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Ciência e Saúde — a derramar nova luz sobre as Escrituras

Da edição de junho de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


As pessoas interessadas na Bíblia ocasionalmente julgam necessário fazer um curso sobre a Bíblia, a fim de obter o máximo desse Livro dos livros. E, devido à maravilhosa mensagem de salvação da Bíblia para o indivíduo e para toda a humanidade, é fácil compreender por que as pessoas procuram obter a melhor orientação para compreender o amor de Deus para com elas próprias e para com todo o mundo.

Embora não haja dúvida de que possam ser proveitosos os cursos acadêmicos, quando ensinados por pessoas competentes e de pendor espiritual, podemos recorrer, sem gastar muito, a um dos melhores métodos para compreender a Bíblia, a qual pode ser estudada no horário que melhor nos convenha. Esse método é o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy.

Uma das principais razões de ser Ciência e Saúde o método ideal, é a de que traz à tona a mensagem curativa da Bíblia, mensagem tão poderosa que pode literalmente restaurar a vida e a saúde a pessoas e nações. Certamente, com os muitos desafios hoje predominantes — desemprego, crimes violentos, ameaça de guerra nuclear, inanição, resíduos poluentes e outros tóxicos do meio ambiente, para mencionar apenas alguns — a mensagem da Bíblia é necessária, talvez como em nenhuma época anterior.

Ciência e Saúde inclui muitas citações bíblicas e comenta em detalhes algumas partes dos livros do Gênesis e do Apocalipse, mas o livro não é um comentário da Bíblia, e, sim, uma elucidação dos conceitos espirituais essenciais que personagens bíblicos, tais como Elias e Eliseu, Moisés, Paulo e outros, demonstraram na vida. Acima de tudo, o livro explica a vida, as obras e os ensinamentos de Cristo Jesus, de tal maneira que nos mostra como segui-lo. E esta não é façanha pequena. Por centenas de anos, teólogos e doutos ponderaram esses ensinamentos. E alguns tiveram vislumbres da verdade que contêm. Mas, nenhum autor, afora a Sra. Eddy, percebeu tão claramente a Ciência das Escrituras, nem escreveu um livro que literalmente nos mostra como curar da maneira em que Jesus curava — um livro que ressalta o papel central que este compromisso de curar desempenha, para que toda a humanidade seja salva do pecado, da doença e da morte.

Este ponto se me tornou bem claro, quando eu estudava para o doutorado em educação religiosa. Simultaneamente com o meu curso de teologia, eu participava de um programa regular de estudos da igreja protestante a que eu então pertencia, e estava lendo toda a Bíblia. À medida que nela me aprofundava, eu ficava cada vez mais confusa com os meus estudos teológicos, uma vez que estes pareciam, muitas vezes, conflitar com a Bíblia ou obscurecer as suas promessas. Embora eu compreendesse intelectualmente as obras dos teólogos que estava estudando, parecia-me necessário algo mais do que o raciocínio intelectual para se compreender Deus. Mas não conseguia imaginar como obter este “algo mais”.

E o tempo ia passando. Afligia-me ao tentar reconciliar as duas maneiras de pensar — a teológica e a bíblica — e passava horas com um ministro da igreja a que eu pertencia, o qual amavelmente se punha ao meu dispor no intuito de me ajudar. Naquela época, eu também era membro de uma organização ecumênica da qual fazia parte a conselheira da organização universitária da Ciência Cristã na minha universidade. E, quando finalmente orei a Deus por orientação, veio-me em resposta que pedisse informações sobre a Ciência Cristã a essa pessoa. Em razão de que, em minha procura da verdade, eu tivesse investigado outras denominações religiosas e filosofias — e nem sempre passado por experiências agradáveis — eu relutava muito em me envolver com uma nova igreja. De fato, dirigi-me a Deus: “Obrigada, mas não era isso o que eu queria ouvir.”

