Quando o desemprego torna-se problema nacional e jornais e revistas publicam manchetes alarmantes falando em milhões de desempregados, a pessoa que não está recebendo regularmente um salário poderia deixar-se abater pela conclusão negativista: “Como posso ter esperança de arranjar emprego, quando existem milhões de homens e mulheres desempregados? Não significo nada — sou apenas um dado estatístico!”
Era essa a situação nos Estados Unidos da América no começo da década de trinta — antes que uma comissão nacional, destinada à Administração de Projetos de Trabalho, se encarregasse da recolocação de pessoas desempregadas. Uma viúva jovem, com a filha em idade pré-escolar, precisou abrigar-se na casa de seus pais. Sentia-se derrotada, deslocada e completamente inútil. As suas habilidades pareciam indesejadas. Até mesmo as responsabilidades de mãe pareciam sem sentido, pois sua própria mãe tinha mais experiência, amava muito a neta e dispunha-se prazerosamente a cuidar dela. Havia à sua frente um muro de pedra alto demais para ser escalado, pensava ela. E ainda que fosse capaz de escalar o muro — haveria do outro lado algo que valesse a pena a escalada? E tinha dúvidas a esse respeito. Então, como não percebesse nenhuma outra saída, orou, baseando-se no salmo vinte e três, buscando obter uma perspectiva mais elevada.
“O Senhor é o meu pastor: nada me faltará. ...” Porém, na verdade faltavam-lhe muitas coisas — tinha muitas necessidades. Precisava de um emprego, de ter sua própria casa, de ter marido. A lembrança dessas necessidades trazia-lhe lágrimas aos olhos. Lágrimas iradas de frustração e autopiedade.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!