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Mais tempo mediante mais paz

Da edição de setembro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao Desistir De minha carreira para ser mãe e dedicar todo o meu tempo à criação de meus fihos, pensei que iria ter tempo de sobra para orar, estudar e descansar. Mas não foi isso que aconteceu! Com certeza todos nós já nos achamos diante de tantas coisas que precisam ser feitas, que não sobra tempo para fazer aquilo que desejaríamos fazer. Tarefas, obrigações para com a família, trabalho doméstico e outras coisas parecem deixar pouquíssimos momentos para o lazer. Somos tentados a pensar que se tivéssemos apenas um pouco mais de tempo, teríamos mais paz. Com freqüência, porém, tenho constatado que o inverso é que é verdadeiro: quando estou em paz é que tenho mais tempo.

Como podemos encontrar essa paz? Compreendendo que a única coisa que precisamos fazer, realmente, é amar. Cristo Jesus disse que os mandamentos mais importantes são amar a Deus e amar o próximo como a nós mesmos. Paulo escreveu que o amor cumpre a lei, Ver Romanos 13:10. e ele explicou de que consiste o amor, no capítulo 13 de sua primeira epístola aos coríntios. Podemos utilizar esse capítulo bíblico como uma espécie de lembrete, a fim de verificar se estamos amando. Refletir o Amor divino, Deus, é algo que podemos fazer mesmo em meio a outras atividades e esse amor nos proporciona paz. Contudo, como é que esse senso de paz pode nos propiciar mais tempo?

Pelos padrões humanos, talvez acreditemos que só estaremos sendo produtivos se pudermos ver determinados resultados materiais. Alguns poderiam dizer: “Ser uma boa pessoa é muito bonito, mas há trabalho que precisa ser feito.” Jesus nos mostrou, entretanto, que, se colocarmos o nosso progresso espiritual em primeiro lugar, tudo o mais virá por acréscimo. Ele disse: “Não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? ... buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:31, 33. Ao buscarmos o reino de Deus, esforçando-nos para expressar qualidades celestiais tais como o amor, sentiremos que o senso de peso e sobrecarga desaparece e que, cada vez mais, tudo aquilo que deve ser feito pode ser feito. Algumas atividades talvez levem menos tempo do que o previsto. Ou possivelmente cheguemos à conclusão de que algumas outras atividades não são realmente tão necessárias ou podem esperar até mais tarde.

Quando sentimos que o nosso tempo é limitado, achamos que temos de escolher entre fazer aquilo que desejamos ou fazer aquilo que os outros esperam de nós. Esse conflito não é inevitável. Talvez pensemos que preferimos ver um filme a fazer uma tarefa que está diante de nós mas, na verdade, acaso o nosso desejo não é o de estar felizes, realizados, em paz? Se expressarmos mais amor, é justamente assim que nos sentiremos. O mais importante é saber que amar é algo natural para nós, pois o homem é feito à imagem e semelhança do Amor, Deus. Essa é a nossa verdadeira natureza, a emanação pura do Amor divino.

Quando optamos por colocar nosso crescimento espiritual em primeiro lugar, tendo o amor como objetivo, podemos encarar cada tarefa com alegria e sem pressão. Executar calmamente tudo aquilo que sentimos estar sendo ordenado por Deus, a Mente divina, fará com que sejamos mais eficientes e nos sintamos mais satisfeitos por termos encontrado a paz, servindo a Deus.

A história bíblica de Maria e Marta oferece um bom exemplo de como superar a crença de que não temos tempo para fazer aquilo que desejamos. O evangelho de Lucas descreve a visita de Jesus à casa das irmãs. Marta sentia-se pressionada, em parte, talvez, por estar afobada, preparando o grande jantar que ela achava ter de oferecer ao ilustre visitante. Maria, entretanto, simplesmente se sentara ao lado de Jesus e prestava atenção aos seus ensinamentos. Quando Marta pediu a Jesus que ordenasse a Maria que a ajudasse a servir, ele respondeu suavemente: “... pouco é necessário ou mesmo uma só cousa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” Lucas 10:42.

Se conseguirmos amar hoje um pouco mais do que ontem, deveremos nos sentir realizados.

Tenho de me lembrar a cada dia de que o meu dever mais importante é o de amar. Duas crianças pequenas parecem exigir muito. Às vezes, passo o dia inteiro trocando fraldas e cozinhando e mal dá para arrumar a casa e lavar a roupa, que dirá para estudar e descansar. Quando percebo que estou ficando impaciente com meu filhinho por não ter conseguido fazer nada, sei que preciso examinar meu próprio pensamento. É aí que procuro inspiração na Bíblia e renovo os meus esforços para ser amorosa. Algumas vezes penso num versículo de Miquéias, que diz o seguinte a respeito de Deus: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” Miquéias 6:8. Esse trecho me faz lembrar que preciso cumprir a ordem: “que pratiques a justiça” — ser justa com os meus filhinhos, tentando compreender as necessidades deles e vê-los como sendo verdadeiramente filhos amados de Deus. Preciso seguir o preceito: “que ... ames a misericórdia” — ser gentil, compassiva e terna. Preciso também ser humilde e deixar que Deus, e não a vontade própria, direcione a minha vida. Esses pensamentos põem em perspectiva as minhas obrigações diárias e me ajudam a ser mais flexível quanto às atividades humanas a serem realizadas a cada dia. É um desafio constante, mas o esforço vale a pena, pois estou crescendo espiritualmente e isso ajuda cada aspecto da minha vida.

Em vez de medir o sucesso de seu dia pelo número de tarefas realizadas, pergunte a si mesmo: “Quão paciente fui hoje? Até que ponto fui compassivo? Fui humilde? Terei eu obedecido corretamente aos Dez Mandamentos?” Se conseguirmos amar hoje um pouco mais do que ontem, deveremos nos sentir realizados. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy nos dá a interpretação espiritual da palavra dia, a qual inclui esta frase: “Os objetos do tempo e dos sentidos desaparecem na iluminação da compreensão espiritual, e a Mente mede o tempo de acordo com o bem que se desdobra.” Ciência e Saúde, p. 584. Ao avaliarmos nossa produtividade dessa mesma maneira, sentir-nos-emos aliviados e em paz.

... Eu me alegro no Senhor,
exulto no Deus da minha salvação.

Habacuque 3: 18

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