Duas semanas mais tarde, porém, vi-me de joelhos novamente. Ao receber a mesma resposta, telefonei para a Cientista Cristã, perguntando: “Vocês usam a Bíblia em sua igreja?” (Minhas experiências anteriores me fizeram resolver que, se alguma doutrina religiosa não tivesse base bíblica, eu não me interessaria por ela.)

A mulher respondeu: “Usamos a Bíblia o tempo todo.”

Prossegui: “Então eu gostaria de saber mais acerca da Ciência Cristã.” Com estas poucas palavras, estava prestes a mudar todo o rumo de minha vida e a minha saúde.

Como principiante no estudo de Ciência Cristã, impressionaram–me particularmente os esforços feitos pela Sra. Eddy para evitar interpretações e pregações pessoais, e para dar, como base para os cultos realizados na igreja, a leitura de trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde, os livros de texto da Ciência Cristã. Vi nisso um meio perfeito de concordar com a declaração de Pedro: “Nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.” 2 Pedro 1:20, 21.

Pelos meus estudos, eu tinha compreendido que um curso bíblico que fosse além da história e dos costumes, e chegasse a interpretar os conceitos espirituais, poderia vir a disseminar opiniões de um ou mais indivíduos ou, possivelmente, um determinado ponto de vista teológico. Com isto não quero dizer que esses cursos sejam ruins, apenas que se deve estar consciente disso, ao escolher um curso.

Mas, o que pensar então do livro da Sra. Eddy, alguém poderá perguntar — não dá ele “uma interpretação particular”? Sendo a Sra. Eddy tanto a Descobridora como a Fundadora da Ciência Cristã, suas obras são mais do que simplesmente os escritos de uma mulher que viveu na Nova Inglaterra até o início deste século. Possuem a autoridade própria da Ciência Cristã — a revelação da Verdade para esta época, o advento do Consolador prometido por Cristo Jesus.

Além disso, a Sra. Eddy mesma percebeu a necessidade de aclarar Ciência e Saúde por meio de suas próprias e repetidas revisões, de maneira que seus ensinamentos pudessem ser entendidos e assim provados válidos por qualquer pessoa disposta a testá-los. Escreve: “Revisei Ciência e Saúde somente para dar uma expressão mais clara e mais completa de seu significado original. As idéias espirituais se desenvolvem à medida que progredimos. Uma percepção humana da Ciência divina, por limitada que seja, tem de ser correta para ser Ciência e passível de demonstração.” Na mesma página, um pouco mais adiante, continua: “Aquilo que, quando semeado, dá fruto imortal, enriquece a humanidade só quando compreendido — daí as muitas interpretações dadas às Escrituras e as necessárias revisões de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.” Ciência e Saúde, p. 361. O fato de que tantas pessoas foram curadas, e ainda o são, pela simples leitura de Ciência e Saúde — e as últimas cem páginas do livro incluem alguns desses testemunhos — indica que a dedicação da Sra. Eddy em aclarar o seu livro bem valeu o esforço.

Além disso, Ciência e Saúde oferece uma vantagem que nenhuma outra interpretação das Escrituras traz, a saber, é demonstrável. Uma interpretação pessoal pertence a essa pessoa e talvez aos seus amigos. Mas, se contém a verdade impessoal, algo que não se atém à mente humana mas busca a Mente divina, Deus, então essa verdade pode ser aplicada a qualquer situação por qualquer pessoa que a compreenda. O grau de compreensão determinará, até certo ponto, o tipo de resultado.

