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A Igreja em ação

A Igreja em ação

Da edição de julho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Relato de Gana: do fetichismo a um Deus protetor

O relato que se segue foi enviado por Primeira Igreja de cristo, Cientista, Acra, Gana.

A crença em fetichismo é bem comum no nosso país. Há também grande aceitação dos métodos de cura do que aqui se chama igrejas espirituais. Em meio a essas correntes distintas, nossa filial da Igreja de cristo, Cientista, está fazendo progressos no quadro de membros e em suas atividades. Nossos primeiros contatos com a comunidade fazem-se principalmente através da distribuição de literatura e das conferências.

Algumas vezes, pessoas de outras denominações cristãs freqüentam nossos cultos religiosos. Assistem também às nossas conferências anuais, que estão sempre cheias. Depois de cada conferência, aumentam visivelmente a freqüência na igreja e os pedidos de filiação.

Uma conferência recente teve de ser adiada por dois dias, devido a planos de viagem que não forma fáceis de fazer. Depois de realizada, um certo membro, que não pudera comparecer, estava muito desolado por ter perdido a conferência. Foi à Sala de Leitura para reanimar-se, como disse, espiritualmente. Leu trechos do livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy e recebeu inspiração desta passagem: “Na realção científica entre Deus e o homem, descobrimos que tudo o que abençoa um, abençoa todos, como Jesus o mostrou com os pães e os peixes — sendo o Espírito, não a matéria, a fonte do suprimento.” Ciência e Saúde, p. 206.

Um visitante entrou na Sala de Leitura cerca de uma hora mais tarde, e queria comprar “todos os livros da Ciência Cristã”, especialmente Ciência e Saúde. Aquele membro, que ainda se achava lá, estudando, aproximou-se dele com o desejo de abençoar. O visitante, que era de um país vizinho, disse-lhe que conhecia uma igreja da Ciência Cristã em seu próprio país, mas que nunca a tinha visitado.

Viera ao nosso país a negócios e enfrentava dificuldades. Explicou que não resistira à vontade de consultar um sacerdote fetichista, pedindo a ele apoio e proteção. O fetichista dissera-lhe muitas coisas misteriosas sobre sua vida. Queria receber, em pagamento por um fetiche que supostamente protegeria sua vida, uma grande soma de dinheiro.

O visitante explicou que provavelmente teria voltado ao fetichista e pago aquela grande soma, se a conferência tivesse sido realizada como anteriormente previsto. Entretanto, por ter sido adiada, a conferência realizou-se no momento propício para ele. Depois da conferência compreendeu que não havia necessidade de voltar ao fetichista. O viandante sentia-se agora muito próximo a Deus e compreendia melhor como Deus cuida do homem e o protege.

O desejo de conhecer mais sobre Ciência Cristã levara-o à Sala de Leitura.

Praticistas em nossas igrejas

Uma filial na Inglaterra escreve para A Igreja Mãe: “...Depois de um período ininterrupto de sessenta anos, nossa igreja filial se encontrou sem [ter] um membro registrado no Christian Science Journal como praticista.”

A igreja, diz o relatório, não aceitou a situação, mas tomou-a como uma oportunidade de demonstrar os fatos espirituais subjacentes ao § 7° do artigo 23 do Manual de A Igreja Mãe pela Sra. Eddy. Esse Estatuto determina, como uma das exigências para organizarem-se igrejas filiais, que “entre esses membros deverá encontrar-se ao menos um praticista ativo, cujo nome e endereço constem da lista publicada no Christian Science Journal”.

A igreja estava convicta de que nesse requisito do Manual havia uma “exigência divina”. Assim, dispôs-se a provar, diz o relatório, que a idéia espiritual, Igreja A definição de Igreja em Ciência e Saúde (p. 583) começa: “Igreja. A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede.”, é “constante, invariável... para sempre completa....” Quando fundamentada nessa base espiritual, ou Igreja real, o relatório continua, “a continuidade da... prática curativa e da atividade [de igreja] não poderia ficar perdida....” Na continuação da definição de Igreja diz: “A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e que vem elevando a raça, despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as idéias espirituais e demonstre a Ciência divina, expulsando assim os demônios, ou o erro, e curando os doentes.” (Antes dessa crise, a diretoria da filial havia escrito a cada membro, convidando-o “a prosseguir numa base contínua [o] trabalho de cura, e a levar inspiração e apoio aos cultos dominicais e às reuniões de testemunhos das quartas-feiras à noite”.)

Os membros todos reuniram-se para considerar a situação. Logo, a diretoria enviou a cada membro uma carta, pedindo-lhe recomendações específicas. Baseada numa das respostas, formou-se pequena comissão para, com trabalho em oração, remediar aquela circunstância. A comissão reunia-se regularmente, e os membros dela "estudavam constantemente" a definição de Igreja que a Sra. Eddy dá em Ciência e Saúde (ver notas de rodapé 1 e 2).

