Em férias na Itália, Mariana com seus pais e irmãos aguardavam o momento de subir a montanha nas cadeirinhas do teleférico que os levaria até os mil metros de altura.
Enquanto esperavam, observavam as cadeirinhas descerem vazias, fazerem a volta na grande roda metálica, dentro da estação e, outra vez, subirem a montanha. Papai deveria ir na primeira cadeirinha, depois iria Joice, a irmã, em seguida o irmão, Roberto, depois Mariana e, por último, Mamãe.
Mariana ficou observando Papai, Joice e Roberto subirem nas cadeirinhas e, balançando um pouco, começarem a partir montanha acima. Então o encarregado do teleférico levantou Mariana e colocou-a numa cadeirinha em movimento e ela partiu. Mas ele não abaixou a barra de segurança em frente da cadeirinha, barra essa que deveria mantê-la segura ali. Isso significava que não havia nada na frente de Mariana em que ela pudesse se segurar, nem nada para apoiar os pés.
Era assustador ver a montanha lá em baixo, tão longe dela, e sentir como se fosse despencar ou como se um de seus sapatos estivesse para cair lá em baixo. Para piorar as coisas, algumas pessoas, descendo em suas cadeirinhas, ao passarem por Mariana em sentido contrário ficavam boquiabertas quando viam que ela estava sem a barra de proteção. Algumas gritavam em italiano, outras em alemão, e faziam sinais para ela descer a barra. Mariana, embora tentasse fazer o que diziam, não conseguiu baixar a barra. Isso a fez sentir-se ainda mais sujeita a cair.
Mariana estava agarrando-se aos lados da cadeirinha com todas as suas forças quando começou a lembrar que não estava realmente sozinha e que não podia realmente estar em perigo. Lembrou-se de que Deus estava com ela. Deus está em todo lugar e “nele vivemos, e nos movemos, e existimos,” Atos 17:28. como diz a Bíblia. Começou a falar para si mesma: “Deus está em toda parte, Deus me ama e me segura. Não posso me machucar, nem cair ou morrer. Isso não pode acontecer comigo nem com nenhuma outra pessoa.”
Àquela altura Mariana sentiu-se melhor e diminuiu a força com que se agarrava à cadeirinha. Disse a si mesma: “Naturalmente não vou cair. A cadeira está me segurando e Deus está também.” Roberto tinha notado o que se dera e, virado para trás, gritava-lhe avisando com antecedência dos solavancos que às vezes aconteciam. Mariana, porém, já achava tudo muito normal e não havia solavancos demais. A irmã dela chamou-lhe a atenção para as ravinas e as árvores e os córregos nas faldas da montanha, para o cheiro agradável dos bosques de pinheiros, e Mariana começou a gostar da viagem.
Quando todos chegaram ao topo da montanha, tomaram refrescos e apreciaram os bonitos picos cobertos de neve, brilhando à luz do sol. Viram a vila de onde tinham vindo, espalhada pelo vale lá em baixo. Mariana ficou contente por andar de teleférico novamente na volta. Desta vez, o encarregado fechou direitinho a barra e, assim, ela teve apoio para os pés. Ao descer, Mariana alegrou-se em observar as vacas pastando na grama, com os chocalhos alpinos que faziam barulho quando as vacas se mexiam. Na chegada, levantou a barra sozinha e o encarregado ajudou-a a descer.
Mariana ainda lembra de que modo sua confiança na presença bondosa de Deus curou-lhe o medo na montanha. Comprovou um pouco do que a Bíblia diz: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.” 1 João 4:18.
As experiências de curas em artigos do Arauto foram cuidadosamente verificadas, inclusive em artigos escritos por crianças ou para estas.
Folgue o campo
e tudo o que nele há;
regozijem-se todas as árvores do bosque,
na presença do Senhor, porque vem,
vem julgar a terra;
julgará o mundo com justiça,
e os povos, consoante a sua fidelidade.
Salmos 96:12, 13
