É hora de partilhar uma cura que tive há vários anos, a qual continua a ser uma bênção e a fonte de profunda gratidão e de momentos preciosos de reflexão.
Após uma dura queda, não conseguia levantar-me e só movia um lado do corpo. Uma amiga, que vira o incidente, queria chamar uma ambulância, mas pedi-lhe que me deixasse ficar deitada, quieta, enquanto ela chamava meu marido. Ela assim o fez. Enquanto aguardava, orei com toda sinceridade, atendo-me ao seguinte: “Os acidentes são desconhecidos a Deus.” [A declaração completa, da página 424 de Ciência e Saúde da Sra. Eddy, diz: “Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia.”]
As afirmações espirituais que encheram minha consciência vieram da primeira parte da citação acima e da declaração da onipresença de Deus. Também neguei que pudesse estar em qualquer situação em que Deus não estivesse presente e reconheci que o filho de Deus não inclui nenhuma fratura.
Logo meu marido chegou e perguntou o que fazer primeiro. Pedi-lhe que chamasse uma praticista da Ciência Cristã, que também era amiga nossa. Depois de telefonar, colocou-me, com esforço, numa espreguiçadeira com rodinhas. Nos difíceis dias que se seguiram, meu marido ligou muitas vezes para a praticista. Com freqüência, ele comentava a resposta carinhosa da praticista e a coragem que ela transmitia, especialmente quando a chamava, angustiado, durante a noite ou de manhã bem cedo. Embora não fosse estudante de Ciência Cristã, meu marido respeitava-a muito e contava aos outros, com satisfação, que sua mulher era Cientista Cristã.
Fui muito abençoada nesse período. Uma amiga, membro da mesma filial da Igreja de Cristo, Cientista, que eu, veio dias seguidos a minha casa, banhar-me e vestir-me, bem como ler as lições bíblicas (do Livrete trimestral da Ciência Cristã) e os periódicos da Ciência Cristã para mim. Após vários dias, pude sentar-me em uma cadeira de rodas e ser levada pela casa. Mais tarde, essa amiga e eu nos regozijamos, expressando gratidão, à medida que eu progredia, deixando a cadeira de rodas e usando uma bengala, até que finalmente não mais precisei desta última.
Em seis ou sete semanas eu caminhava sem ajuda, mas uma perna estava mais curta do que a outra. Eu mancava muito. Certo dia, meu marido disse: “Apoiei suas convicções religiosas e vou continuar a apoiá-las, apesar do protesto de outros membros da família. Mas agora você está mancando e estou sendo acusado de deixar que você avanfique aleijada. Você concordaria em tirar umas radiografias para ver se algo pode ser feito?” Tivemos uma conversa maravilhosa, em que lhe agradeci por seu amor e apoio. Prometi-lhe que, se não caminhasse livremente logo, tiraria as radiografias.
Os dias que se seguiram foram ativos, cheios de estudo da Ciência e de oração, porque queria cumprir minha promessa. Não me lembro de quanto tempo passou, mas em breve não mancava mais e não se falou mais no assunto. Tenho tido completa liberdade de movimentos desde então.
Meu marido faleceu há cerca de quatro anos. Um pouco antes de seu falecimento, disse que uma das lembranças mais queridas de nosso casamento era ver-me estudando a lição bíblica todos os dias. Que alegria pensar no amor e encorajamento que partilhamos! O estudo da Ciência Cristã trouxe-me muitas bênçãos pelas quais estou grata, inclusive instrução em classe de Ciência Cristã, filiação em A Igreja Mãe e servir minha igreja filial.
Birmingham, Alabama, E.U.A.
