Ricardo estava entusiasmado por jogar beisebol na Liga Infantil. O treinador havia dito que ele tinha um braço bom, pois conseguia arremessar a bola do centro do campo até a base, num único lance.
Um dia porém, na hora em que Ricardo e os companheiros de time estavam fazendo aquecimento, um dos meninos ficou agitando o bastão de beisebol sem cuidado e, acidentalmente, bateu no braço de Ricardo.
O colega pediu desculpas, mas isso não fez a dor diminuir e Ricardo ficou furioso. Não iria poder treinar naquele dia e tinha medo de não poder jogar durante o resto da temporada. Ricardo decidiu ir para casa, mas não conseguiu dirigir a bicicleta e carregar os cadernos com um braço só, por isso telefonou à mãe.
Enquanto esperava por ela, o garoto teve tempo de pensar. Não adiantava continuar com raiva, percebeu ele, e quanto mais pensava no braço, mais ele doía. Então procurou pensar em algo melhor. Lembrou-se de conversas, em sua classe da Escola Dominical da Ciência Cristã, sobre a necessidade de ter os pensamentos repletos somente do bem e de fechar a porta a pensamentos que não fossem bons. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: “Monta guarda à porta do pensamento.” O parágrafo todo que contém esse conceito, também inclui estas afirmações: “Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente.... As alternativas de dor ou de prazer têm de provir da mente, e, como um guarda que abandona seu posto, admitimos a crença intrusa, esquecendo que com o auxílio divino podemos proibir-lhe a entrada.” Resolveu que iria fazer isso mesmo, imediatamente.
A caminho de casa, a mãe conversou sobre a cura por meio da ajuda divina. “Tudo que parece estar errado pode ser curado, Ricardo. Vamos pensar que estamos tão perto de Deus, que sentimos Seu amor. A única coisa que está ocorrendo é Sua bondade.”
Em casa, Ricardo sentou-se à mesa da sala de jantar para fazer a lição de casa. A princípio não conseguia usar o lápis. A dor e a raiva voltaram, mas só por um instante. Ele se lembrou de fechar a porta àqueles pensamentos e prestar atenção aos pensamentos divinos. Eles vieram. “Você é filho de Deus. Você é amado por Ele e recebe Seus cuidados. Você nunca está separado de Deus.” Ele tinha ouvido essas palavras muitas vezes, ditas por seus pais ou na Escola Dominical. Era tão bom lembrar-se disso tudo naquele momento!
Horas depois, o irmão de Ricardo voltou da escola. Sem saber nada do acidente, bateu nas costas de Ricardo e disse: “Ei, vamos jogar pingue-pongue?”
Ricardo nem pensou que não poderia jogar. Levantou-se de um pulo e enfiou o casaco para sair. Ao fazer isso, sentiu um estalo no braço. A princípio o barulho o assustou, mas depois viu que podia mover o braço sem problemas. Estava curado.
No dia seguinte Ricardo regressou ao treino de beisebol, feliz por participar da temporada, conforme planejado.
Nota da mãe:
Quando Ricardo telefonou contando o acidente, prometi ir buscá-lo de imediato. Minha primeira reação foi voltar-me a Deus em oração para saber o que seria acertado fazer. Ricardo quis ir para casa; então, no carro, conversamos sobre como Deus cuida de nós. Embora em tais ocasiões possamos nos sentir desprotegidos, a verdade é que nunca podemos estar separados de Deus. Certamente que Deus jamais causa acidente, medo ou dor. A Bíblia fala sobre o cuidado que Deus tem pelas pessoas e como Cristo Jesus curava todo tipo de doença e pecado unicamente pelo poder da oração.
Ricardo havia visto outros membros da família serem curados pela oração e ele próprio também já havia tido experiências de cura. Pareceu-lhe natural, e a mim também, confiar em Deus, o Amor divino, para ser curado nesse caso.
