Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

As florestas tropicais e o bem-estar da humanidade

Da edição de abril de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Nos últimos anos os meios de comunicação têm dado muita atenção às questões ambientais, à medida que as pessoas se dão conta de que a saúde de nosso planeta se relaciona diretamente com o bem-estar de cada habitante da terra. Mais recentemente, os noticiários focalizaram a destruição de florestas tropicais, incluindo vastas áreas da região amazônica do Brasil. Annette Heckrath, Cientista Cristã que mora no Brasil, cooperou com nossos redatores no desenvolvimento deste editorial.

Um recente artigo de jornal é um bom exemplo do desafio que nosso mundo enfrenta ao tentar combater a destruição ambiental, pois nos leva a questionar quem está contando a verdade. De um lado, os funcionários do Governo, ao comentarem o desmatamento da floresta amazônica, dizem que apenas pequena parte foi queimada. De outro lado, alguns ambientalistas dizem que é extensa a destruição das florestas tropicais na Amazônia e em outras partes do mundo, o que já está prejudicando o meio ambiente do planeta.

Pessoas como você e eu — cidadãos comuns — talvez não sejamos especialistas em ciências do meio ambiente. Mas este é o nosso mundo e precisamos conhecer em que estado se encontra e saber como podemos contribuir para o seu bem-estar.

Às vezes, somos tentados a pensar que no mundo existem algumas questões de natureza inteiramente espiritual e outras, materiais, e que ambas são muito distintas em nossa vida. No entanto, é provável que a crise ambiental nos force a compreender mais claramente o papel dos valores espirituais e morais em cada aspecto de nossa vida. Veremos, então, que todos temos em comum o interesse pelas condições do mundo. Há um reconhecimento emergente de que no mundo existe um terreno que é comum a todos os cidadãos e de que devemos unir-nos em nosso interesse sobre esse tema. Isso pode, na verdade, levar a uma descoberta espiritual, à medida que sentimos espiritualmente algo da relação recíproca que há entre nós, os filhos do Deus único e supremamente bom.

Que paradoxo intrigante é pensar que um acontecimento numa área remota de um país como o Brasil possa ter efeito sobre o mundo inteiro! Esse fato alude a uma verdade espiritual mais profunda, ou seja, a de que nossas orações, não importando quão remotas possam parecer em relação ao torvelinho de vidas agitadas, têm o poder de elevar e transformar os corações de homens e mulheres de todo o mundo.

Os ensinamentos da Ciência Cristã
Christian Science (kris´tiann sai´ennss), baseando-se na Bíblia, falam do poder que a Verdade divina tem de tocar os corações. Referindo-se ao encontro do profeta Elias com Deus, quando ouviu a suave e tranqüila orientação divina em meio a terremoto, vento e fogo, o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, afirma: “ ‘o cicio tranqüilo e suave’ do pensamento científico estende-se sobre continentes e oceanos, até às extremidades mais remotas do globo. A voz inaudível da Verdade é para a mente humana como quando ‘ruge um leão’. É ouvida no deserto e nos lugares tenebrosos do medo.”

No sul do Brasil, mesmo bem distante da Amazônia, as pessoas têm consciência da controvérsia mundial em torno de nossa floresta tropical. Giselda Castro, participante ativa de um dos grupos de proteção ambiental, comentou que após muitos anos de pesquisa e dedicados esforços para enfrentar esses problemas, está se tornando mais claro para ela que o mais necessário é uma profunda mudança no modo de pensar da humanidade. Disse que embora se pense imediatamente que é uma crise física — a destruição real da floresta, da fauna e da capacidade do planeta de sustentar uma atmosfera respirável — é evidente que a verdadeira crise é de valores, éticos e religiosos. Essa crise, continua ela, só pode ser enfrentada pela oração. Para ela, “a oração é, antes de tudo, ação — força criadora ou modificadora da realidade”.

Para o Cientista Cristão, essa oração começa com o reconhecimento de que, em verdade, Deus é a única e verdadeira força ou poder. Sua criação é inteiramente espiritual e indestrutível, inclusive o homem como Sua expressão espiritual, ou rebento. A oração que se baseia nessa realidade espiritual não nos aparta da necessidade humana imediata. Mostra-nos, antes, o poder de Deus para resolver a premente e específica situação humana.

As queimadas que ameaçam a floresta amazônica trazem à lembrança uma forte ilustração bíblica em que o fogo desempenhou importante função, embora não como agente destrutivo, pretendido pelos que o acenderam. Três jovens hebreus — Sadraque, Mesaque e Abede-Nego — foram lançados numa “fornalha de fogo ardente”. Era evidente a ameaça, pois, ao sentido humano, poucas forças são mais destruidoras do que o fogo. No entanto, ficou provado que o poder de Deus era mais forte. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego se livraram da morte.

Na Bíblia, o fogo representa uma metáfora forte e de muitas facetas. O significado das Escrituras para fogo, dado em poucas palavras em Ciência e Saúde, vai ao âmago da questão de nossa preocupação com o planeta em que vivemos: “Fogo. Medo; remorso; luxúria; ódio; destruição; aflição que purifica e eleva o homem.”

A ganância e outros motivos baixos que visam a destruir nosso planeta, almejando lucros imediatos, não se limitam ao que as florestas tropicais ora enfrentam. Tais elementos do mal no pensamento humano têm de ser enfrentados onde quer que apareçam. Quando os desafiarmos por meio da compreensão da verdadeira natureza espiritual do homem como filho bem-amado de Deus, chegaremos a ver que o homem não é, em absoluto, a criatura devastadora e destrutiva que parece ser. É aqui que a segunda parte da definição bíblica se torna importante. Os desafios que atualmente enfrentamos no mundo podem purificar-nos e elevar-nos ao sermos forçados a descobrir a verdadeira relação do homem com Deus, a fim de vencer a ganância e o mal que ameaçam nosso mundo.

Não podemos dar-nos ao luxo de ignorar esses desafios, porque não podemos ficar ignorantes de nosso verdadeiro ser como filhos de Deus — governados espiritualmente e refletindo o poder vivificante do Amor divino.

Em nossa oração, podemos afirmar a incessante obediência do homem a Deus, que governa Sua criação totalmente espiritual, em perfeita harmonia. Devemos orar por mais humildade, que abrirá nosso pensamento à orientação do Amor divino. Reconhecer em nossas orações a inata integridade do homem como filho de Deus, nos ajudará a manter a convicção fundamental de que Deus é a Mente única e inteligente. Essa Mente divina é a fonte da sabedoria e da coragem necessárias para orientar funcionários públicos e cidadãos comuns rumo à ação que reformará e curará nosso mundo.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 1991

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.