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Vitória alada: a força da unidade

Da edição de julho de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Recentemente levantei os olhos e observei a fantástica visão de uma revoada de gansos selvagens que cruzavam os céus. Havia grande beleza no “V” que formavam em seu vôo, e pus-me a contemplar o significado dessa união.

Unidade de propósito espiritual resulta em vigor e salvação para um movimento, não só para os indivíduos que nele se acham envolvidos, mas também para o avanço desse movimento. Uma frente tão unificada funciona como ponta avançada e, bem assim, como barreira protetora contra qualquer assalto. Quão natural, portanto, raciocinei, que os membros da igreja se unam estreitamente em sua jornada rumo ao Espírito.

Com a aproximação de um novo século, somos chamados mais do que nunca a formar uma frente sólida, unida, contra um materialismo científico que a cada oportunidade tenta impor ao mundo suas crenças e leis de fundo material. Alertando-nos de que a Ciência Cristã poderia perder-se mais uma vez da prática da religião, como aconteceu após os dias de Cristo Jesus, a Sra. Eddy renova nosso ímpeto e a determinação de atender a esse chamado. Ver Robert Peel, Mary Baker Eddy: The Years of Authority (Nova Iorque: Holt, Rinehart and Winston, 1977), p. 378.

Por certo, hoje em dia devemos estar bem atentos à explicação dada pela Sra. Eddy, sobre o motivo por que a idéia espiritual de cura desapareceu, durante algum tempo, da história cristã. Escreve: “Na proporção em que o elemento pessoal e material se infiltrou na religião, esta perdeu o cristianismo e o poder de curar ....” Christian Healing, p. 3.

O que podemos fazer, como Cientistas Cristãos conscienciosos, para que permaneçam cerradas as nossas fileiras, para preservarmos a frente pura, sólida, progressista e impenetrável que nunca se renderá “ao elemento pessoal e material” que haveria de corromper a Igreja e permitir que novamente se perdesse de vista a Verdade? Por certo o mero ato de reunir-se em proximidade física não significa união. Precisamos é da oração que revela ser a unidade a grande realidade constantemente expressada pela Mente única e divina.

Existe grande poder e autoridade espirituais em ter-se uma Mente só, e a Bíblia atesta a superioridade desse poder. No livro dos Atos acha-se registrado que no dia de Pentecoste, quando os discípulos estavam “todos reunidos no mesmo lugar” Atos 2:1., receberam o Espírito Santo. E lemos que, quando os discípulos perseveravam unânimes no templo, “acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” Atos 2:47.. O Antigo Testamento fala também nos resultados poderosos da união. Durante a batalha de Jericó, quando Israel gritou numa só voz, ruíram todas aquelas muralhas! Ver Josué 6:20.

Quais podem, então, ser algumas maneiras específicas de nos unirmos? Por certo, a exigência fundamental dessa união é a de compreendermos que o amor por Deus é nosso denominador ou elo comum. Mediante a dedicação diária de expandir nossa compreensão de Deus e procurar fazer apenas Sua vontade, bem como o reconhecimento renovado de que realmente somos Seus filhos e filhas, superamos as crenças pecaminosas que pretenderiam dividir ou separar. Só na medida em que a verdadeira compreensão de Deus e Seu reflexo for posta continuamente em foco, e forem negados o modo de pensar mortal, egotista, e a voluntariosidade, será revelado o relacionamento fraternal, terno e útil, das idéias de Deus.

Outra exigência indispensável para a unidade da igreja é a da nossa rededicação ao verdadeiro significado de Igreja. O Cientista Cristão não vê na Igreja um edifício material, um grupo de pessoas que procuram perpetuar sua ideologia. Para o Cientista Cristão dedicado, a Igreja é uma idéia divina viva, vital, que se expande continuamente. Não é teórica, ilusória ou exclusiva. Sua presença em nossa vida restaura, redime, esclarece, cura e traz consigo paz e grande alegria.

O Cientista Cristão sabe que, na realidade espiritual, a Igreja já é uma idéia completa e bem-sucedida, ordenada por Deus. Ao membro da igreja cabe a responsabilidade de trazer essa idéia mais amplamente à percepção humana. Quando o conhecimento e a demonstração espiritual dos membros se expande individualmente, sua igreja filial se expande. Quando os membros permanecem firmes, ela permanece firme. Quando curam, ela cura. O progresso de uma igreja filial, bem como o do próprio movimento da Ciência Cristã, exige que os membros corporifiquem cada vez mais a Verdade divina e dela expressem o amor. Toda vez que os membros de uma igreja perderem de vista essa simplicidade fundamental, esse fato de que o crescimento espiritual individual é o elemento vital de sua igreja, e começarem a se concentrar no conceito material de igreja como se fosse isso a fonte do progresso da igreja, é inevitável haver interrupção nesse progresso.

