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Não há emergência fora do alcance de Deus

Da edição de julho de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Às vezes, há pessoas que, ao descobrirem que sou Cientista Cristã e me apóio em Deus para curar-me, me perguntam: “E numa emergência, você contaria com a ajuda de Deus?”

Minha resposta é sempre um enfático “sim”, pois comprovei o poder restaurador de Deus inúmeras vezes em minha vida.

Uma cura se destaca. Quando eu freqüentava o primário, certa tarde estava brincando num balanço, no quintal da casa de uma amiga que dava para os fundos da nossa. Era hora de jantar e, ao deixar-me escorregar de um mastro, aterrissei numa afiada lata sem tampa. Não me dei conta da gravidade do acidente até olhar para baixo. O pai de minha amiga ergueu-me e passou-me sobre o muro para meu pai que, felizmente, já havia voltado do trabalho. Meu pai carregou-me para casa e perguntou-me se eu queria que me levasse ao médico ou se preferia que minha mãe chamasse uma praticista da Ciência Cristã para que me ajudasse pela oração. Meu pai não era estudante de Ciência Cristã, mas, honesto e bom, deixou-me decidir.

Minha mãe havia matriculado a meu irmão e a mim numa Escola Dominical da Ciência Cristã quando eu contava quatro anos de idade, após ter Mamãe obtido uma cura surpreendente de um problema físico considerado incurável. Eu havia tido curas de dificuldades menores e era-me natural dizer que queria a ajuda de Deus.

A praticista pediu que minha mãe me dissesse que Deus era o único poder, que Deus estava comigo e que ela oraria por mim imediatamente. Mamãe sentou-se à beira da cama e leu trechos do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde da Sra. Eddy. Ainda hoje como que sinto a paz que senti então. Não tive o mínimo medo! Embora o corte alcançasse quase a parte superior do pé, não recebi nenhum ponto, nem tomei qualquer remédio. O pé foi lavado e envolto num pano limpo e isso foi tudo que se fez humanamente. A hemorragia logo parou. Em dois dias eu já podia apoiar-me de leve no pé. Três dias depois voltei à escola, completamente restabelecida.

Situações como essa provam, de modo científico, que não temos de entrar em pânico em emergências, nem aceitar como definitiva a evidência de acidentes ou ferimentos. Pelo contrário, podemos apoiar-nos na ajuda de Deus com confiança e bons resultados.

Há um trecho em Ciência e Saúde que resume esse modo científico de orar e lidar com acidentes. Diz: “Quando acontece um acidente, pensas ou exclamas: ‘Machuquei-me!’ Teu pensamento é mais poderoso do que tuas palavras, mais poderoso do que o próprio acidente, para tornar real o ferimento.

“Agora inverte o processo. Declara que não te machucaste e compreende a razão disso; verás que os bons efeitos que daí resultam, estarão em exata proporção à tua descrença em relação à física e à tua fidelidade para com a metafísica divina — à tua confiança em que Deus é Tudo, como as Escrituras declaram que Ele é.” Ciência e Saúde, p. 397.

A Ciência Cristã mostra que, sendo filho de Deus, e Sua imagem e semelhança, segundo revelação bíblica, o homem é espiritual e perfeito, para sempre mantido no amor do Pai. Quando compreendemos essa identidade espiritual, a verdadeira identidade de todos nós, não ficamos indefesos ante as crenças mortais de ferimento, choque, medo, dor. As alegações errôneas da matéria, que parecem tão reais para o pensamento não iluminado, provêm da ignorância acerca do relacionamento inseparável entre Deus, o Amor divino, e o homem, e são corrigidas pela compreensão espiritual de nosso verdadeiro ser.

“Ora,” alguém talvez pense, “isso não é muito lógico. Então, os Cientistas Cristãos simplesmente fecham os olhos ao sofrimento e negam que exista?” De modo nenhum! Negam aos problemas existirem como realidade constituída por Deus, mas não negam que parecem muito reais para o sentido humano amedrontado. Assim, na Ciência Cristã, a oração consiste em trazer à luz a realidade como Deus a conhece, e desse modo corrigir o amedrontado sentido humano das coisas. Isso traz cura, por meio da melhor compreensão de Deus e do relacionamento imutável que há entre o homem e Deus, de quem a Bíblia diz que é “tão puro de olhos” que não pode “ver o mal” Habac. 1:13..

