Minha primeira cura pela Ciência Cristã foi a de depressão mental e realizou-se quando eu tinha vinte e poucos anos. Após lutar, vários anos, contra uma barreira constante de sugestões apavorantes, fiquei muito abatido e em pânico. O desânimo e a melancolia eram meus carcereiros constantes. Aterrorizava-me a idéia de ficar louco. Pensei, mais de uma vez, em suicidar-me.
Freqüentara regularmente uma Escola Dominical da Ciência Cristã, mas nunca havia realmente estudado esta Ciência. Naquela ocasião, porém, volvi-me com sinceridade a Deus. Ansiava ser curado. Estudei, com avidez, a Bíblia e as obras de Mary Baker Eddy. Meus bolsos estavam sempre cheios de cópias amassadas de artigos dos periódicos da Ciência Cristã. Procurava viver de modo literal a injunção de Paulo: “Orai sem cessar” (1 Tess. 5:17). Ainda assim, pouco progresso havia sido feito. O caminho parecia sombrio de fato.
Nessa época, tive oportunidade de estudar mais profundamente a seguinte afirmação em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany da Sra. Eddy (p. 213): “A menos que tenhamos os olhos abertos para ver os métodos da má prática mental, agindo tão sutilmente que tomamos suas sugestões por impulsos de nosso próprio pensamento, a vítima se deixará levar na direção errada, sem sabê-lo.” Após ponderar esse trecho, senti repentino e alegre despertar. Compreendi, pela primeira vez, como a sugestão mental agressiva alega trabalhar na primeira pessoa, usando os pronomes eu, mim, meu, para suas mentiras. Vi como as sugestões agressivas e invasoras da mente carnal haviam reinado em minha casa mental, disfarçadas de meus próprios pensamentos.
Comecei, de imediato, a corrigir a situação e a aprender a defender-me da imposição de sugestões errôneas. Trabalhando a partir do ponto de vista espiritual e científico, aprendi aos poucos a distinguir entre pensamentos derivados de Deus e sua falsificação, ou os impulsos hipnóticos da mente mortal. Vi que a depressão não era condição, mas ilusão; que em realidade a consciência não está num cérebro humano, mas é o reflexo da Mente divina. Lembro-me vividamente de quando a luz despontou em mim e percebi que a depressão não era o meu modo de pensar. Descobri que podia recusarme a dar abrigo em meu pensamento às sugestões mentais agressivas.
Tendo reconhecido o que tinha de fazer, orei com constância para obter a força e a coragem de fazê-lo. Dali em diante, passei a detectar e enfrentar sugestões mortais e a encher minha consciência com as verdades curativas que me eram reveladas, de modo maravilhoso, através da oração diária. Deus tornou-se presença viva em minha experiência. Passei a compreender as curas de Cristo Jesus, quem nunca manipulava a mente humana, mas discernia claramente a paternidade de Deus e a filiação do homem.
A disciplina substituiu o caos em minha vida diária. A tendência mental “na direção errada” foi descoberta e invertida. Crenças falsas cederam a verdades espirituais vivificantes. Foi fácil? Não de início! Mas quando a ruptura se deu, trouxe não só alívio como cura completa. Senti-me totalmente livre da depressão mental. Minha vida foi transformada e os anos que se seguiram confirmaram a permanência dessa cura.
Enquanto lidava com aquele problema, conheci uma mulher encantadora, com quem mais tarde me casei. Embora nunca tivesse ouvido falar da Ciência Cristã antes, ela apoiou-me de tal modo em minha luta para obter cura, que logo tornou-se sincera estudante desta Ciência e membro da igreja. Quero esclarecer que, durante todo esse tempo, continuei ativo no meu emprego, na igreja e na família. Outras pessoas não se davam conta do meu problema. Na verdade, grande parte da “batalha” não era evidente nem mesmo à minha querida esposa. Claro, o problema realmente nunca foi nada mais do que um sonho do qual eu tinha de despertar. Lemos em Ciência e Saúde da Sra. Eddy (p. 346): “Se um sonho cessa, fica destruído por si mesmo, e o terror acaba.”
A Sra. Eddy também escreve (ibid., p. 322): “As duras experiências provenientes da crença na suposta vida da matéria, bem como nossos desenganos e sofrimentos incessantes, levam-nos, como crianças cansadas, aos braços do Amor divino. Então, começamos a compreender a Vida na Ciência divina. Sem esse processo de desavezar, ‘Porventura desvendarás os arcanos de Deus’? ”
Sinto-me sempre grato pelo “processo de desavezar”, o processo contínuo e, às vezes, muito difícil, de descobrir e destruir o erro e glorificar a Verdade. Minha família e eu fomos guiados, confortados e levados a uma compreensão segura de Deus, através de muitas experiências difíceis e curas abençoadas.
Corona del Mar, Califórnia, E.U.A.
É com gratidão que atesto a cura de meu marido. Eu era estudante novata da Ciência Cristã naquela época, e vi o poder do Amor divino transformando sua vida. A cada dia ele ficava mais forte. Lembrome de que, durante esse período de oração diária sincera, ele foi curado do antigo vício de fumar. Nunca faltou ao trabalho, embora orasse dia e noite. Essa cura sempre teve significado muito especial em nossas vidas. Um bendito resultado dessa experiência, após a cura, foi um senso sólido e contínuo da direção infalível de Deus.
