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Crescer em graça

Da edição de julho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


A graça é essencial à nossa vida. Manifesta-se no equilíbrio espiritual que nos capacita a enfrentar os desafios e, até mesmo, as tribulações da existência humana, com uma paz íntima em nosso coração. Manifesta-se na fortaleza inabalável, resoluta, na devoção ao propósito de Deus, fortaleza e devoção que nunca se deixam abalar, por mais que as tempestades rujam à nossa volta.

A graça vem-nos diretamente de Deus — uma bênção divina, livremente concedida a todos os filhos de Deus. Nossos corações precisam, no entanto, concordar com acolher essa dádiva. Quando estamos genuinamente dispostos a deixar que a lei Deus governe cada passo de nossa vida, cada atividade, passamos a dar-nos conta de que a sagrada influência do Cristo, a Verdade, já está e sempre estará ativa em nossa consciência. E começamos a ver evidências disso em formas tangíveis.

A graça de Deus muda realmente nossa perspectiva da vida. Redime. Muda nossa maneira de encarar a vida, nossa disposição para com os outros e nosso modo de agir para com os outros. Não é de admirar que no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy tivesse escrito: “Aquilo de que mais necessitamos, é a oração motivada pelo desejo fervoroso de crescer em graça, oração que se expressa em paciência, humildade, amor e boas obras.” Ciência e Saúde, p. 4.

Seria quase impossível crescer em graça, sem que exercêssemos a paciência. A paciência é a virtude cristã que mostra sermos suficientemente humildes para deixar que se faça a vontade de Deus — no momento determinado por Deus — ao invés de forçar nossas próprias opiniões humanas limitadas ou impensadas. Essa paciência revela também que passamos a compreender que, em verdade, se pode fazer a vontade de Deus, a vontade de Deus se cumpre.

Precisamos ser pacientes com os outros e pacientes com nós mesmos. Se somos impacientes — com nosso próximo, nosso marido ou nossa esposa, nossos filhos, nossos amigos, ou mesmo com nossos inimigos — isso, com efeito, implicaria não desejarmos consentir que eles elaborassem sua própria salvação. A impaciência presume que a outra pessoa precisa seguir o nosso próprio esquema pessoal daquilo que é certo e oportuno. A impaciência é uma das tendências crassas do pensamento mortal, enquanto a paciência é um traço de caráter a refletir cada vez mais o equilíbrio de Deus.

Por certo, a mansidão e a humildade são essenciais ao nosso crescimento em graça. A humildade conhece o verdadeiro relacionamento existente entre o homem e Deus. A humildade reconhece que Deus é supremo, onipotente, a única Mente infinita e incircunscrita. Ao mesmo tempo, a humildade reconhece que o homem é a manifestação pura da Mente única. O homem não é um originador, um poder em si mesmo, a fonte de algum bem que Deus não podia criar, ou, por alguma razão, não se dispôs a criar.

Deus, a Alma perfeita, é a fonte e o fornecedor de todo o bem. E o homem reflete o bem divino. Um conhecimento da realidade espiritual do relacionamento espiritual ininterrupto entre Deus e o homem é verdadeira humildade. E, construída nessa base espiritual, a humildade é poder e fortaleza. Nunca é fraqueza. A humildade está plena da certeza e da calma espiritual, da equanimidade e do viver generoso.

A ternura de nosso amor é outra forma de a graça crescer em nossa vida. À medida que o amor por nós expressado manifesta cada vez mais do Amor que é Deus, nosso amor se regozija simplesmente na ação de amar. Não será um amor que se coloca a serviço de si mesmo, nem é egocêntrico. Será um amor que acalenta os outros — e um amor que traz consigo a cura.

Cristo Jesus foi o homem mais paciente, mais humilde e mais amável que o mundo já conheceu, e ninguém expressou mais graça do que o Mestre. Ele fora ungido por Deus e, em humildade, sabia disso. Consideremos a graça paciente, humilde e amável, que Jesus expressou até mesmo na cruz, quando pôde dizer: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas 23:34.

Todos temos a capacidade espiritual de começar a seguir o exemplo do Mestre e de realizar as obras da cura cristã — as boas ações — exigidas de seus discípulos. Mas, de fato, necessitamos seguir fielmente “a oração motivada pelo desejo fervoroso de crescer em graça”. Isso proporciona o ímpeto para tudo o que realizamos a serviço de Deus.

Thomas Becon, pensador religioso do século dezesseis, escreveu: “A graça cresce como conseqüência do autogoverno.” Thomas Becon, The Early Works (Cambridge: Cambridge University Press, 1843), p. 395. Nossos esforços sinceros para sermos mais pacientes, mais humildes, mais ternos, são evidência sólida de que estamos aprendendo a governar nosso modo de pensar e nossas ações de acordo com a vontade de Deus, Sua invariável lei do bem. Com essa autodisciplina e esse autogoverno espiritual, nossa vida haverá de crescer em graça, com retidão e pureza. O mundo necessita de nosso inabalável testemunho da graça de Deus — de nossa vida a testemunhar ativamente a influência curativa e redentora do Seu Cristo.


Ele não permitirá que os teus pés vacilem;
não dormitará aquele que te guarda.. . .
O Senhor guardará a tua saída
e a tua entrada, desde agora
e para sempre.

Salmos 121:3, 8

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