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Viver o quinto mandamento

Da edição de julho de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Acaso você recentemente percebeu que está havendo um renovado apreço pela harmonia nas famílias? Programas de televisão que apresentam um relacionamento terno e agradável entre pais e filhos, ganham em popularidade. Editoras lançam um bom número de livros cujo tema é o da restauração de relações familiares desfeitas.

Fico grata por estes sinais animadores, mas penso, também, que será necessário algo mais confiável e estável do que boas intenções e esforços humanos, a fim de sanar e governar situações discordantes em que pais e filhos ou não se dão bem ou estão de relações estremecidas. Precisamos chegar aos fatos espirituais acerca da situação e submetê-la a Deus.

A Bíblia nos é fonte indispensável de ajuda. Contém verdades espirituais inalteráveis, as quais, ao longo dos séculos, auxiliaram muitas pessoas a atender às exigências da vida diária. Faz-nos volver a Deus em oração para compreender a verdadeira natureza espiritual de Deus e do homem e para perceber a nossa eterna relação com Deus e, por extensão, com nossos semelhantes. Mostra-nos as bênçãos que advêm aos que estão dispostos a obedecer a Deus.

No Antigo Testamento, Moisés, o libertador dos filhos de Israel, reconheceu a suprema importância da lei moral como um acompanhamento essencial à liberdade. Recebeu os Dez Mandamentos de Deus como lei divina (ver Êxodo 20:3–17) — a lei do Princípio divino. Essa lei permeou a vida de Moisés e a das pessoas que estavam dispostas a seguir as ordens de Deus.

O quinto mandamento dispõe: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.” Êxodo 20:12. Esse mandamento define claramente o que cada um deve a seus pais. É uma obrigação religiosa e moral; é uma orientação direta e sem rodeios. E promete bênçãos.

O Novo Testamento mostra Cristo Jesus não só honrando e citando os Dez Mandamentos mas, também, destacando o mais profundo significado deles e suas implicações. (Ver Mateus 5:21–24, 27–32; Marcos 7:5–13; Lucas 10:25–28.) Disse: “Não vim para revogar, vim para cumprir.” Mateus 5:17. Como cristãos, aceitamos Cristo Jesus como nosso Guia e procuramos seguir seu exemplo no viver e no curar.

Ora, algo mais do que a mera letra da lei se faz necessário para animar os Mandamentos com poder curativo e com graça. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss), escreve: “As Escrituras requerem mais do que uma simples admissão e uma fraca aceitação das verdades que apresentam; requerem uma fé viva, a qual de tal forma incorpore suas lições em nossa vida que essas verdades se tornem o poder propulsor de cada ação.” Miscellaneous Writings, pp. 196-197.

Atender às exigências do quinto mandamento pode, às vezes, parecer difícil, mas o quanto de alívio e alegria segue a obediência a ele, mostra-se na seguinte experiência.

Uma jovem deu-se conta de que não obedecia a esse mandamento. Alimentava um amargo ressentimento contra o pai, cujo alcoolismo maculara-lhe a infância e a adolescência. As humilhações e a insegurança financeira traziam sofrimentos à família toda. E agora os pais estavam divorciados.

A jovem achava que sua posição intransigente contra o pai não era compatível com a atitude cristã e com o passo, que recentemente havia dado, de tornar-se membro de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista. Mas, o que fazer? Honrar os pais num sentido cristão e científico não significa que se deva honrar um mortal que é abusivo, dominador, imoral ou bêbado.

A filha compreendeu que seu verdadeiro Pai era Deus, o Pai e Mãe de toda a criação. Como Sua filha, ela nunca havia estado separada da Vida e do Amor divinos. Exatamente onde o quadro humano parecia mostrar discórdia e desarmonia desenfreadas, a vontade de Deus e a harmoniosa expressão de Sua natureza pura no homem eram tudo o que, em verdade, estava ocorrendo. Entendido esse fato espiritual, percebeu que não havia necessidade de apegar-se a um conceito falso e mortal de história.

A seguir, deu-se conta de que precisava ver seu pai como Deus o criara, e assim separar do homem o erro do alcoolismo, e ver a este como inverídico e irreal. Isso exigia uma mudança radical no seu modo de pensar. Cristo, a Verdade, impelia-a a ir avante e a reconhecer, na identidade real do pai, a eterna expressão da perfeição divina.

Orando desse modo, sentiu o desejo de abandonar toda vontade humana e de obedecer ao mandamento, com uma visão mais clara acerca do pai, tal como este era em realidade, o amado reflexo de Deus, imortal e não mortal, nunca o fantoche do mal. A jovem lembrou-se da gentileza e do amor que ele muitas vezes expressara, e os apreciou. Uma onda de amor crístico e de afeto pelo pai encheu-lhe o coração. O ressentimento desapareceu.

A jovem sentiu-se inspirada a escrever uma carta conciliatória e amorosa ao pai, que vivia a certa distância. Não houve resposta imediata, mas ela continuou a orar e a pensar da maneira descrita.

Seis meses depois, recebeu dele um cartão de Natal, acompanhado de uma carta, dizendo que a carta dela lhe chegara qual “uma brisa fresca” (suas palavras), numa ocasião em que, depois de haver pedido a ajuda de Deus para vencer o hábito de beber, havia alguns dias não sentira desejo nenhum por álcool. Sabia agora que a cura fora permanente, e isso ficou comprovado. Pai e filha deram-se força e apoio recíprocos pelo resto da vida dele. A cura levou à reconciliação dos pais e a um novo casamento. Quanta alegria, imprevista mas prometida, além da cura, a filha encontrou, em resultado de obedecer ao quinto mandamento!

“A causa predisponente e a causa determinante de toda derrota ou vitória sob o sol, assenta nesta base científica: que a ação, em obediência a Deus, espiritualiza os motivos e os métodos do homem e os coroa de êxito; enquanto a desobediência a esse Princípio divino materializa os métodos e a consciência humanos, e os derrota” Ibid., pp. 267-268., escreve a Sra. Eddy.

Quando refletimos as qualidades crísticas de sabedoria, paciência, mansidão e amor, a lei divina sustenta-nos no esforço de obedecer ao quinto mandamento e de fundamentar nele as relações entre pais e filhos. Inabalavelmente fiéis a esse mandamento, ajudamos a estancar a erosão dos valores morais e espirituais na sociedade em geral, e da harmonia e unidade na família em particular. Em razão dessa obediência, nossos motivos para amar os pais, e nossos métodos de amálos, ficarão espiritualizados e serão coroados de êxito.

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