Quando eu tinha cerca de dois anos de idade, minha mãe me matriculou na Escola Dominical da Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss). No entanto, como meu pai se opusesse, logo deixei de freqüentá-la e nunca mais em nossa família se falou na Ciência Cristã até quando entrei na escola secundária.
Conquanto não tenha nenhuma lembrança específica daquela breve experiência na Escola Dominical, recordo haver crescido com o conceito envolvente de um Deus todo-amoroso em quem não existe o mal. Sentia-me bem com esse conceito de Deus como Amor e parecia que muitas das minhas pequenas mágoas e problemas desapareciam naturalmente por eu confiar nesse Deus bom e solícito.
Quando passei a freqüentar o segundo ciclo escolar, no entanto, a evidência conflitante do materialismo começou a argumentar com mais força contra esse desejo inato de conhecer Deus e de confiar nEle e eu fui paulatinamente me tornando mais frustrada e mais desanimada. Procurei uma religião que definisse Deus da mesma forma que eu, mas não encontrei nenhuma. O problema acabou quando fui convidada por novos amigos para ir à Escola Dominical da Ciência Cristã.
Nunca esquecerei aquele primeiro domingo. O professor pediu-me para ler este trecho de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy — o livro-texto da Ciência Cristã (p. 465):
“Pergunta. — O que é Deus?
“Resposta. — Deus é Mente, Espírito, Alma, Princípio, Vida, Verdade, Amor, incorpóreos, divinos, supremos, infinitos.” Por fim, aí estava uma explanação de Deus que eu podia entender e com a qual podia viver! Imaginem a profunda alegria e paz que senti! Sabia que encontrara a verdade. Percebi que a Ciência dá provas da validade e da supremacia das leis espirituais universais e permanentes. Voltei a sentir a confiança que tivera na infância. A inquieta procura chegara ao fim e começava a maravilhosa aventura de aprender a respeito de Deus e de provar a realidade do ideal espiritual. Houve muitas curas desde essa minha conscientização da Verdade.
Certa feita, estava observando meu marido instalar um portão, quando a marreta que ele estava usando acertou num ângulo errado do pequeno cano de metal em que estava batendo. O cano ricocheteou ao bater no asfalto e atingiu meu tornozelo. Ao ver o cano saltar após ter batido no meu pé, a imagem que veio imediatamente à minha mente foi a descrita no livro Ciência e Saúde — de um tronco de árvore não afetado por semelhante incidente. O parágrafo todo diz (p. 393): “Mantém-te firme na compreensão de que a Mente divina governa e de que na Ciência o homem reflete o governo de Deus. Não receies que a matéria possa doer, inchar e inflamar-se como resultado de uma lei de qualquer espécie, quando é evidente por si mesmo que não pode haver dor nem inflamação na matéria. Se não fosse a mente mortal, teu corpo sofreria tão pouco de tensão ou de feridas, como o tronco de árvore que golpeias ou o fio elétrico que esticas.”
Então compreendi que, por ser descendente de Deus, eu permanecia estabelecida na Verdade, e assim nada poderia jogar-me para fora da solicitude de Deus. Uma vizinha que presenciou o incidente, expressou preocupação com a possibilidade de haver alguma fratura. Garanti-lhe que estava bem e fui para casa. À noite, conquanto o pé estivesse bastante inchado, senti-me sustentada pela lei divina e confiei no fato de que nenhuma crença mortal na física podia usurpar a lei mais alta da metafísica divina. Deitada na cama, essa noite, reconheci minha verdadeira identidade como a expressão espiritual de Deus.
De manhã ao levantar-me, a dor intensa tornou impossível apoiar o pé no chão. Nenhuma posição era confortável e não conseguia orar com eficácia para mim mesma. Telefonei a uma praticista da Ciência Cristã, cuja certeza do amor de Deus livrou-me do medo. A dor cedeu. A praticista então referiu-se a esta declaração feita pela Sra. Eddy no livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany (p. 249): “Quando o erro luta por ser ouvido acima da Verdade, deixai que ‘o cicio tranqüilo e suave’ produza os fenômenos de Deus.”
Conquanto a aparência do pé não tivesse mudado, decidi ouvir durante o dia a voz da Verdade a produzir “os fenômenos de Deus”. O primeiro pensamento que me ocorreu foi de fazer o que normalmente faço. Fiquei quieta e prestei atenção outra vez. Senti o impulso de colocar-me de pé. Tive medo de que a dor voltasse, mas ao colocar o pé no chão lentamente, senti e ouvi que se realizava um ajustamento. A dor não voltou mais e, daí por diante, fui capaz de caminhar sem problema. Aliás, nesse mesmo dia ajudei uma amiga que se mudava de casa — carreguei caixas e empurrei móveis.
No dia seguinte, meu marido e eu iniciamos uma viagem de duas semanas, durante as quais andei de bicicleta, nadei e no último dia corri mais de seis quilômetros. Quanto apreço senti pela grande bondade de Deus.
Não é possível gratidão suficiente por todas as curas que a Ciência Cristã me tem proporcionado. Uma carreira profissional gratificante, amizades muito valiosas, um lar e um casamento feliz me deram provas da validade da injunção de Cristo Jesus (Mateus 6:33): “Buscai ... em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.”
“Todas estas cousas” não teriam se tornado viáveis sem a verdade que Cristo Jesus corporificou e a Ciência divina que Mary Baker Eddy descobriu e apresentou à humanidade na forma da Ciência Cristã. Estou profundamente agradecida pela Igreja de Cristo, Cientista, que nossa Líder fundou a fim de preservar intata, para as gerações futuras, esta grande descoberta.
Woodland Hills, Califórnia, E.U.A.
