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Haverá no medo causa real?

Da edição de julho de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Para desenvolver em nós a capacidade de curar pela Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), é vital compreendermos claramente determinados pontos metafísicos importantes. Um desses pontos tem a ver com a pergunta: “Causa o medo a enfermidade e a doença?”

Mary Baker Eddy diz sem rebuços que sim. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras escreve: “A causa promotora e base de toda doença é o medo, a ignorância ou o pecado.” Ciência e Saúde, p. 411. Se encerrássemos o assunto aí, nessa única referência extraída de todos os seus escritos, talvez viéssemos a presumir erradamente que existe, para a enfermidade, uma causa mental real e duradoura, quando de fato nunca existe para a doença uma causa verdadeira.

Quando prosseguimos no exame do assunto, estudando tudo o que a Sra. Eddy escreve sobre ele, verificamos que o medo não é uma causa verdadeira de coisa alguma. Escrevendo a respeito da natureza da causa, a Sra. Eddy diz: “A Mente imortal é a causa única; por isso, a moléstia não é causa nem efeito.” Ibid., p. 415. Mais adiante em Ciência e Saúde lemos: “Nem a própria moléstia, nem o pecado, nem o medo, têm o poder de causar uma moléstia ou uma recaída.” Ibid., p. 419.

As citações apresentadas nos segundo e terceiro parágrafos parecem, à primeira vista, contraditórias, mas seu estudo mais cuidadoso torna claro que cada uma revela verdades fundamentais, de que necessitamos para curar. A primeira citação: “A causa promotora e base de toda doença é o medo, a ignorância ou o pecado”, indica que a aparente origem da enfermidade encontra-se nas atitudes de pensamento que não se originam em Deus. Contraria a teoria ainda geralmente aceita a respeito da causa da doença como algo que surge fundamentalmente das condições físicas da própria matéria: alguma desordem orgânica ou funcional do corpo material ou do cérebro.

A Ciência Cristã como revelação, no entanto, chama a atenção da humanidade para o fato de que a matéria não tem inteligência para governar nossa existência. As aparentes condições do corpo, químicas, elétricas, orgânicas, não são inteligentes, pois a inteligência não é propriedade da matéria inerte, por mais que a humanidade possa crer que é. A inteligência pertence só à Mente, Deus. Nunca é expressa em elementos materiais ou por meio deles, mas se expressa por inteiro pelas idéias espirituais da Mente.

Compreender que a causa aparente da doença não é física, é um passo para sua cura. Essa compreensão remove a própria crença em que a vida e a inteligência são reguladas pela própria matéria. Mostra-nos que o pensar materialista é o único responsável pela enfermidade: atitudes tais como “o medo, a ignorância, ou o pecado”.

Alguns médicos e psiquiatras hoje estão concordando que as atitudes de pensamento parecem causar muitos problemas físicos e manifestar-se como tais. Mas isso não responde a pergunta do que é, e onde está, a mente que parece ter esse poder. Precisamos a revelação da Ciência Cristã para solucionar o desafio da doença. Esta Ciência explica que não existe mente que possa causar a enfermidade, pois a Mente única é Deus, o bem. A Mente é o Espírito. A Mente não é um estado químico do cérebro material, pois o estado físico não possui inteligência. Nem é a Mente uma mente ou alma etérea residente no corpo que, de certa forma, governa-nos por sua própria volição. A Mente é só Deus. Esta Mente divina é a nossa Mente, uma e única, visto que cada um de nós é, em realidade, a idéia de Deus, Sua expressão espiritual, o homem.

A Ciência Cristã nunca ignora a enfermidade, nem diz: “Isto tudo está na sua mente.” Como Deus é a Mente única, a Ciência mostranos a maneira de demonstrar a perfeição da Mente divina como nossa Mente. Aprendemos a necessidade de substituir o medo, mediante oração e estudo, pela terna confiança na bondade de Deus; a ignorância precisa ser substituída pela compreensão espiritual de que Deus tem, sobre Sua criação, governo completo. E vemos que o pecado precisa ser totalmente destruído por nossa expressão de motivos e ações purificados.

