Há vinte anos, a experiência pessoal e os estudos universitários de psicologia e filosofia levaram-me a abandonar a confiança na medicina material convencional e resolvi, a partir daquele momento, não procurar tratamento médico por motivo algum.
Alguns anos mais tarde, depois de me haver valido da homeopatia, do naturalismo, da ioga, da teosofia e do budismo, passei por grande provação. Uma pequena excrescência no meu pescoço, na base do crânio, começou a aumentar e eu sentia forte dor. Meu marido e eu já conhecíamos a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), mas não tínhamos aderido a ela. Havíamos aceitado apenas alguns de seus ensinamentos, tais como este do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy (p. 411): “A causa promotora e base de toda doença é o medo, a ignorância ou o pecado.” Naquela época, poderia-se dizer, estávamos perto da orla da veste do Cristo, mas resistíamos tocá-la e tomar o caminho reto e estreito (ver Mateus 7:13, 14).
Haviam-nos falado no pastor de certa denominação cristã (não da Ciência Cristã) que, segundo diziam, efetuava curas, assim como Jesus. Com grande fé e esperança, fui àquela igreja que ficava longe de nossa casa. Participei da cerimônia religiosa que aí se realizava, durante a qual os presentes glorificam a Deus com gritos e com os braços levantados. Em dado momento, como eu era uma das pessoas que lá tinham ido procurar a cura, o pastor pôs a mão na minha cabeça e orou em alta voz. Comecei a sentir-me envergonhada e a duvidar; então, repentinamente, caí para trás, sem sentir dor quando bati no chão. Eu ouvia apenas vozes dizendo: “aleluia” e “glória a Deus”. Quando me levantei por mim mesma, toquei em minha nuca, e a excrescência tinha desaparecido! Com grande emoção, dei glória a Deus junto com a congregação e, cheia de alegria, voltei para casa. Mas, enquanto o ônibus prosseguia no rumo da cidade em que eu morava, minha nuca começou a inchar e a doer novamente. Ao chegar em casa e falar com meu marido, o crescimento em minha nuca estava plenamente visível, tal como antes.
Então lembrei-me da amiga Cientista Cristã que me apresentara a Ciência. Essa amiga me havia dado o nome e o endereço de uma praticista da Ciência Cristã, mas depois de tanto tempo, eu não me lembrava onde havia guardado o papel com essa anotação.
Apesar de eu estar apavorada e com dores (já não me podia pentear) e de ter ficado muito deprimida pela experiência prévia, de cura ilusória, antes de começar a procurar o papel fechei os olhos e orei, com fervor e amor sinceros: “Meu Deus querido, não me abandone. Ajude-me a encontrar o caminho, não apenas outro caminho. Não me interessa apenas ser curada; quero conhecer a verdade.” Eu tinha a certeza de que, se a Ciência Cristã fosse o caminho, eu acharia a folha de papel com as informações.
Não sei por quanto tempo estive orando, mas quando me levantei, dirigi-me, sem vacilar, a uma estante de livros; tirei um deles, abri-o, e ali estava o papel!
Em seguida entrei em contato com a praticista, e ela bondosamente concordou em orar por mim. Ao cabo de uma semana eu estava realmente curada, e essa cura foi permanente. Os remédios que tomei, naqueles dias inspirados, foram inteiramente espirituais e consistiram em aprender a estudar a lição-sermão da Bíblia e de Ciência e Saúde, conforme se acham delineados no Livrete trimestral da Ciência Cristã. O tema da lição daquela semana era “Cristo Jesus”. Também estudei e aprendi a “exposição científica do ser” do livro-texto. Começa assim (Ciência e Saúde, p. 468): “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo.” Essa leitura e esse estudo, juntamente com a conversação com a praticista, mudaram radicalmente meu ponto de vista acerca de Deus e o homem, e iluminaram muitas áreas obscuras de meu pensamento.
Nos anos que se seguiram a essa cura, muitas vezes me perguntei: Qual é a explicação para aquilo que aconteceu com o homem que curava pela fé, o qual era, preciso destacar, um homem muito bom, sincero, e amavelmente consagrado ao seu ministério? Recebi a resposta quando li esta frase em Ciência e Saúde (p. 101): “Em nenhum caso pode o efeito do magnetismo animal, recentemente chamado hipnotismo, ser outra coisa senão o efeito da ilusão.” Um pouco antes, na mesma página, a Sra. Eddy escreve: “Se magnetismo animal parece aliviar ou curar a doença, essa aparência é enganosa, visto que o erro não pode suprimir os efeitos do erro.” Também o nosso querido Mestre, Cristo Jesus, nos disse (Mateus 7:16): “Pelos seus frutos os conhecereis.”
Desde aquela primeira cura, meu marido, nossos três filhos e eu tivemos, na Ciência Cristã, uma ajuda atuante e bênçãos infinitas. Estou muito agradecida por ser membro de A Igreja Mãe, de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, no meu país, e por ter participado da instrução em classe Primária de uma professora autorizada de Ciência Cristã.
Buenos Aires, Argentina
 
    
