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Um convite à gratidão

Da edição de novembro de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


A Sra. Eddy dava à ação de graças tamanha importância que designou-lhe um culto especial na igreja, o que fez constar no Manual de A Igreja Mãe. Que inspiração vem com esse culto, uma hora em que todos nos reunimos em nossas igrejas e compartilhamos nossa colheita de bênçãos espirituais.

A gratidão, porém, nunca pode ficar limitada a um só dia. Gratidão não é somente dizer “obrigado”, de maneira superficial, nem é um recitar lisonjeiro de nossas bênçãos. É o cálido brilho dentro de nós, a apreciação profunda do cuidado bondoso de Deus. A gratidão é a chave que abre a porta da cura.

“Ser grato é riqueza,” Hinário da Ciência Cristã, n° 249. diz-nos um hino querido. Por que será a gratidão ingrediente tão importante para a cura? A gratidão substitui a tristeza pela alegria. Substitui os pensamentos de “não posso / não tenho / se somente” pela percepção de nossa capacidade, dada por Deus, de fazer o que necessita ser feito — e com gratidão a Deus por aquilo que temos, ao invés de com lamentação pelo que não temos.

Uma estudante de Ciência Cristã provou-o durante longo período de insônia causado por ruídos noturnos exageradamente altos. Ela ficava aborrecida e irritada com eles. Cerca de um quilômetro e meio de sua casa, havia uma ferrovia em que trens circulavam ruidosamente noite a dentro. Quando soprava o vento sul, era como se o silvo do trem e os ruídos das rodas nos trilhos estivessem exatamente em frente a sua janela. Havia uma rodovia a pouco mais de um quilômetro e meio para o norte. Em noites calmas, os ruídos de caminhões rodando e o zumbido constante das rodas contra o pavimento pareciam chegar até sua porta.

Subitamente, numa noite em que estava acordada e orando, a mulher começou a pensar em quantas pessoas eram necessárias para manter aqueles caminhões e trens rodando. Percebeu que tais atividades requeriam grande número de pessoas para manter as coisas em movimento. Começou a pensar na carga que transportavam. Os trens levavam automóveis, máquinas e madeira serrada. Ela supôs que os caminhões transportariam leite, açúcar, cereais, gasolina — todos para fins úteis. Invadiu-lhe o pensamento a gratidão por todas essas pessoas que trabalhavam à noite para transportar tais produtos, para que muitas outras pessoas tivessem conforto e fossem bem alimentadas. Com a gratidão veio a cura e grande paz. O aborrecimento, que não faz parte da natureza de Deus e, por isso, jamais pode fazer parte do homem, foi banido para sempre de seu pensamento e, conseqüentemente desapareceu de sua experiência. Os ruídos não mais a incomodavam e ela dormia bem.

Expressar gratidão tornar-se-á natural para nós, com a persistência e a prática. Comecemos agradecendo pelas pequenas coisas que ocorrem no dia-a-dia: a recompensa de preparar uma boa refeição, achar um alfinete perdido ou encontrar uma caneta extraviada, fazer funcionar uma peça difícil de equipamento, fechar o saldo num talão de cheques. Lembremo-nos também de dar graças pela cura de um amigo, ou pelo seu êxito nos negócios, compreendendo que o bem obtido por um é possível a todos. A gratidão diária é o caminho para cultivar a admiração pela bondade ilimitada do Amor divino, inclusive em suas manifestações mais humildes.

A gratidão ajuda-nos a chegar mais perto de Deus, a ficar cônscios da Sua presença e a reconhecer o Seu poder. A Sra. Eddy faz, bem a propósito, esta pergunta: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido? Então nos aproveitaremos das bênçãos que temos e assim estaremos aptos a receber mais.” Ciência e Saúde, p. 3.

O Guia, Cristo Jesus, deixou-nos maravilhoso exemplo de gratidão. Quando foi informado da morte de seu querido amigo Lázaro, Jesus foi à Betânia. Ainda que seu amigo estivesse morto havia quatro dias, o Mestre foi até o túmulo de Lázaro e disse: “Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves.” João 11:41, 42. Nenhuma simpatia para com o erro, nenhuma dúvida, somente gratidão. A vida de seu amigo foi restaurada. Jesus sempre teve certeza de que seu Pai respondia às orações justas.

Exatamente agora, neste momento, podemos ser gratos, mesmo diante de grandes dificuldades, pois Deus nunca nos deixa sem consolo. A Sra. Eddy escreve: “Esta hora está em fusão na fornalha da Alma. Seu cântico da colheita é universal, conhecido do mundo inteiro, grande como o mundo. A vinha produz seu fruto; os raios do direito trazem saúde em sua luz.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 269.

O Dia de Ação de Graças, seja qual for a data em que é celebrado, oferece um momento para que todos nos lembremos da colheita, a colheita do bem que veio a nós durante o ano. Nossa gratidão pode ser constante — todos os dias!

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