Ao decidir-se alguém a fazer ou não um curso bíblico, pode ser proveitoso refletir sobre a influência — se houver — que Ciência e Saúde já exerce em sua vida. Se estuda a lição-sermão da Ciência Cristã No Livrete trimestral da Ciência Cristã. — composta de seleções da Bíblia e de Ciência e Saúde — mas não vai mais a fundo em seu estudo do livro da Sra. Eddy, talvez seja melhor ler primeiramente o livro todo, e depois decidir se é necessário fazer um curso de estudo bíblico. Por quê? Em parte, porque o pensamento humano tende a glorificar o intelecto e as atividades intelectuais em si. Freqüentemente nos assegura que, se puder simplesmente fazer um certo número de cursos, ou ouvir um certo orador particularmente inspirado, ou ler este livro ou aquele, então compreenderá Deus. O que satisfaz o intelecto pode ser pouco propício à percepção espiritual. E a Sra. Eddy diz claramente: “As Escrituras são muito sagradas. Nosso objetivo deve ser torná-las compreendidas espiritualmente, pois só com essa compreensão se pode alcançar a verdade.” E ela continua a dizer, no parágrafo seguinte: “É essa percepção espiritual das Escrituras que eleva a humanidade acima da moléstia e da morte e inspira a fé.” Ciência e Saúde, p. 547.

Uma das razões porque o papel de Ciência e Saúde como a chave das Escrituras não é percebido, talvez seja porque o livro põe em foco “essa percepção espiritual das Escrituras”. Em resultado disso, o livro está estruturado em bases espirituais e não acadêmicas. Não obstante, trata com firmeza de conceitos específicos que fundamentam o pensamento bíblico e teológico. O livro começa, por exemplo, com o capítulo intitulado “A Oração”. Certamente não há caminho melhor para espiritualizar-se em nós o sentido daquilo que a Bíblia está querendo nos dizer, do que começar com a oração. Mas Ciência e Saúde também trata de conceitos teológicos, tais como reconciliação, matrimônio, vida após a morte, Eucaristia, batismo, a questão do mal, o Cristo e muitos outros.

Compreendida a relação mútua da Bíblia e de Ciência e Saúde com nossa vida, desencadeia-se um poder para o bem que traz em seu bojo bênçãos extraordinárias. No meu caso, à medida que somava o estudo de Ciência e Saúde à minha leitura da Bíblia, começaram a desaparecer doenças físicas, dificuldades no trabalho e em outros campos de minha vida, mesmo que, naquela época, eu não estivesse conscientemente orando por isso. Meu trabalho acadêmico também se tornou bem mais fácil. Esse livro, em conjunto com a Bíblia, estava levedando meu pensamento, elevando-o, pelo menos em certo grau, da crença de que a vida é primordialmente material com um pouco de Espírito dentro dela.

O que, então, faria com que livros e cursos acadêmicos “inspirativos” parecessem mais satisfatórios ou compreensíveis, do que procurar obter o sentido espiritual das Escrituras que Ciência e Saúde oferece? Entre as razões poderia estar a exigência que esse livro faz aos leitores, pois em vez de ler a respeito da Bíblia, oferece ao estudante de Ciência e Saúde a oportunidade de viver as verdades da Bíblia, pondo-as em prática em sua prática em sua própria vida. Em Miscellaneous Writings a Sra. Eddy tece comentários quanto a ambos: a promessa que nossos livros de texto oferecem e o que nos mantém afastados deles. Escreve: “Se a Bíblia e ‘Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras’ recebessem em nossas escolas o tempo ou a atenção gastos com hipóteses humanas, fariam progredir o mundo. Realmente, é necessário um estudo mais profundo para compreender e demonstrar o que eles ensinam, do que para aprender a doutrina da teologia, da filosofia ou da física, porque contêm e oferecem a Ciência, com Princípio fixo, regra estabelecida e prova inequívoca.” Mis., p. 366.

E este grande benefício — o de podermos andar com Abraão, Moisés, os discípulos, Paulo, e o de podermos seguir o caminho indicado por nosso Guia, Cristo Jesus — é a bênção principal do estudo bíblico oferecido pela Ciência Cristã.

Quando vemos ou vivenciamos o toque sanador do Cristo, a Verdade, descobrimos o imenso valor desses livros. A cura é possível em qualquer época e em qualquer lugar em que se estude a Bíblia com sinceridade e amor. Mas somente em Ciência e Saúde está indicado, com a certeza da Ciência divina, como curar.

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