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“Toda a educação das crianças deve visar a formação de hábitos de...

Da edição de junho de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã


“Toda a educação das crianças deve visar a formação de hábitos de obediência à lei moral e espiritual, com as quais a criança possa enfrentar e vencer a crença nas pretensas leis físicas, crença essa que engendra as moléstias” (Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, p. 62). Essa declaração do livro-texto da Ciência Cristã apoiou a decisão que tomamos, meu marido e eu, há muitos anos, de aceitar a direção de uma escola recém-fundada para rapazes de famílias Cientistas Cristãs. Fazia pouco tempo que havíamos iniciado o estudo da Ciência e estávamos desejosos de praticar seus ensinamentos no campo pedagógico. (Meu marido já tinha experiência como diretor de um grande internato.) Aceitarmos esse posto equivalia a uma redução significativa do nosso salário, bem como renunciar à nossa residência. No entanto sentimo-nos levados a aceitar, confiantes que estávamos de agir sob a direção e os cuidados de Deus.

Já estavam matriculados nove rapazes, e nossa primeira tarefa era encontrar um edifício para a escola. Não havia muito dinheiro disponível, mas quando encontramos uma propriedade adequada, o preço era exatamente esse montante.

Ao orar por essa iniciativa, trabalhamos com o seguinte trecho, referente ao nascimento de uma idéia espiritual, constante da página 463 de Ciência e Saúde: “Seu começo será humilde, seu crescimento vigoroso, e sua maturidade imperecível.” Fomos abençoados com um corpo docente constituído, não apenas por professores altamente qualificados, mas também dedicados estudantes da Ciência Cristã, todos partilhando os ideais da escola.

Os cinco primeiros anos foram de grande inspiração e o crescimento da escola foi rápido. O número de estudantes depressa atingiu os sessenta, o máximo para os quais havia alojamento. A escola foi reconhecida pelo Ministério da Educação e foi admitida na Associação de Escolas Preparatórias, da qual mais tarde meu marido foi presidente.

Sobre mim recaiu a responsabilidade de dirigir as tarefas domésticas da escola — limpeza, alimentação, cuidado da saúde e bem-estar geral dos rapazes. Obtive inspiração para esse trabalho de uma bem conhecida declaração de Ciência e Saúde (p. 58): “O lar é o lugar mais querido da terra, e deveria ser o centro, mas não o limite, dos afetos.” Vi que para desempenhar bem os meus deveres, precisava alargar meu conceito de lar e de família a fim de abranger as crianças que freqüentavam a escola, e além delas, toda a humanidade.

O nascimento do nosso terceiro filho ocorreu calmamente em nosso quarto, apenas com a assistência de uma enfermeira da Ciência Cristã (que era também parteira diplomada, tal como era então permitido no nosso país) e de uma praticista da Ciência Cristã, numa sala adjacente. Não foi utilizada medicação e o parto foi totalmente harmonioso.

Durante os anos da II Guerra Mundial houve muitos desafios a enfrentar, incluindo o que respeitava à proteção civil, alimentação e abastecimento. Nessa altura apegamo-nos firmemente a esta promessa (ibid., p. 494): “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana.” Apesar do racionamento em vigor e de momentos de severa escassez, nunca nos faltou nada que fosse essencial.

Durante a guerra fomos constantemente confortados pelo Salmo 91, especialmente por estes pensamentos (versículos 1, 2 e 11): “O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do Onipotente, diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio” e “Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos.” Estávamos próximos de Londres o suficiente para ter freqüentes avisos de ataques aéreos, e certa noite uma bomba caiu perto da escola, partindo todas as vidraças e causando outros prejuízos no edifício. Econtrava-me no quarto das crianças com o bebê recém-nascido e a irmã de cinco anos. Quando ouvi a bomba cair, agarrei rapidamente as crianças e fugi a tempo. Mal estávamos fora do quarto quando foi destruído. Grandes pedaços de alvenaria caíram justamente no local onde as crianças brincavam momentos antes. Apesar disso, houve uma calma maravilhosa e ninguém ficou ferido.

É com gratidão que recordo todo o bem que se manifestou a tantas pessoas, durante tantos anos.


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