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Inocência: encontrada, não perdida

Da edição de junho de 1988 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Em geral não pensamos na inocência como algo que pode ser encontrado. Pensamos tratar-se de algo inevitavelmente perdido, por se viver naquilo que já foi chamado este “mundo tristemente corrupto”. Aceitamos que as crianças pequenas a possuem, por breve tempo, trocada à custa de crescer. Depois, já adultos, desejamos possuir de novo a inocência da infância.

A história repete-se. Quão freqüentemente, e com que facilidade, temos a tendência de contemplar-nos a seguir esse trilho que nos torna menos inocentes e mais mundanos a cada dia que passa. Mas se essa visão acerca do homem é verdadeira, então como é que Cristo Jesus curou os pecadores e os declarou livres, com autoridade divina, dizendo: “Vai, e não peques mais”? João 8:11. Ou será que as curas do pecado realizadas pelo Mestre não nos deveriam levar a questionar a pretensão de que o homem é irremediavelmente corrupto? Se o pecado é uma condição inevitável, de alguma forma permitida pela Divindade, então Jesus nunca poderia tê-lo curado. Mas ele o curou, e assim baniu as reivindicações do pecado naqueles que curou.

Todos temos que enfrentar e curar a fraqueza moral, quer seja caráter violento, desonestidade, egoísmo, ganância, vício, sensualismo. Devemos curar os elementos do pensamento carnal que a humanidade tende a acreditar fazerem parte natural dos adultos. Podemos começar a curar qualquer deles (não importa quão inveterado seja), se estivermos dispostos a seguir o exemplo de Cristo Jesus. Não é verdade que o Mestre curou pecadores por meio da clara compreensão da sua verdadeira individualidade espiritual, para sempre pura, expressando a natureza do criador, Deus? O profundo amor de Jesus a Deus e ao homem por Ele criado, libertou os outros para exprimirem a pureza de sua própria identidade. O tremendo exemplo de Jesus foi dado como promessa e possibilidade a cada um de nós.

A cura do pecado é inevitável — mesmo se às vezes consiste de enorme luta, como o Apóstolo Paulo ilustrou com tanto conhecimento quando escreveu: “Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. ... Desventurado homem que sou! quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor.” Romanos 7:19, 24, 25. A cura do pecado é inevitável porque o pecado não tem legitimidade na realidade da criação de Deus. Não faz parte de Sua criação. Deus é totalmente bom e não poderia criar uma qualidade ou condição dessemelhante de Si mesmo. Por isso o homem criado por Deus, esse homem que é a nossa única entidade verdadeira, nunca pecou.

Mas isso precisa ser compreendido e comprovado através de uma contínua e humilde disposição de nos desviarmos do pecado e daquilo que o pensamento mundano nos ensinou a acreditar ser a nossa identidade, e aprender apenas de Deus como Ele nos criou. E o próprio poder e autoridade de Deus nos permite fazê-lo. Podemos provar em grau cada vez maior que temos domínio sobre a fraqueza e a corrupção moral.

Vencer progressivamente o pecado é encontrar liberdade e felicidade genuína. É enriquecer nossas vidas, não torná-las aborrecidas. É colocar nossa saúde e bem-estar em fundamentos mais seguros.

A Sra. Eddy escreve: “Mais cedo ou mais tarde, toda a raça humana aprenderá que, na proporção em que a individualidade sem mácula de Deus é compreendida, a natureza humana será renovada, e o homem receberá uma individualidade mais elevada, derivada de Deus, e a redenção dos mortais do pecado, doença e morte será estabelecida em fundamentos eternos.” Unity of Good, p. 6.

Cada cura do pecado nos ajuda a ver algo mais desse fato, ou seja, de que o pecado nunca fez parte de nosso eu verdadeiro, pelo que nossa inocência nunca foi o produto de condições materiais e que por isso nunca foi verdadeiramente perdida. A inocência deve ser encontrada pelo discernimento de nossa individualidade espiritual — a qual não pode ser corrompida. O fato de a inocência do homem ser espiritual, não nos permite negligenciar ou desculpar o pecado não curado, mas ajuda-nos a curá-lo. Nunca é necessário que nos entreguemos à sofisticação mundana. Estamos livres para nos voltarmos de todo o coração a Deus e descobrir como Ele nos criou — para encontrar a nossa inocência.

São estes os que vêm da grande tribulação,
lavaram suas vestiduras,
e as alvejaram no sangue do Cordeiro. ...
o Cordeiro que se encontra no meio do trono
os apascentará e os guiará
para as fontes da água da vida.
E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.

Apocalipse 7:14, 17

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