Ao começarmos a compreender estes pontos, aprendemos como resolver inteligentemente a questão de ser o medo a causa da doença. Vemos que o medo não é uma realidade constituída por si mesma. Não existe medo na Mente divina, Deus, a fonte de nossos verdadeiros pensamentos. Quando a Sra. Eddy ressaltou que o medo e outras atitudes perturbadas de pensamento causam a doença, mostrava-nos simplesmente que a enfermidade é, na experiência humana, inteiramente mental, em vez de ser, de alguma forma, física. Mas para curar a doença é preciso levar nosso raciocínio um passo mais adiante, como o fez a Sra. Eddy, e compreender que, em realidade, a doença não é nem mental, pois não é um estado da Mente, Deus. Na realidade, a doença não é física nem mental, nem tem causa em qualquer estado físico ou mental. Inexiste de todo na Mente que é Deus. Inexiste, portanto, em nosso verdadeiro ser como reflexos da Mente.

E esta é a posição que precisamos tomar se quisermos curar completamente as dificuldades que parecem ser causadas pelo medo. Do começo ao fim da Bíblia consta repetidamente esta ordem divina: “Não temais.” O profeta hebreu ouviu a Palavra de Deus: “Não vos assombreis, nem temais; acaso desde aquele tempo não vo-lo fiz ouvir, não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça.” Isaías 44:8.

Caso sintamo-nos tentados pelo medo e fiquemos preocupados com que o medo que sentimos possa dar causa à crença em enfermidade, ou possa intensificar essa crença, é animador considerar esta asserção feita pela Sra. Eddy em Retrospecção e Introspecção: “A Ciência diz ao medo: ‘És a causa de toda doença; porém és uma falsidade constituída por si mesma — és escuridão, o nada. Estás sem “esperança, e sem Deus no mundo”. Não existes, e não tens direito de existir, porque “o perfeito Amor lança fora o medo”.’ ” Ret., p. 61.

Nosso remédio está sempre em compreender o perfeito Amor, o Amor divino. Deus, o Amor divino, é a causa única, a Mente única. Não existe no Amor divino atitude de medo, ignorância, ou pecado, e nenhuma há no reflexo do Amor, nossa verdadeira e única identidade. Tudo aquilo que o Amor pode criar, ou de que pode estar consciente, é a harmonia imutável e eterna de sua própria criação. E o Amor divino que é o criador de tudo, mantém e sustenta infalivelmente em harmonia espiritual a criação.

Quando Cristo Jesus soube que a filha de Jairo havia morrido antes que ele pudesse chegar à casa dela, as palavras de conforto ditas por Jesus a Jairo foram: “Não temas, crê somente, e ela será salva.” Lucas 8:50. E ela reviveu. É natural ser destemido, pois o homem criado por Deus não tem, nem pode ter, medo. Na criação perfeita de Deus não há nada a temer, pois Deus, o Amor divino, é Tudo-em-tudo.

A obra de cura realizada por Jesus era instantânea e eficaz, porque Jesus não só sabia que Deus é a causa única, mas também provou pelo seu modo de viver que Deus é a causa única. Jesus era destemido porque compreendia ser Deus o Amor, e seus pensamentos estavam cheios de amor. Jesus não ignorava a bondade de Deus nem servia de modo algum a crença no pecado. Sua vida era o exemplo vivo da verdade de que o medo, a ignorância e o pecado são fraudulentos, e que a aparente presença deles anula-se perante a Vida, a Verdade e o Amor.

Esta mesma compreensão espiritual crística e demonstração real de que Deus é a única Mente do homem pode começar a governar, desde agora, tudo o que pensamos ou fazemos. Então Cristo, a Verdade, passará a ocupar cada vez mais nossa vida com a harmonia que a Mente divina está sempre expressando em sua própria criação.

O medo não é causa real. Não é pensamento verdadeiro. Não procede de nenhum lugar nem pode fazer nada a nós. Portanto, temos o direito que Deus nos dá, se formos tentados por sugestões do medo, de nos recusarmos a ficar perturbados. Deus mantém para sempre em harmonia a Sua própria criação. Cabe-nos reconhecer que o medo não tem poder, pois sua nulidade é absoluta, e rejeitá-lo decididamente. Então, ao prosseguirmos com nossas orações, nosso estudo, tratamento metafísico e primorosa demonstração de um modo cristão de viver, a cura será a conseqüência. O medo nunca causa realmente a doença, nem pode impedir-lhe a cura.

Quando a compreensão e a demonstração do Amor divino governarem nossa vida, o medo e seus pretensos efeitos haverão de desaparecer.

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