Houve várias reuniões adicionais específicas, com todos os membros, a fim de partilharem o discernimento metafísico adquirido com o estudo e a oração individuais. Diz o relatório: "Reafirmamos devotadamente o quanto é importante... para alimentar nossa igreja filial e o movimento da Ciência Cristã, ter-se um conceito mais espiritualizado do trabalho de igreja." No decorrer desses esforços da igreja, cada membro foi convidado a orar para espiritualizar seu próprio conceito de cada atividade da igreja. Observou-se que a cura de cada membro deu um impulso à prática da Ciência Cristã para todos os demais. Tais esforços continuaram a ser feitos por mais de um ano.

Esse modo de tratar do assunto em oração auxiliou, de fato, a corrigir a situação na igreja, mostrando novamente que a instituição de igreja fica enaltecida quando a oração individual leva as atividades de cada filial a porem-se mais e mais de acordo com a única Igreja verdadeira, a idéia espiritual de Deus. Um membro da igreja registrou seu nome no Journal como praticista. O relatório diz: “É uma alegria acrescentar que a [nova] praticista declarou haver sentido, verdadeiramente, o efeito sustentador do trabalho de igreja, na prática da cura.”


A Igreja Mãe não tem tido por norma mudar o status de uma igreja filial no caso de que esta se encontre temporariamente sem um praticista com anúncio no Journal. A Igreja Mãe, entretanto, anima todas as igrejas filiais, nessa situação, a trabalharem vigorosamente para superar a crença de inércia espiritual.

Às vezes, obtém-se a vitória pelo trabalho conjunto dos membros. Outras vezes, por um indivíduo trabalhando sozinho. Não há nenhum método único, organizado para enfrentar esse desafio. Entretanto, a oração e o desejo de abençoar a comunidade imediata e o mundo, são os ingredientes essenciais para chegar-se a uma solução.

A exigência do Manual, de que no quadro social de uma igreja filial “deverá encontrar-se ao menos um praticista ativo, cujo nome e endereço constem da lista publicada no Christian Science Journal”, indica um fato estabelecido, imutável, sobre A Igreja Mãe e suas filiais: a Igreja foi fundada por nossa Líder, a Sra. Eddy, para ser uma Igreja curativa, que ajuda progressivamente a humanidade a diminuir e destruir os fardos do pecado, da doença e da morte. Ver, por exemplo, em conexão com o §7° do art. 23, o seguinte material adicional no Manual: “Artigos de Fé d’A Igreja Mãe”, pp. 15-16; o “Resumo Histórico”, pp. 17-19; §7° do art. 30. Ver, também, Ciência e Saúde 35:20-26 e 1 36:1-2. Assim, todas as igrejas filiais (quer dizer, todos os membros) deveriam demonstrar, em certo grau, o poder enaltecedor da Verdade.

A exigência inspirada por Deus para a cura do mundo todo, em cada filial da Igreja de Cristo, Cientista, está em harmonia com os ensinamentos de Cristo Jesus, cujo ministério inclui toda a humanidade, independente de época, raça, nacionalidade, geografia. Na medida em que cada igreja realmente curar, todo o movimento da Ciência Cristã ficará cada vez mais abençoado pelo fato espiritual presente da onipotência de Deus e da perfeição do homem.

Os seguintes exemplos vindos do campo de ação mostram, também, o que a obediência alerta e ativa pode fazer nessa área.


De um membro de A Igreja Mãe:

Quando me mudei para uma nova região, a igreja filial local não tinha praticista da Ciência Cristã registrado no Journal. Ao conversar com membros da igreja, soube que fazia anos que ninguém daquela igreja se registrava. Foram-me dados vários motivos humanos para isso, tais como: “Ninguém quer fazê-lo”; “ninguém está devotando tempo integral à prática”; “temos diversos bons praticistas, portanto, não necessitamos um de tempo integral registrado no Journal.” Talvez tudo isso indicasse que os membros da igreja procuravam a solução entre si, em vez de procurá-la em Deus.

Eu estava certa de que esse importante Estatuto (§ 7° do art. 23) do Manual, que pede um praticista registrado no Journal, antes de poder uma sociedade estabelecer-se como igreja filial, necessitava, novamente, ser demonstrado. Mas eu estava tentada a pensar em esperar até que os membros com quem eu falara estivessem mais receptivos à idéia. Voltei-me para a definição de Igreja, dada pela Sra. Eddy em Ciência e Saúde. Impressionou-me o fato de que a frase estava formulada no tempo presente. Diz o que a Igreja é. Recordei-me de outra declaração, em Ciência e Saúde: “É preciso trazer à luz o grande fato espiritual de que o homem é, não que será, perfeito e imortal.” Ciência e Saúde, p. 428. Não rezo partindo da base de que há duas espécies de homem — um, o reflexo de Deus, e o outro, um mortal que eu deveria melhorar ou do qual deveria, de algum modo, me desfazer. Rezo a partir da base absoluta de que o homem é perfeito agora. Entendi que, do mesmo modo, a única Igreja verdadeira é a Igreja de Deus, espiritual e completa agora, e que eu não necessitava fazer algo com os membros da instituição, a igreja filial, antes que pudesse aceitar esse fato. Nem veria demonstrado o único ponto de vista correto sobre o homem, enquanto pensasse que os membros da igreja eram mortais pouco preparados para obedecer aos Estatutos do Manual.

