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O professor da Escola Dominical

Da edição de julho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Você está assumindo o posto em seu primeiro dia como professor na classe dos alunos maiores. O clima de animação sugere aventura e confiança em que se alcançaria o objetivo (como quando, antigamente, o comandante do navio reunia a tripulação no convés antes das grandes viagens).

Sem rodeios, e utilizando os verbos no presente, você envolve os alunos numa história que consta da lição bíblica As lições bíblicas semanais encontram-se no Livrete trimestral da Ciência Cristã., história essa que você intitula “O homem que deseja tudo”. (As histórias sempre prendem a atenção dos alunos.)

“Certo homem,” você inicia, “ávido por experiências humanas e por bens mundanos, também deseja muito adquirir conhecimento. Ele edifica para si casas, planta vinhas, manda buscar ouro e tesouros raros em lugares distantes, vive rodeado de músicos ...”

Os alunos não tiram os olhos de você, atentos aos mínimos detalhes da narrativa. Talvez pensem que o homem de quem você está falando seja algum amigo seu. Ou, talvez, uma pessoa a respeito de quem apareceu notícia no jornal. (Você nota o olhar do superintendente, observando-o como alguém que está nas docas vendo o navio zarpar.)

Você continua. “Mas ele descobre que ‘os olhos não se fartam de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir’ Ecles. 1:8..” A essa altura todos já perceberam. Você está falando do homem mencionado no livro de Eclesiastes. Resumindo, você diz: “Ele deseja tudo. Consegue praticamente tudo. Então percebe que não tem nada. Está totalmente desgostoso com a vida humana.”

Perguntas e comentários lhe são dirigidos de uma só vez. Mas, todos partem de duas pessoas apenas. E abordam dezenas de assuntos diferentes. Você não está bem preparado para responder àquela pergunta sobre evolução e sobre isótopos. O debate está disperso. Você está perdendo o controle da situação. Você já fez tudo o que podia para estabelecer um só ponto espiritual. Entretanto, a conversa fragmentada continua ainda por bastante tempo. Finalmente, soa o sinal. Você até pensa em abandonar o cargo.

Já em casa, depois de orar, você pensa nele, no grande Mestre, Cristo Jesus. Como é que ele fazia? Uma frase vem ao seu pensamento: “... falo como o Pai me ensinou.” João 8:28. Você também se recorda de outra frase, do livro-texto da Ciência Cristã, onde a Sra. Eddy diz: “A Mente divina inclui toda ação e volição, e o homem, na Ciência, é governado por essa Mente.” Ciência e Saúde, p. 187.

Então é sempre o Pai, não é mesmo? É o Pai quem está no comando. Como um comandante, tomando as decisões. Só que Seu navio é o universo.

Você diz a si mesmo: Não se apóie em artifícios, em palavreado fácil mas sem profundidade, nem no seu conhecimento humano. Avalie quão humilde você pode ser. Esforce-se realmente por examinar a extensão de sua humildade. Talvez não haja limites para a humildade e seu potencial, assim como não há limites para o Amor.

E, subitamente, lhe vem ao pensamento o que você mais necessita: Ensinar é demonstrar. É deixar a verdade eterna resplandecer e evidenciar-se. Não significa fazer uso dela da maneira como tenhamos determinado, ainda que o façamos com habilidade. É o Cristo, o poder sanador da Verdade, glorificado nas afeições, superabundante em palavras e ações corretas. É estar em perfeita forma, espiritualmente.

Agora, você já sabe como se preparar.

Você se levanta na manhã do domingo seguinte com uma grande sensação de paz. Você sabe que é só a segunda aula que você vai dar, mas algo já está diferente. Essa diferença está no ar, na leveza de seus pés, na alegria que flui e inunda seu coração. É como se uma luz brotasse de dentro de você, envolvendo-o completamente, mas não se trata da luz solar. Você sabe que essa luz não vai se extinguir.

Você sai de casa. Diz de si para consigo, profunda e calmamente: “Tenho grande amor a esses jovens.”

(O navio avança firmemente, a todo pano. Vai muito bem, está no rumo certo.)


Nisto é glorificado meu Pai,
em que deis muito fruto;
e assim vos tornareis meus discípulos.
Como o Pai me amou, também eu vos amei;
permanecei no meu amor.

João 15: 8, 9

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