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Aprendendo a amar como Jesus amou

Da edição de janeiro de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


A Que Amor Cristo Jesus estava se referindo, quando deu a seus discípulos este “novo mandamento”: “Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”? Apesar de Jesus sentir grande afeição por seus discípulos, ele estava fazendo um apelo para que ampliassem seu conceito de amor, para que expressassem um amor que conforta e cura.

De que maneira Jesus mostrou seu amor para com os discípulos? Ensinou-lhes que o Espírito, Deus, era Pai deles e pacientemente explicou-lhes as verdades de Deus. Ensinou-ihes a orar e a curar. Deu-lhes a Regra Áurea, para que vivessem de acordo com ela e orou por eles, guiando-os ternamente até onde podiam compreender. Mais do que tudo, porém, viveu e amou a Verdade, definindo a natureza divina pelo exemplo que deu. Ensinou, também, como cada pessoa pode identificar-se com a natureza divina, agir como filho de Deus, expressando o poder e a autoridade que tal parentesco encerra.

Como Deus é o próprio Amor, a instrução de amar uns aos outros significa refletir o Amor divino. O amor que Deus tem por Sua criação é puro, abrange tudo, é imparcial, imutável, eterno, sempre presente. Em outras palavras, amar como Jesus amou é amar sem limitações nem condições materiais.

Logo, esse amor não inclui somente aqueles que o retribuem, mas também aqueles que não parecem dignos de ser amados. Por que? Porque todas as pessoas têm um só Deus e Pai, e o Pai, Amor ilimitado, vê apenas Sua própria imagem, vê toda a Sua criação inteiramente boa, não incluindo nada dessemelhante dEle. Assim como o Mestre, devemos perdoar nossos inimigos. Temos de vê-los e amá-los tomando por base o que Deus quer que sejam e não o que os sentidos materiais alegam que são. Precisamos, portanto, deixar a cargo do Amor divino a ação de moldar e formar os pensamentos deles para que se ajustem à imagem perfeita, da maneira que sejam capazes de compreender; temos de deixá-los elaborar sua própria salvação, apoiados por nosso amor e não prejudicados por nossa crítica. E se houver algo que devamos fazer para ajudar, Deus no-lo revelará. Esse é o amor que expressa a Regra Áurea, que faz aos outros o que desejamos que eles nos façam.

Quando nosso amor reflete o Amor divino, pode beneficiar outros. Compreendi algo dessa verdade, quando enfrentei uma situação difícil no trabalho, há muitos anos atrás.

Não tinha prazer em ir trabalhar, pois um colega me esperava à porta, todas as manhãs, para criticar os companheiros. Assim, arruinava meu dia. Eu sabia que tinha de fazer alguma coisa. Conquanto não possamos pensar ou agir por outros, somos responsáveis pelo que pensamos e por nossa atitude para com os outros. E é exatamente aí que a cura começa.

Toda cura se inicia quando, através da oração, recorremos ao Pai onisciente e amoroso, para que nos oriente em como lidar com a situação de maneira fraterna e harmoniosa. Compreendi que meu pensamento tinha de harmonizar-se com o que Deus sabia ser verdadeiro: que Sua criação é inteiramente boa, portanto apenas o bem podia, de fato, estar acontecendo. Foi de grande ajuda esta declaração no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy: “A oração não pode modificar a Ciência do ser, mas contribui para pôr-nos em harmonia com essa Ciência.”

Um dia, esse colega contou-me que já ocupara uma posição de prestígio e que, devido a um acidente industrial que sofrera, sentia-se agora feio e inútil. Disse que não compreendia como sua esposa não tinha se livrado dele ainda.

Fiquei comovida e grata, pois Deus me revelara a origem do problema! Sua noção de amor baseava-se na atração física, por isso não se sentia digno de ser amado. Sua atitude crítica em relação a outros era o reflexo da insatisfação com sua própria vida. Como poderia ele reconhecer algum valor verdadeiro nos outros, quando nem ao menos podia discernir suas próprias qualidades?

Perguntei-lhe: “Se fosse sua esposa que estivesse envolvida no acidente, você a rejeitaria?”

Chocado, ele respondeu: “Não! Eu a amo.”

Perguntei-lhe: “Se você vê em sua esposa boas qualidades e a ama por isso, não acha que ela também é capaz de ver e amar suas boas qualidades? Estas não foram afetadas pelo acidente.” Ele me olhou por um instante e não disse uma palavra. Então, se afastou.

Que transformação ocorreu! Ao compreender que as habilidades desenvolvidas através dos anos ainda eram úteis, apercebeu-se de que não era o ser desprezível que pensara ser. Não criticou mais seus colegas, pelo contrário, fazia um esforço sincero para ser útil sempre que possível. Em pouco tempo, seus companheiros começaram a mostrar verdadeiro respeito por seus inúmeros talentos e a apreciar seu senso de humor que, até então, estivera encoberto.

Para sermos amados, devemos amar e fazer o bem aos outros. Uma verdade dita no momento certo pode ser tudo o que seja necessário para ajudar alguém que se sinta separado de sua origem divina.

Nosso Pai é Amor, mas não podemos compreender o amor de Deus enquanto abrigarmos sentimentos de raiva, inveja, ressentimento ou ódio. Somente quando negamos que traços desagradáveis de caráter sejam parte da verdadeira individualidade do homem, é que podemos aprender a nos identificar com a natureza divina. Passamos, então, a ver a nós mesmos e aos demais como a imagem e semelhança de Deus, o Amor divino.

Deus apóia nossos esforços de expressar Seu amor e esse apoio não é passivo, mas traz à luz tudo o que não faz parte da graça Paterna, ou seja, tudo o que pretenda separar-nos de Seu amor imutável e sempre presente. Uma vez que o erro é descoberto, está virtualmente destruído. É assim que aprendemos a ver através dos olhos do Amor divino. Passamos, então, a contemplar o que o Amor criou e declarou ser bom, cessando de nos confundir com a falsa evidência que os sentidos físicos apresentam.

Não é isso aprender a amar como Jesus amou?

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