligência, nem poder criador próprios, mas reflete espiritualmente tudo o que pertence a seu Criador” Ciência e Saúde, p. 475..

Quanto mais aprendemos espiritualmente, tanto mais nos convencemos de que a Ciência Cristã ensina à humanidade nada menos do que um novo e revolucionário modo de pensar. É o caminho do Cristo. Tomando este caminho, temos a subida alegria de compreender cada vez melhor o significado das palavras de Jesus: “Nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou.”  João 8:28.

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