Às vezes as pessoas são guiadas ou controladas por alguma influência vigilante transmitida por um amigo ou parente já falecido.
Ver Ciência e Saúde 72:30–32; 73:9–14.
A alma de uma pessoa encontra-se no corpo e, após a morte, escapa dele para seguir adiante.
Ver ibid. 73:22–26.
Se você assinalasse com um “sim” qualquer dos itens acima, indicaria crer em espiritismo. Se estivesse apenas inclinado a assinalar com um “sim” qualquer desses itens, estaria pendendo para a direção errada!
Muitas pessoas, hoje em dia, que não se considerariam espiritistas, estão sob a influência dessa superstição. Jamais compareceriam a uma sessão espírita, não acolhem a idéia de comunicações de espíritos, não acreditam em fantasmas e, no entanto, aceitam crenças sutis pertinentes ao espiritismo.
Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy examina tal assunto em profundidade. Conquanto instasse a tratar-se com gentileza aqueles que defendem tais crenças, a Sra. Eddy enfatizava que o espiritismo é a antítese da Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss), a qual ela descobriu e fundou.
Na raiz do espiritismo e de suas crenças correlatas, segundo o explica a Ciência Cristã, está a teoria de que o espírito encontra-se na matéria e se desenvolve a partir dessa base. Essa teoria propõe o exato oposto dos ensinamentos da Ciência Cristã, que mostram ser a crença de vida, inteligência e substância na matéria um engano, e a fonte da discórdia na existência humana. Percebemos, mediante raciocínio, experiências de cura e crescimento espiritual, que a matéria não é substância nem realidade, mas sim, um conceito sonhador, ilusório.
A partir das premissas de um sonho noturno, nunca poderíamos compreender claramente a experiência diurna. De igual modo, não podemos entender a vida imortal, visualizando-a a partir daquilo que é realmente um sonho mortal. Temos de despertar do sonho, a fim de ver algo da vida imortal. Isto requer que o pensamento, a ação e a oração partam da base de que Deus é realmente Deus, agora mesmo — um só e infinito Espírito onipresente, o Amor — e de que o homem é, agora mesmo, a expressão do Espírito.
Orando a partir desta base — que é a Ciência do ser — tornamo-nos inevitavelmente mais conscientes de que a criação de Deus é inteiramente boa e de que o homem é a imagem de Deus, e isto, não como algo que será encontrado mais tarde, após a morte, mas como algo já presente para ser discernido agora. “O sentido material”, explica a Sra. Eddy, “não revela as realidades da existência; mas o sentido espiritual eleva a consciência humana até a Verdade eterna.” Ciência e Saúde, p. 95.
Continuar a especular, ou a sonhar de olhos abertos, sobre o que aqueles que já faleceram estarão fazendo na vida após a morte é realmente uma forma de espiritismo, porque é imaginar progresso espiritual desde o ponto de vista mortal. Por mais confortador que possa parecer qualquer alento temporário obtido, é ele enganador e ilusório.
O mais profundo e prático conforto é, de fato, a convicção crescente de que, antes de tudo, o homem nunca foi um espírito ou uma individualidade existente na matéria. Compreendemos que a verdadeira identidade da pessoa que amávamos sempre permaneceu a salvo com Deus, isto é, sempre foi Sua imagem eterna e espiritual. A Sra. Eddy escreve no capítulo “A Ciência Cristã contra o Espiritismo”, em Ciência e Saúde: “O espiritismo chama material uma pessoa que viva neste mundo, mas outra, que hoje tenha morrido como pecadora e que supostamente voltará amanhã à terra, chama espírito. O fato é que nem uma nem outra é o Espírito infinito, pois o Espírito é Deus, e o homem é Sua semelhança.”Ibid., p. 73.
Um amigo contou-me duas experiências que o ajudaram a focalizar este assunto de modo mais nítido. Disse que, muitos anos antes de se tornar Cientista Cristão, havia-se submetido a uma operação cirúrgica. Os médicos pensaram que ele houvesse morrido em conseqüência da operação. Tal como já se ouviu contar às vezes, no entanto, ele sentia-se vivo, continuando com o mesmo corpo que tivera antes, e, no ínterim, movendo-se na direção de uma luz, antes de haverem-no feito, finalmente, reviver.
Mais tarde, quando se tornou Cientista Cristão, veio a compreender que está, de fato, gozando da vida eterna, espiritual, agora mesmo, não tendo de esperar que ela lhe venha a acontecer. À certa altura, meu amigo sentiu forte dor no coração, tão forte que pensou morrer. Disse-me que não sentira medo; mas, porque passara pela experiência anteriormente relatada, sentira-se curioso de como seria a vida após a morte. Então deu-se conta de que precisava ser obediente ao que havia aprendido na Ciência Cristã. Orou, insistindo em que o homem é o filho de Deus, espiritual e perfeito, não mais tarde, mas agora. Disse que não estava pensando acerca do filho de Deus, mas como o filho de Deus.
O resultado foi cura física imediata. Contou ele que repentinamente o sonho todo, a dor e a enfermidade, o deixara. A cura mostrou-se permanente. O que o havia curado fora a conscientização da verdade de que ele vivia em Deus, o Espírito. E havia aprendido muito mais de sua vida imortal — e dela comprovado algo mais — do que poderia ter recebido de deixar-se levar pela curiosidade, seguindo o que era apenas um sonho.
O espiritismo assemelha-se um pouco à tentativa de enxergarmos além do horizonte da crença material, sem nos movermos. Qualquer forma de espiritismo tende a atrasar nossas próprias curas e nosso crescimento espiritual. Mas a Ciência Cristã explica que, para olharmos mais longe, precisamos nos mover, precisamos ir mais alto, mediante progresso cristão e espiritual.
Cristo Jesus ensinou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6. E tornou claro o caminho, quando disse: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3.
A Ciência Cristã demonstra que este é um caminho científico. Tem tido êxito em desvendar o enigma da existência mortal como coisa alguma o teve. Ciência e Saúde afirma: “As correntes calmas e fortes da verdadeira espiritualidade, cujas manifestações são a saúde, a pureza e a imolação do próprio eu, têm de aprofundar a experiência humana, até que se veja que as crenças da existência material não passam de insolente imposição, e que o pecado, a doença e a morte cedem o lugar, para sempre, à demonstração científica do Espírito divino e ao homem de Deus, homem este espiritual e perfeito.” Ciência e Saúde, p. 99.
