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Dinheiro da boca de um peixe

Da edição de novembro de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Nós o chamamos “o inverno do dinheiro da boca do peixe”. Nunca o esquecerei! Foi o ano em que descobrimos a diversidade ilimitável da solicitude de Deus para com as necessidades humanas.

No começo do ano minha esposa e eu examináramos as despesas dos meses vindouros, somando o que normalmente seria considerado como entrada e nos encontramos lamentavelmente carentes de recursos.

Mas sabíamos o que fazer. A Ciência Cristã vinha nos mostrando que a solução para qualquer problema — qualquer um — invariavelmente se encontra num conhecimento mais profundo da Mente divina, Deus, pela oração e a prática cristã. Vínhamos aprendendo que esta Mente perfeita é a nossa própria Mente, a Mente infinita do homem e do universo reais, a qual inclui em si mesma todo o bem concebível.

Tomando isso por base pusemos de lado as dúvidas e começamos a orar, confiantes de que nos vastos recursos do amor solícito da Mente havia a idéia correta ou substância espiritual daquilo que precisávamos. E sabíamos que, uma vez percebêssemos essa idéia ou qualidade — sabedoria, inteireza, obediência ou o que quer que fosse — ela poderia ser expressa em ações diárias e assim tomar forma humanamente em termos cuja perfeita relevância se aplicasse ao nosso problema.

Falando por todos os que encontraram em Deus a fonte infalível de tudo o que necessitam, o Salmista diz: “Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a tua mão e satisfazes de benevolência a todo vivente.” Salmos 145:15, 16.

A Bíblia é abundante em provas desta provisão celeste: quarenta anos de alimento diário para um povo em migração no deserto; uma panela com óleo multiplicado até saldar todas a dívidas de uma viúva e com excedente suficiente para o sustento contínuo dela e de dois filhos; milhares alimentados com alguns pães e peixes de que houve sobras para encher doze cestos. Esses e outros relatos das Escrituras vieram-nos ao pensamento, bem como exemplos lidos nos testemunhos dos periódicos da Ciência Cristã ou escutados em reuniões de testemunhos das quartas-feiras à noite.

Muitas vezes esses relatos se referiam a soluções vindas de fontes inesperadas. E, para nós, a questão da fonte inesperada parecia muito pertinente, visto que não podíamos conceber um meio humano pelo qual viesse nossa resposta. Ficou claro, no entanto, que a fonte inesperada era, de fato, a única fonte, a Mente divina, Deus, que é a substância do homem e do universo reais.

Estávamos começando a perceber que, desde o ponto de vista científico, aquilo que era o inesperado, ou o assim chamado miraculoso, era realmente o normal e divinamente natural. A Sra. Eddy o explica da seguinte maneira em Ciência e Saúde: “O milagre não introduz desordem alguma, mas revela a ordem primitiva, estabelecendo a Ciência da lei imutável de Deus.” Mais adiante, acrescenta: “Existe hoje em dia o perigo de se repetir a ofensa dos judeus, limitando o Santo de Israel e perguntando: ‘Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?’ Que é que Deus não pode fazer?” Ciência e Saúde, p. 135.

Ficou-nos claro que nossa necessidade real consistia menos de dinheiro material e mais de fazer a vontade de Deus; de ampliarmos espiritualmente o pensamento além dos caminhos limitados de suprimento que havíamos atribuído a Deus.

À medida que explorávamos o significado mais profundo da “fonte inesperada”, um incidente em especial na demonstração de Cristo Jesus vinha-nos repetidamente ao pensamento. Tratava-se da ocasião em que Pedro, na época de pagar o imposto do templo, obedecendo às instruções de seu Mestre, lançou um anzol ao mar, fisgou o primeiro peixe e na boca deste encontrou o dinheiro necessário para pagar o imposto de ambos. Ver Mateus 17:24–27.

Por que, perguntávamo-nos, teria Jesus escolhido método tão singular de revelar o dinheiro do imposto, quando outros meios mais usuais certamente estavam ao seu alcance? Estaria Jesus transmitindo algo de particular importância com esse ato sem par? Parece que sim. Ele poderia estar dizendo a Pedro e a todos nós que não colocássemos limites aos meios infinitamente originais em que a Mente provê — o que denominamos de fonte inesperada é realmente o Amor, a tornar visível para nós sua provisão numa infinita variedade de meios.

Essa era, então, a idéia especial de que estávamos precisando, a de livrarmo-nos de limitar Deus em nosso pensamento. E a idéia tomou forma em termos práticos como fundos que apareceram de uma maneira surpreendente após a outra, mais do que o suficiente para saldarmos todos os nossos compromissos.

A Mente que é o Amor mostra sua inexaurível dádiva a cada um de nós de maneiras maravilhosamente originais à medida que a procuramos. Qualquer que seja a necessidade, podemos inverter a crença em carência e encontrar a verdadeira substância, a idéia espiritual, sempre trasladável, quando compreendida, em termos apropriados à situação humana, e agindo como lei, a lei do bem infinito de fontes infinitas. A Sra. Eddy esclarece esse ponto quando escreve: “Toda crença material alude à existência da realidade espiritual; e, se os mortais estiverem instruídos em coisas espirituais, ver-se-á que a crença material, em todas as suas manifestações, quando invertida, constitui o símbolo e representante de verdades inestimáveis, eternas e sempre à mão.” Miscellaneous Writings, pp. 60–61.

Dinheiro da boca de um peixe! Quando você se familiarizar com a diversidade infinita das dádivas da Mente para com todo aquele que procura idéias espirituais, suas necessidades também serão supridas.

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