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Gratidão a Deus — a escada que leva à alegria

Da edição de julho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Parece-lhe, por vezes, que a alegria foge de você? Será que algumas vezes você se sente tão assoberbado por um problema ou por uma multidão de problemas, a ponto de não poder ver nenhuma razão para alegria? Esses sentimentos não são raros. Muitas pessoas enfrentaram desafios semelhantes.

Certa vez, vi-me confrontada com um desafio dessa espécie. Depois do nascimento de meu terceiro filho informaram-me que, para preservar a vida da criança, era preciso realizar imediatamente uma operação cirúrgica, embora houvesse pouca esperança de que a criança sobrevivesse. Meu marido e eu fomos obrigados, por lei, a nos submeter à decisão médica. A operação realizou-se no terceiro dia, enquanto eu ainda estava no hospital, mas a criança não sobreviveu.

Volvendo-me à Bíblia em busca de consolo e inspiração, tal como faço muitas vezes em ocasiões difíceis, abri o livro e li: “A alegria do Senhor é a vossa força.” Neemias 8:10. Dadas as circunstâncias, eu não podia imaginar que aquele trecho contivesse uma mensagem para mim; por isso, abri esperançosa outra página e li: “A vossa alegria ninguém poderá tirar.” João 16:22.

Apossou-se de mim um sentimento de desalento, de ter perdido contato com Deus. Abri a Bíblia pela terceira vez e, pela terceira vez se me deparou outro trecho sobre alegria. Finalmente, eu não podia ignorar a mensagem divina e, por isso, orei: “Mas, Pai, como posso expressar alegria nesta situação?” A resposta foi imediata e veio nas palavras de um trecho bíblico bem conhecido: “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças.” 1 Tess. 5:16–18. Embora eu conhecesse as palavras, sempre as havia lido como três mandamentos distintos. Desta vez, entendi-as com novo significado. A maneira de nos regozijarmos sempre consiste em orar sem cessar e em tudo dar graças.

Então raciocinei: orar sem cessar significa manter o pensamento constantemente alinhado com Deus, a Mente divina, não permitir que coisa alguma dessemelhante de Deus ocupe lugar no meu pensamento. Resolvi pôr isso imediatamente em prática. Aí, comecei a ponderar sobre coisas pelas quais eu podia ser grata.

Primeiro, inundou-me grande sentimento de gratidão pela Ciência Cristã, a revelação da Verdade que vinha curando e abençoando nossa família durante anos; depois, um enorme sentimento de amor e gratidão por meu marido, carinhoso e devotado, e pelo casamento verdadeiramente feliz do qual éramos partícipes e, também, pelos dois filhos queridos e sadios que já tínhamos. A lista foi crescendo, passo a passo, até incluir a amabilidade dos médicos e dos funcionários do hospital.

Em menos de meia hora, constatei que me sentia tão cheia de gratidão por todo o bem em minha vida que literalmente não havia sobrado qualquer lugar para a tristeza. A lição-sermão Encontra-se no Livrete trimestral da Ciência Cristã. daquela semana continha um trecho que me proporcionou muito consolo: “Deus faz que o solitário more em família.” Salmos 68:6. Eu sabia que a individualidade representada brevemente pelo novo bebê era, de fato, o filho espiritual de Deus e nunca podia ser separado de Deus ou do amor e do carinho que isso subentendia. Tive um vislumbre de que toda vida verdadeira é eterna e que esse recém-nascido, como filho de Deus, continuava a expressar a plenitude da vida, sem interrupção.

Desde então, e muitas vezes após aquela experiência, eu me lembrei dessa lição e provei novamente que a oração incessante e a gratidão são passos ascendentes rumo à alegria.

A autopiedade, o oposto da alegria, é como um pântano que suga o indivíduo cada vez mais para o fundo do lodaçal. É um estado em que não há oração e que nega o poder e a boa disposição de Deus em ajudar, e que volta as costas à mão estendida do Amor divino. Mas se o indivíduo se recusar resolutamente a ter piedade de si mesmo e se dispuser a reconhecer as bênçãos recebidas, pode se reerguer e sair do lodaçal do erro e pisar novamente o solo firme da alegria espiritual.

As palavras de Cristo Jesus citadas anteriormente — “a vossa alegria ninguém poderá tirar” — adquirem nova significação quando consideramos que o homem espiritual, a imagem de Deus, nunca pode privar alguém da alegria. De maneira que podemos parafrasear essa declaração, dizendo: “Nenhuma crença de ser o homem um mortal, quer vivo quer morto, pode tirar a vossa alegria.”

Não importa que quadro de mortais infelizes nos seja apresentado, as circunstâncias não nos podem roubar a alegria, porque a alegria vem diretamente de Deus, e Deus não é tocado nem modificado pelo homem mortal ou pelas circunstâncias materiais. Deus é o Espírito puro, a única Vida real que existe, e Sua alegria nunca fica empanada.

Se parecer que a alegria vem à nossa vida através de alguma outra pessoa e que ficamos privados de alegria se essa pessoa querida não estiver mais conosco, é preciso lembrar as bênçãos recebidas e não enterrar a cabeça debaixo dos travesseiros e chorar. Esse é o momento de dar testemunho do bem inexaurível de Deus, reconhecer que em Deus há plenitude de alegria, alegria ilimitada, e que o homem é Sua expressão infinita, eterna. Precisamos, então, ver a nós mesmos e a nosso próximo como essa expressão isenta de morte.

Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy escreve: “A felicidade é espiritual, nascida da Verdade e do Amor. Não é egoísta; por isso, não pode existir sozinha, mas exige que toda a humanidade dela compartilhe.” Ciência e Saúde, p. 57.

Houve uma seqüela interessante à minha própria experiência. No hospital ficaram sabendo que meu marido e eu éramos Cientistas Cristãos. Dois médicos vieram individualmente ao meu quarto com o desejo de me oferecer consolo; cada um deles saiu do quarto admitindo que ele próprio se sentia consolado pela conversa. Em aditamento, a enfermeira-chefe narrou que os enfermeiros ficaram muito impressionados pela forma com que a Ciência Cristã havia obviamente reanimado e sustentado tanto a meu marido como a mim. A gratidão foi a escada — para a alegria.

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