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São irreais o mal e a moléstia?

Da edição de novembro de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Recentemente comentou-se em nossa cidade que um clérigo proferiu um sermão e nele censurou a Ciência Cristã por aquilo a que denominou “ensinamento ridículo” — ou seja, o de que o mal e a moléstia são irreais.

Uma estudante de Ciência Cristã ficou sabendo da crítica e pensou que o comentário do clérigo estava fragorosamente errado quanto aos ensinamentos da Ciência Cristã. Mas ela também percebeu que, de certo modo, havia sido feita a afirmação de uma verdade essencial, quando o clérigo se referira à irrealidade do mal e da moléstia. Ela desejava saber o que se poderia responder num caso desses. Respondi àquela senhora que sem dúvida pensamos no pecado e na doença como suficientemente “reais” para devotarmos a vida inteira a aprender como curá-los e vencê-los por meios cristãos! Nisto há realismo cristão, não escapismo.

É importante certificarmo-nos de que estamos indo além do significado superficial, nas palavras necessárias para descrever os vastos temas contidos na metafísica da Ciência Cristã. Do contrário, cairemos nas mesmas armadilhas teológicas e intelectuais tornadas comuns na crítica popular a esta Ciência. Além do mais, deixaremos de perceber as exigências morais e práticas necessárias para demonstrar-se a Ciência do Cristo.

Mary Baker Eddy, como a Descobridora da Ciência Cristã, suportou a pesada responsabilidade que todo proponente de uma nova idéia tem — a responsabilidade de provar a validade do que está propondo. Tinha de ser realista no dia-a-dia, e não podia evitar os duros desafios opostos às suas descobertas espirituais. Em resultado, percebe-se nos seus escritos como ela usa palavras incisivas e atribui a cada palavra seu significado exato. As obras da Sra. Eddy levantam desafios à tendência escapista da natureza humana, de refugiar-se alguém em seu mundo mental próprio e num idealismo religioso semidesenvolvido.

Mary Baker Eddy escreve, por exemplo, em Ciência e Saúde: “A doença não é imaginária nem irreal — isto é, para o sentido amedrontado e errado do paciente. A doença é mais do que fantasia; é firme convicção. Por isso, é preciso lidar com ela pela percepção correta da verdade acerca do ser. Se a cura cristã for mal exercida pelos que têm conhecimento apenas superficial da Ciência, torna-se maçante fomentadora de discórdia. Em vez de efetuar cientificamente uma cura, abre um mesquinho fogo cruzado sobre todos os aleijados e doentes, afrontando-os com a asserção superficial e fria: ‘Ora, isso não é nada!’ ” Ciência e Saúde, p. 460.

Um ditado popular afirma: O diabo é só um imitador de Deus. Do mesmo modo, o intelecto humano não redimido — denominado na Ciência Cristã “mente mortal”, para diferençá-lo da inteligência divina ou Deus — afigura-se a si mesmo sabedor das coisas. Uma pessoa que se identifica com este intelecto humano ou material, pode achar que sabe muita coisa. Por influência disso, pode até imaginar ser um bom metafísico, familiarizado com todos os termos e conceitos da Ciência Cristã. Tal pessoa pode viver dentro de sua própria esfera mental e fazer suas incursões pelo mundo apenas através de julgamentos pessoais e críticas particulares, e, não obstante, ter apenas escasso interesse pelos outros. Tal modo de pensar talvez tente imitar a Ciência Cristã, mas nada tem em comum com ela. Por outro lado, se alguém vive os ensinamentos da Ciência Cristã de tal modo que a integridade de sua vida conquista o respeito de seus semelhantes, esse alguém individualiza o poder cristão. E o poder cristão impugna o sentido amedrontado e falso que admite o mal, quer na forma de doença quer na de pecado.

A integridade na vida é o padrão na Ciência Cristã; faz parte intrínseca dos ensinamentos do Mestre, Cristo Jesus. Jesus desafiou a atitude de pensamento que tenderia a separar do resto da humanidade as nossas próprias introspecções espirituais e o nosso bem-estar, e que chamaria a esta segregação de santa. Os fariseus que se opunham aos ensinamentos e obras do Mestre deram exemplo dessa atitude mental de superioridade. Eram muito conhecidos pela distância que mantinham entre eles e o resto da sociedade, e se ofendiam por qualquer coisa que ameaçasse quebrar esse frágil arranjo. Certo dia, muito caracteristicamente, condenaram Jesus porque curara um homem no sábado.

Jesus dá, com suas próprias palavras, a melhor resposta a tal atitude: “O homem bom tira do tesouro bom cousas boas. ... Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo.” Mateus 12:35, 36.

Do mesmo modo, se declaramos, como Cientistas Cristãos, serem irreais o mal, o pecado, a doença e assim por diante — e são irreais porque não têm sanção divina para apoiá-los — temos então a responsabilidade de provar sua irrealidade diante dos homens. É chegado o dia em que a prova tem que ter precedência sobre a proclamação. A todos nós faz-se o chamado para assumirmos um compromisso integral, e, acima de tudo, para expressarmos a afeição e o anseio cristãos inerentes ao estudo e à prática da Ciência Cristã. A óbvia regeneração de nossa própria vida diz muito aos que nos conhecem. Com a cura e a regeneração teremos o meio infalível de responder plenamente à crítica aos “ridículos” ensinamentos da Ciência Cristã. Foram esses fatores que estabeleceram a autoridade dos ensinamentos de Jesus e os perpetuaram. A Descobridora da Ciência Cristã compreendia profundamente este ponto fundamental, e os ensinamentos da Ciência Cristã genuína estão permeados do espírito da sincera redenção.

A Sra. Eddy resumiu esse ponto fundamental em duas frases que tocam o ponto crucial da teologia e da terapêutica da Ciência Cristã: “A pergunta que agora se discute é esta: Queremos ter um cristianismo prático, espiritual, com seu poder curativo, ou queremos ter a medicina material e uma religião superficial? A esperança em progresso da raça humana, almejando saúde e santidade, aguarda a resposta; e o Cristo que reaparece, cuja compreensão vivificante a Ciência Cristã nos revela, deve responder à pergunta constante: ‘És tu aquele que havia de vir?’ ” Não e Sim, p. 46.

Dar a isso resposta afirmativa exige prova — a prova de que a saúde e a santidade são uma e a mesma coisa e estão unidas na integridade individual. Para aqueles exploradores espirituais preparados para alistar-se neste tipo de investigação e vida cristãs, a questão da realidade de Deus — e, logo, a da irrealidade do mal — tem sua resolução na mais extensa reforma e cura individuais. Essa cura trará a renovação do amor e da vida para o lar, a sala de aula, o santuário da igreja, a comunidade e o mundo em geral.

E não vos conformeis com este século,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.

Romanos 12:2

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