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PENSANDO MAIS A FUNDO

Compaixão de que tipo?

Da edição de janeiro de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Você Usaria O termo compassivo, numa pesquisa de opinião pública, para descrever sua personalidade? A maioria talvez hesite um momento, mas acabará concordando. Afinal, quem quer se considerar insensível?

Ora, ainda que façamos doações ocasionais a causas justas, sirvamos à comunidade e trabalhemos na igreja, talvez não o façamos com o coração aberto, que é o que a compaixão autêntica exige.

A compaixão, ou ausência desta, nos influencia a todo instante, seja de modo positivo, seja negativo. A compaixão nos dá perspectiva para vislumbrarmos, mesmo em meio a situações humanas confusas e tristes, o esboço do homem que Deus fez e lampejos de individualidade espiritual. A compaixão dissolve o ódio, antes que essa praga possa se alastrar, e nos impede de enfocar exclusivamente os aspectos negativos dos seres humanos. A compaixão é fundamental para nos certificarmos de que o homem que Deus criou à Sua imagem existe e está presente.

O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, menciona que, além de afeto, humildade, honestidade e assim por diante, precisamos de compaixão, para alcançarmos compreensão espiritual. Ciência e Saúde salienta que antes de aprendermos a curar os doentes por meios espirituais, temos de aprender a confortar os aflitos e desconsolados. O livro não ignora as dificuldades que todos enfrentamos como criaturas mortais que parecemos ser. A Sra. Eddy escreve que deu o nome Ciência Cristã à sua descoberta por esta ser compassiva, benéfica e espiritual.

O exemplo de Cristo Jesus indica que a melhor fonte de compaixão é nossa proximidade de Deus. O amor que Jesus tinha por Deus não diminuía sua compaixão pelos outros, tornando-o distante e frio, mas dava-lhe, sim, amor sem igual. Há, porém, uma diferença marcante entre seu amor e a piedade humana. A piedade, ou dó, muitas vezes está tão submersa em desespero, que a pessoa sente-se imobilizada e esmagada. Por mais comovido que Jesus estivesse, nunca o consideraríamos “esmagado” pela pena. Por exemplo, quando Jesus se condoeu da multidão que ficara sem comer ou beber porque evidenciara tanto interesse em segui-lo, ele a alimentou. Sua compaixão e seu grande pesar, provenientes de seu incisivo discernimento da condição humana, não interrompiam, segundo os relatos do Novo Testamento, sua comunhão com Deus, a qual proporcionava cura.

A excessiva pena nos envolve de tal modo na cena humana, que nos impede de ajudar os mais necessitados. Concentrar cada vez mais a atenção no buraco sem fundo do sofrimento humano, nos hipnotiza. A compaixão cristã não provém de envolvimento emocional cada vez maior com os detalhes e as variedades do padecimento humano. Na verdade, temos de desenvolver nossa compaixão através de regeneração espiritual paulatina, como o fazemos com outras virtudes. Tal progresso aguça nosso discernimento das necessidades e do estado mental dos demais, mas não nos enreda de tal modo no problema a ponto de perdermos de vista a natureza de Deus como Amor divino sempre presente.

A seguinte declaração da Sra. Eddy, em Ciência e Saúde, nos faz pensar na questão da humanidade e da divindade: “A divindade do Cristo tornou-se manifesta na humanidade de Jesus.”

O toque da compaixão genuína expressa por alguém a nosso respeito, nos diz que não somos considerados doentes incuráveis, ineptos ao extremo ou destituídos de espiritualidade. Fosse qual fosse o triste estado em que estivéssemos convencidos de estar naquele momento, isso não foi confirmado nem solidificado. Pelo contrário, fomos elevados e passamos a discernir um pouco mais do bem e, portanto, de Deus e do homem, Seu filho.

À medida que nosso próprio reconhecimento do Cristo, a Verdade, aumenta, é natural que expressemos muito mais compaixão. Em nossa solicitude, não perdemos contato com o divino, a Ciência que revela o amor de Deus aqui presente. Encontramos a ajuda e a cura que só são possíveis ao Amor divino.

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