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Direitos: humanos ou divinos?

[Original em português]

Da edição de novembro de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Muito se falou, na década de 70, no assunto de direitos humanos, e ainda hoje ele é notícia. Em quase todo o mundo, formaram-se, ou se formam, comitês para defender os direitos humanos individuais.

O Cientista Cristão sabe que a liberdade espiritual é um direito dado ao homem por Deus. O adorar a Deus corretamente traz um sentido mais amplo de liberdade, pois nos liberta das crenças meterialistas que sempre tenderiam a limitar o advento de nossa verdadeira identidade crística. É lógico que, com esse gênero de oração, não descuidamos das obrigações humanas. Se os governos devem atuar corretamente e ser uma bênção para a humanidade, precisarão refletir em grau cada vez mais elevado o governo divino. Reconhecendo Deus como o supremo Legislador, habilitamo-nos a emular mais perfeitamente a vontade divina, que é sempre boa, em cada decisão tomada.

Nossas orações podem ajudar, e muito, agora mesmo, a libertar a humanidade de domínio, de imposição, tirania e orgulho. Esses falsos modelos de governo não provêm de Deus. Partem de um ponto de vista materialista sobre o homem e o universo, e pretendem impor-se tanto ao governante como aos governados.

A Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) ensina que o mal não tem poder nem possui identidade, mas é um conceito errado, uma falsa crença limitadora, desprovida de qualquer poder real para agir ou influir. Cristo Jesus, ao se referir ao diabo (o mal) disse: “Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44. O mal não tem nada de verdadeiro.

Jesus viveu o Cristo intensamente — puro, livre das artimanhas do mal e expondo à vista um só poder, um só Deus, um só governo. Ao fazermos por nós mesmos o melhor para emularmos o caráter cristão de Jesus, ficamos redimidos de tudo quanto se apresente como dessemelhante de Deus, contrário ao bem. Nossa oração deveria incluir o reconhecimento do poder divino e da capacidade que tem esse poder, de atuar na consciência humana e trazer cura. Na proporção em que aceitarmos o poder de Deus, poderemos compreendê-lo, e poderemos demonstrar em certo grau sua presença em nossas vidas.

Mas, para realmente ajudarmos o mundo a se livrar da tirania e a respeitar os direitos individuais, precisamos iniciá-lo com nós mesmos. Importa nos libertarmos da tentação de dirigir a vida alheia e de emitirmos opinião, julgarmos ou condenarmos a partir de um ponto de vista humano, e, portanto, nem sempre correto. Nosso pensamento deve estar sempre pronto para curar, não para ficar tecendo considerações humanas.

Ao invés de discutirmos para impor nossa religião ou de criticarmos os outros por não aceitá-la, podemos fazer cada vez melhor o que nossa Líder, Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, diz no Manual de A Igreja Mãe: “Recomendo que cada membro desta Igreja se esforce por demonstrar, por sua prática, que a Ciência Cristã cura os doentes rápida e completamente, provando assim que essa Ciência é tudo o que dela afirmamos.” Man., § 7° do art. 30.

O respeito pela nossa religião vem das obras que cada Cientista Cristão realiza, por praticar a verdade. O viver esta verdade mais fielmente e o curar os doentes são passos espirituais capazes de abrir o caminho para que a prática pública da Ciência Cristã seja legalmente reconhecida em muitos outros países do mundo.

Nosso grande Mestre disse, de sua missão: “Eu não vim para julgar o mundo, e, sim, para salvá-lo.” João 12:47. Precisamos imitar o modo de pensar de Jesus. Essa visão redentora salva o mundo, não o condena. Banindo a autojustificação, reivindica o poder de Deus como o único e concede oportunidades aos que aparentemente erraram, dando a cada um o direito de se autogovernar sob as leis de Deus. Este caráter cristão dá boas-vindas ao estranho em nossa igreja e, também, àquele membro que esteve afastado, e que agora volta. Esta visão compassiva não mede a valia por padrões culturais, financeiros, estéticos ou intelectuais, mas vê a perfeição presente do filho de Deus. Não condena o indivíduo, perdoa; não acusa, ama.

E-nos possível começar em nosso próprio pensamento a respeitar a identidade espiritual de cada um, a trocar o modelo imperfeito de homem, sujeito a falhas e desacertos e incapacidade, pelo verdadeiro homem feito à imagem e semelhança de Deus, sempre puro, forte, capaz — a completa manifestação divina.

Até mesmo as pequenas demonstrações de tirania que às vezes presenciamos ou em que tomamos parte, estão associadas a um conceito pessoal de governo exercido pela vontade humana que não concede a outros o direito de expressão e está sempre baseada em premissas mortais e finitas. Esta auto-suficiência não deseja nem a colaboração dos outros. É ilustrada por um falso sentido de justiça que condena, que sempre encontra razões para odiar ou criticar. Esse ponto de vista mortal, egotista, acerca da vida, fica completamente eliminado pelo Cristo, o qual a Sra. Eddy define como “a divina manifestação de Deus, que vem à carne para destruir o erro encarnado” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 583..

Rejeitando o erro de crer que o mal seja real e negando que haja lugar para o mal no homem, a expressão exata de Deus, participamos na redenção do pensamento humano.

Essa redenção pode conduzir a resultados dramáticos. A Bíblia relata que Saulo de Tarso ia para Damasco, resolvido a prender e a perseguir os seguidores de Jesus, quando o Cristo falou diretamente à sua consciência. Então, o que ao sentido humano parecia impossível, aconteceu: o arrependimento, a regeneração e o crescimento espiritual do homem. Ver Atos 9:1–22.

Podemos começar agora a defender os direitos da humanidade, reconhecendo sempre a verdadeira identidade espiritual do homem, trocando as falsas bases materiais e finitas pela verdade científica e eterna. Temos que começar a conceder a todos a oportunidade de regeneração e crescimento, a limpar as teias do pensar estreito e rançoso, e a levedar o bolo da tirania com o nosso fermento espiritual e amoroso, a Ciência Cristã.

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