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Perguntas certas e respostas certas

Da edição de julho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


“Acaso sou eu tutor de meu irmão?” Gênesis 4:9. Obviamente essa é uma pergunta importante. Mas, quando Caim assassinou o irmão e fez a pergunta, ele a estava usando para evitar a verdade e não para encontrá-la.

Algumas vezes, há perguntas feitas por motivos errados. E, por vezes, as perguntas estão erradas num determinado momento. Aprender a distinguir entre as perguntas certas e as erradas pode ser tão importante quanto conhecer a resposta certa.

Por exemplo, fazer perguntas sobre a cura espiritual, a cura espiritual pela Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss), como se fora meramente um método alternativo aos remédios materiais, é realmente utilizar um ponto de partida errado. É impossível compreender a cura pela Ciência Cristã, o que ela é, como se realiza, aonde conduz, o que ela requer, se esta é examinada desde uma base material, ou equacionada com a medicina convencional.

A Ciência Cristã por certo cura a discórdia humana. Mary Baker Eddy, que descobriu esta Ciência, a princípio não era conhecida como líder de uma igreja ou como inovadora, mas como alguém que curava males físicos mediante a oração. Um caso de cura espiritual deu-se num ambiente modesto, sem nada de especial, no início de sua carreira. Foi à mesa do jantar numa pensão familiar. Ver Robert Peel, Mary Baker Eddy: The Years of Trial (Nova Iorque: Holt, Rinehart and Winston, 1971), pp. 3–4.

Para as pessoas que se achavam à mesa, o que logo se passou com uma delas provavelmente pareceu bem material, pelo menos em seus resultados. Um dedo infeccionado, que os médicos temiam pudesse levar à perda de um braço, foi curado. Mas para a Sra. Eddy, que realizou a cura mediante oração, foi um dentre os primeiros de muitos casos em que a realidade de Deus, o Espírito, se evidenciou na vida cotidiana de homens e mulheres normais.

Ora, nem todos os que foram curados pela Sra. Eddy (ou curados mais tarde por seus seguidores) se interessaram pela realidade de Deus. No início, muitas vezes a cura espiritual — o que significa, por que é adotada — não passa, para aqueles que foram tocados por ela, de um outro recurso ou tem apenas significado físico. Mas, a fim de compreender o Princípio divino subjacente à cura pela Ciência Cristã, haverá a necessidade de propor perguntas, perguntas relacionadas com seu propósito espiritual e sua origem espiritual, e que não podem ser obscurecidas por perguntas e comparações materiais, ainda que importantes.

Uma boa pergunta foi feita à Sra. Eddy: “Será que preciso estudar sua Ciência a fim de me manter bem a vida toda?” A autora da pergunta foi curada de um mal crônico, após um mês de tratamento.

A resposta da Sra. Eddy concluiu: “... para não ficar alguém novamente sujeito a qualquer tipo de enfermidade, seria preciso compreender a Ciência por meio da qual foi curado.” Miscellaneous Writings, p. 54.

Freqüentemente essa exigência se torna a linha divisória entre o sucesso futuro e o fracasso na Ciência Cristã. A cura não é apenas uma questão de sermos suficientemente brilhantes, suficientemente bons ou de termos suficiente fé em Deus, mas de procurarmos, ou não, compreender a Ciência.

A Sra. Eddy estava convencida de que a lei divina que constitui a Ciência Cristã está ao dispor de todos, de que a lei de Deus é literalmente a base da realidade e da vida. Contudo, o livro que ela escreveu, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, está cheio de múltiplos requisitos para que se demonstre essa verdade. Nem um deles anula sua convicção, mas cada um deles ilustra as qualificações espirituais e morais com que alguém desenvolve a compreensão de como a Ciência Cristã cura.

Essa mulher realmente acreditava e compreendia ser Deus onipotente, onisciente e onipresente. Até mesmo quando a vida dela estava no ponto mais baixo, não duvidou de Deus. Nem rejeitou a espiritualidade da cura, essencial ao cristianismo do Novo Testamento. Sua vida modificou-se de todo, quando ela percebeu o elo espiritual e científico entre o Espírito infinito, eterno, e o homem.

A Ciência Cristã representa um afastamento radical dos tratamentos materiais, da psicoterapia nascente e da teologia escolástica. Essa separação na teoria e na prática tornou-se clara quando a Sra. Eddy compreendeu espiritualmente que Deus, o Espírito infinito, tinha de ser manifestado no homem, Sua semelhança espiritual mental, e não em um mundo material ou em um homem material que divergiam da natureza de seu criador.

Não havia coisa alguma do sentido material que sustentasse esse ponto de vista, a não ser as mudanças que ocorriam quando essa compreensão espiritual superava, mediante oração, o mal — quer este tomasse a forma de pecado ou de enfermidade. A cura mediante a oração torna-se, na Ciência Cristã, não um fim mas um meio crucial para que a substancialidade do mal se prove irreal, isto é, sem ponto de apoio na lei divina. A Sra. Eddy compreendeu que, a respeito dessa grande verdade espiritual, as asserções filosóficas ou, até mesmo, as asseverações de fervor religioso, não bastavam. A própria natureza da vida humana tinha de mudar. Era preciso que fosse transformada e curada, a fim de confirmar a verdade metafísica que ela descobrira. A Sra. Eddy percebeu haver necessidade de que homens e mulheres se tornassem melhores.

Escreveu, a respeito da pesquisa que ela mesma fez: “Eu sabia que o Princípio de toda ação harmoniosa da Mente é Deus, e que as curas nos tempos do primitivo tratamento cristão se efetuavam por uma fé santa e enaltecedora; precisava, porém, conhecer a Ciência dessas curas e cheguei a conclusões absolutas graças à revelação divina, à razão e à demonstração.” Ciência e Saúde, p. 109.

Ela disse que a revelação da Verdade veio-lhe à compreensão “aos poucos” Ver ibid. 109:22–24.. O reconhecimento honesto da magnitude e da extensão de seu labor, que ocupou muitos anos, não precisa desanimar os estudantes, principiantes ou veteranos, de Ciência Cristã. Mas, é essencial que esse fato fundamental seja reconhecido, a fim de proteger e guiar ao sucesso os pesquisadores modernos da Ciência do Cristianismo. Como em qualquer ciência, o pesquisador precisa ater-se à lei subjacente ao seu campo de estudo. A Ciência Cristã, embora distintamente religião, não pode ser modificada para encaixar-se em opiniões humanas ou desejos humanos a seu respeito. Promover tais modificações ou moldar a Ciência para que sirva desejos humanos transitórios, somente levará o pesquisador ao fracasso em compreender a base espiritual e científica desta Ciência.

O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, está repleto de perguntas. Sua autora procurou respostas honestas a perguntas difíceis. Mas, ao contrário das de Caim, essas perguntas não procuram evadir ou enganar. Vão ao âmago das questões e procedem de uma base correta. Os que vivemos numa época em que se começa a entender quais são as exigências essenciais à indagação científica e à disciplina científica, estamos na soleira de um progresso espiritual, progresso que está estabelecendo a cura cristã primitiva como um meio viável de curar a enfermidade e atender às necessidades humanas. E, no correr dos séculos, a pergunta que Pilatos fez a Cristo Jesus: “Que é a verdade?” João 18:38. não mais será evitada por procurar-se a resposta nos sistemas materiais.

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