Hoje, como outrora, os membros da igreja precisam estar alerta às crenças pagãs de idolatria, de ritualismo supersticioso e de uma falsa noção de sacrifício que pretenderiam assomar sob novas formas, a fim de roubar a igreja de um quadro de membros inspirados. Teria alguma dessas formas da velha teologia material tentado ultimamente infiltrar-se em nossas igrejas filiais? Será que os modos do clero nos induziriam sutilmente a usar o trabalho na igreja como meio de erigir altares ao ego? Será que a superstição nos ludibria, tornando o trabalho na igreja mera marca em nosso calendário de boas ações? Será que o ritualismo nos engana, induzindo-nos a seguir cegamente tradições superadas ou metodologia moderna, em vez de confiarmos no Cristo sempre novo e inovativo? Será que um falso conceito de sacrifício nos impele a dedicarmos todo o tempo e energia mecanicamente ao trabalho da igreja sem a dedicação consagrada aos aspectos redentores e curativos, próprios da Igreja, que constituíam o coração e a alma da visão da Sra. Eddy?

Jamais uma hora pediu tanto que nos uníssemos na pura compreensão do que são Deus, a Igreja e o homem. É imperativo que nos demos as mãos e permaneçamos verdadeiros, leais, dedicados e firmes em nossa prática da Ciência Divina. Precisamos estar alerta para o que poderia acometer o nosso movimento, não só os ataques vindos de fora, mas também a ação insidiosa do erro que tentaria infiltrar-se em nosso pensamento e atacar de dentro para fora. O magnetismo animal, a crença numa presença ou poder separados de Deus, o bem, buscaria dividir e diluir nossa Igreja, substituindo pela fé cega, por motivos egotistas, por opiniões e ações humanas e por falsa caridade, a inspiração divina e a cura divina. Essas formas de magnetismo animal procurariam estabelecer divisões entre nós mediante pensamentos de dissensão, desânimo, apatia, orgulho e rivalidade. O magnetismo animal sempre teve por objetivo dividir e conquistar.

A Sra. Eddy instrui-nos em Miscellaneous Writings: “Na Ciência, as opiniões divergentes levam à confusão. Todos precisam ter um Princípio e a mesma regra; e todos os que seguem o Princípio e a regra têm uma só opinião a seu respeito.” Mis., p. 265. Nossa Líder também escreve num artigo intitulado “Vanglória”: “Ao longo de toda a história humana, os efeitos vitais da Verdade sofreram vergonha e perda temporárias, por causa da vaidade, covardia ou desonestidade individuais. O pássaro cuja asa direita bate para se alçar ao alto, enquanto a esquerda se agita na direção do solo, cai no chão. Ambas as asas precisam estar alisadas para atmosferas rarefeitas e o vôo para cima.” Ibid., p. 267.

Quando renunciarmos às opiniões pessoais e nos voltarmos inteiramente a Deus, não nos encontraremos em divergência com as normas e práticas da Ciência Divina, nem com os Estatutos que a Sra. Eddy nos deu no Manual de A Igreja Mãe, nem uns com os outros. Antes, nos encontraremos em harmonioso movimento, “qual aves que, a gorjear, / num mesmo ramo estão” Hinário da Ciência Cristã, n° 30., nas palavras de nossa Líder. Tal união espiritual do coração dá força e impulso expansivo ao nosso movimento. Ao unificarmos nossas fileiras e mantermos nossa prática de cura em pureza absoluta e não-adulterada — livre de opiniões materiais e das leis de medicina, higiene, dieta, hipnotismo, teosofia, força de vontade, etc. — daremos a nossa Causa verdadeiro ímpeto. Confiarmos a promoção da Ciência Cristã a métodos e recursos mundanos não o fará. Ao unirmos continuamente nossos corações com a verdadeira idéia de Igreja, grandes vitórias espirituais serão nossas, e outros naturalmente se unirão a nós em nossa Causa, quando a Igreja se prepara para ir ao encontro do século vinte e um.

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