A Ciência Cristã revela que o que parece ser uma dificuldade humana ou condição física discordante é, em realidade, totalmente mental, é uma fase da crença mortal ignorante, objetivada. Quando se torna claro que não estamos lidando com uma condição real que precisa ser mudada, mas apenas com um estado mental errôneo ou conceito falso acerca da identidade espiritual e verdadeira do homem, cessa o temor ou a dúvida. O que parece real para a crença mortal errada não é realidade para o homem à semelhança de Deus e nunca foi real. Sempre precisamos, portanto, de uma mudança de consciência, de uma base material para uma base espiritual. O reconhecimento corretivo de que Deus é perfeito e de que o homem é Seu reflexo espiritual, perfeito, agora e para sempre, traz a luz de Deus à nossa consciência. Destrói as trevas da crença mortal falsa. Eleva o pensamento para que se aperceba da totalidade e onipresença da perfeição e da harmonia espiritual. Esse estado mental iluminado objetiva-se então em nossa experiência como cura, como normalidade e liberdade.

Às vezes, as pessoas defrontam-se com um tipo diferente de emergência, que ameaça seu bem-estar financeiro ou mental. No entanto, sendo Deus o poder único e supremo do universo, Seu socorro está infalivelmente à disposição para enfrentarmos qualquer crise. Jeremias exclamou: “Ah! Senhor Deus! eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; cousa alguma te é demasiadamente difícil.” Jeremias 32:17 (conforme a versão King James).

Basta pensarmos na manifestação do poder restaurador de Deus, exercida por Cristo Jesus em diversas circunstâncias, para ver que esse é um fato. Ocorrem-me dois exemplos: (1) Jesus e seus discípulos estavam num barco, quando uma tempestade desabou. Jesus instantaneamente acalmou a tempestade, e os discípulos, que temiam perecer quando o barco se enchesse de água, imediatamente se sentiram tranqüilizados e confortados. Ver Mateus 8:23–27. (2) Maria e Marta mandaram recado a Jesus de que o amigo deste, Lázaro, estava doente. Quando Jesus chegou, havia quatro dias que Lázaro sofrera uma calamidade aparentemente irreversível: a morte. Nosso grande Mestre o ressuscitou à vida. Ver João 11:1–46.

Ciência e Saúde destaca: “Do começo ao fim, a causalidade física foi posta de lado por esse homem original, Jesus. Ele sabia que o Princípio divino, o Amor, cria e governa tudo o que é real.” Ciência e Saúde, p. 286.

É animador notar que, quando o próprio Jesus defrontou-se com uma emergência (a multidão furiosa levara-o ao topo de um monte para jogá-lo abaixo), Jesus, “passando por entre eles, retirou-se” Lucas 4:30.. O que é que nos habilita a evitar desastres e sofrimento? Uma parcela do reconhecimento espiritual inabalável que Jesus tinha, de que o Pai bondoso está sempre cuidando de Seus filhos. A convicção absoluta que o Guia tinha, de ser inseparável do bem, dava-lhe o poder de demonstrar domínio em todas as situações. Jesus disse: “Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só.” João 8:29. Podemos cultivar essa consciência crística e sentir de fato a presença terna e constante de Deus, que nunca se ausenta. Esse é o poder-Cristo que vem à consciência humana e nos põe sob a proteção e o bem-estar prometidos pelo Salmista: “Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda.” Salmos 91:10.

A autoridade bíblica de prevenir emergências data dos tempos do primeiro capítulo do Gênesis, no qual se declara plenamente que Deus nos fez à Sua semelhança. Como somos na verdade Seu reflexo, somos, temos de ser, espirituais e perfeitos. Nossa identidade real, a única que temos, nunca foi material ou sujeita às crenças mortais de acaso e perda de controle, e jamais esteve separada de sua fonte divina, Deus, nem por um instante. Está para sempre imune a qualquer tipo de desarmonia e, pela Ciência, podemos prová-lo.

A compreensão prática da unidade do homem com Deus está disponível a todos. Pelo estudo da Ciência do Cristo, aprendemos as verdades espirituais que nos habilitam a recorrer de imediato ao amor sempre presente do Pai. Todos podemos ter a certeza maravilhosa de que não há emergência, seja conosco seja com os que amamos, que se ache fora do alcance onipotente de Deus.

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