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O pensamento crístico individual: seu impacto sobre o pensamento do mundo

Da edição de julho de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Dizem os físicos que, apoiando-se uma pena sobre um eixo de aço, ela causará neste uma flexão, ainda que pequena. A respeito, li de um professor de física que utilizou uma pluma comum de pássaro, um eixo de trem e instrumentos de alta precisão, mediu o referido impacto. Ver Progress at Principia, verão de 1983.

Este artigo não é, porém, sobre plumas e eixos, mas sobre a lição que aprendi dessa experiência: Nunca subestime o impacto de seu próprio pensamento e exemplo individuais! A qualidade de tal pensamento e exemplo é extremamente importante!

Todos podemos ser gratos por termos os ensinamentos e o exemplo do Mestre do cristianismo para seguir. Cada um de nós pode tocar o mundo com o mesmo cristianismo sanador que Jesus exemplificou e ensinou seus discípulos a viverem. A Sra. Eddy declara em Ciência e Saúde: “É possível — é até dever e privilégio de cada criança, homem e mulher — seguir em certo grau o exemplo do Mestre, pela demonstração da Verdade e da Vida, da saúde e da santidade.” Ciência e Saúde, p. 37. Acaso não será este um bom momento para começar?

Cristo Jesus declarou: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros”; e, para explicar de que modo, continuou: “assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” João 13:34. E como é que Jesus amava? Foi isso exatamente o que me perguntei. Então, o estudo dos quatro Evangelhos indicou-me que, antes de mais nada, o Mestre buscava suas informações sempre com o criador perfeito e único — o Espírito e não a matéria. Era sua compreensão espiritual da totalidade e onipotência de Deus, o Amor, o que envolvia os que vinham a ele e satisfazia à necessidade humana de cada indivíduo exatamente no ponto necessário.

Ciência e Saúde afirma: “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes.” Ciência e Saúde, pp. 476–477.

Onde na matéria se via incapacidade ou moléstia, Jesus via a perfeição da obra do Espírito e, desse modo, curava a cegueira, a paralisia e a lepra. Mesmo quando a evidência material insistia no fato da morte, Jesus sabia que a Vida era indestrutível, e o Mestre pôde ressuscitar Lázaro depois de estar este quatro dias no sepulcro.

Recentemente, enquanto eu lia o jornal, desejosa de tocar nosso precioso mundo com o impacto sanador da visão cristã e científica — ver a semelhança de Deus em toda parte — comecei a observar como eu reagia ao que estava lendo.

Uma reportagem de primeira página comentava certa observação contundente feita por uma figura eminente. Desagradável, pensei. Outro artigo, sobre um acidente aéreo, nem li, pensando ser uma triste recapitulação da tragédia da véspera. Ainda um terceiro dizia respeito a uma jovem mãe que bateu no filho até este morrer. Fiquei horrorizada.

Espere aí, disse-me eu. Repulsa, indiferença, choque — isto não é cristianismo. Se sinto repulsa, toco o pensamento humano com recriminação e não com a sanadora compreensão do Amor divino. Se me sinto indiferente, apóio a apatia. Se me sinto oprimida, ajudo a difundir o medo. Claro que posso fazer coisa melhor.

Comece com Deus, veio a ordem. Assim fiz. Reconhecendo em Deus o Princípio divino, o Amor, que preenche todo o espaço e é o único poder, comecei a raciocinar que o homem é feito à Sua imagem e semelhança (como nos assegura o primeiro capítulo do Gênesis) e, portanto, deve ser inteiramente belo, amoroso, amável e amado.

Belo porque é criado para refletir a bondade do Amor divino, é constituído das qualidades do Amor, é governado e preservado pela lei do Amor. (Aí não há lugar para ferimentos, defeitos, deformidade moral ou física!)

O homem é amoroso porque é motivado, animado e impelido pelo Amor com sua terna força e sabedoria. (Não há lugar para ódio, animalidade ou violência no homem da criação do Amor.)

A amabilidade é uma qualidade da natureza espiritual do homem, porque este reflete natural e necessariamente a terna paternidade do Amor. (Não há aí lugar para qualquer indignidade em relação ao Amor divino, nem para qualquer incapacidade ou má-vontade de senti-lo ou expressá-lo!)

E, finalmente, cada identidade espiritual é amada e apreciada, porque o homem, sendo a expressão especial do Amor divino, é tão necessário a Deus como Deus a ele e a cada manifestação divina, individualizada. (Não há aí lugar para filhos indesejados, desnecessários ou desprezados!)

Sem demora meu pensamento encheu-se da toda-abrangência do Princípio divino, o Amor. Não mais me sentia oprimida pelas reportagens que havia lido. Agora, mentalmente eu abria o pensamento e envolvia no amor do Amor as aparentes vítimas ou os agentes do mal. Senti-me confiante de que minhas orações faziam incidir o poder infalível da lei de Deus sobre cada situação, consolando, corrigindo e governando cada necessidade.

Depois, naquela mesma tarde, tive a oportunidade de partilhar com alguém em necessidade as verdades específicas que eu havia nutrido, a respeito da constância, coerência e continuidade do amor de Deus. Tenho certeza de que, se eu não tivesse atendido às inspirações específicas da Mente, que me prepararam para vislumbrar a totalidade do Amor divino, aquela oportunidade de compartilhar não teria existido, pois eu não estaria pronta para ajudar.

Nunca subestime o efeito do seu próprio exemplo e devotado conhecimento da verdade, imaginando-o insignificante demais para tocar seu mundo! Todo o bem que você sabe, vive e demonstra beneficia a humanidade toda. Por exemplo, se por meio de sua oração houve a cura de um resfriado, você ajudou a diminuir até certo ponto a moléstia no mundo. Por quê? Porque comprovou que a moléstia não é real e que a matéria não faz leis.

Se, por meio de sua oração, deu-se a cura de um ferimento, você contribuiu, em certo grau, para reduzir acidentes e ferimentos no mundo. Por quê? Porque comprovou que não há lugar para imperfeição na criação perfeita de Deus e que a matéria não pode impor condições que governem o homem.

Se, com suas orações, curou-se o ressentimento contra alguém, você já ajudou, em certo grau, a remover uma das sementes da guerra, porque comprovou que o ódio não tem parte com o homem.

Pela cura de um resfriado, de um ferimento ou de um ressentimento, você beneficiou o mundo inteiro, ao retirar da crença naquele mal específico o seu próprio apoio mental e ao refletir a Verdade e o Amor divinos, irradiando a luz da compreensão espiritual.

Assim, sempre que você se vir tentado a pensar que uma pluma não pode flexionar um eixo — que o que você pensa ou faz não tem importância para o mundo — lembre-se dos fatos. Recorde-se, ainda, da história bíblica de que um só homem, com a sabedoria dada por Deus, salvou sua cidade do ataque das forças de um rei (ver Ecles. 9:14, 15). E lembre-se da promessa da Sra. Eddy: “Quando o pensamento reside em Deus — e não deveria, para nossa consciência, residir noutra parte — não podemos deixar de beneficiar aquele que ocupa lugar em nossa memória, seja amigo ou inimigo, e cada um partilha o benefício dessa radiação. Essa felicidade e essa bênção individuais procedem menos de um amor individual que de um amor universal; emitem luz porque a refletem; e, todos os que são receptivos, disso participam igualmente.” Miscellaneous Writings, p. 290.

Podemos prazerosamente aceitar cada momento de nossos dias como a ocasião em que o Amor divino nos está capacitando a contribuir para a elevação do pensamento do mundo inteiro, minorando, em certo grau, o pecado e o sofrimento em qualquer parte.

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