Referindo-se a a estes, nossa Líder declara: “Foram ditados por um poder impessoal...” E logo adiante refere-se a “sua base simples e científica, e os detalhes tão essenciais para a demonstração da genuína Ciência Cristã” — “que”, acrescenta, “farão pela raça humana o que as doutrinas dogmáticas destinadas às gerações futuras talvez não consigam fazer” Man. p. 3.. Compreendi que afirmar o fato espiritual acerca de Igreja sem aceitar os Estatutos do Manual seria como declarar que há somente uma espécie de homem, sem substanciar o entendimento desse fato com a manifestação de um padrão de moralidade que obedece aos Dez Mandamentos e às Bem-aventuranças. Comparei os Estatutos com esses padrões bíblicos. Cada qual diz respeito a conduta humana e atividades humanas, e cada qual é divinamente inspirado. Os Estatutos, pareceu-me, porque foram divinament impelidos e porque têm o propósito de fazer o que só as doutrinas dogmáticas talvez não consigam, precisam conter em si a possibilidade e a oportunidade de serem cumpridos.

Na assembléia seguinte, foi unanimemente aprovada a moção de que nos empenhássemos em cumprir essa exigência do Estatuto. Fiquei impressionada com que, depois disso, pairasse sobre a situação somente um sentimento de confiante expectativa. Tornou-se evidente que a pergunta: “Quem o fará?” era da alçada de Deus responder. Poucos meses depois, uma praticista registrada que naquela época tinha um parente residindo em nossa cidade, transferiu sua residência para aí.

Quando lhe contei do trabalho que tínhamos feito, ela disse que havia sentido um impulso, pela época em que nossa igreja começara a fazer essas suas orações. Reconheceu a eficácia curativa de nosso trabalho. Pensáramos que o testemunho terminara nisso. Entretanto, um ano mais tarde, a praticista teve que atender alguns assuntos pessoais em sua localidade anterior, dos quais pensava que lhe tomariam poucos meses, se tanto. Vários meses mais tarde, porém, solicitou demissão de nossa igreja, informando que, embora desejasse voltar e orasse para isso, não o podia fazer no momento. Por certo, isso significava que o anúncio dela não permaneceria por mais tempo sob o endereço desta cidade. Ela nada sabia, na época, mas eu já havia sido notificada de que meu anúncio apareceria no Journal do mês seguinte.


Uma igreja do centro-oeste dos Estados Unidos da América informa: Quando nosso único praticista mudou-se de nossa área, “todos sabíamos que havia trabalho a ser feito para que nosso status como igreja filial se preservasse em obediência ao Manual [§ 7° do art. 23]....” A igreja estabeleceu uma comissão de metas que orasse pelo atendimento da necessidade de termos um praticista registrado no Journal, e pouco mais de um ano mais tarde a igreja tinha dois praticistas.

A comissão de metas havia desenvolvido um plano de estudo para os membros, com um tópico diferente a cada trimestre, e a cada período de estudos seguia-se uma reunião de membros. O primeiro tópico foi “Tratamento pela Ciência Cristã”. Por três meses, os membros examinaram o capítulo “A Prática da Ciência Cristã”, em Ciência e Saúde, e aplicaram-se a compreender melhor os elementos básicos de um tratamento. A seguir, na reunião de membros, muitos destes falaram no que haviam aprendido sobre dar tratamento, bem como nos resultados curativos em sua própria vida. O tópico do trimestre seguinte foi “Exigências para a prática pública”. As exigências foram analisadas na reunião de membros, e “muitos membros deram-se conta de que já preenchiam várias delas”.

No trimestre seguinte os membros estudaram as obrigações diárias dos Cientistas Cristãos, como constam no Manual, e outra proveitosa reunião foi realizada. Para os três meses finais, as palavras da Sra. Eddy “embebe-te do espírito” Ver Ciência e Saúde 495:31-32. traçaram a linha de ação do estudo, e os membros mais do que nunca trabalharam para expressar, em grau mais amplo, o espírito do Cristo.

Em pouco mais de três meses, a igreja tinha dois praticistas registrados. A igreja não havia predeterminado se um praticista se mudaria para aquela área ou se alguém que já fosse membro iria dedicarse se a esse trabalho. Aconteceu das duas formas!

[Excertos transcritos da seção “The Church in Action” do Christian Science Journal]

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