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Vigiando e orando pelas crianças do mundo

Da edição de setembro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando Eu Estava na universidade, pertencia a um grupo que orava pela comunidade universitária. Quando percebíamos que um problema se referia aos alunos, orávamos. Certa semana o problema abordado foi maus-tratos a crianças. Pode parecer um assunto estranho a uma comunidade universitária, mas um dos participantes de nosso grupo o solicitou.

Uma noite, naquela semana, depois de terminar meus deveres escolares, volvi-me para minha Bíblia, tendo as crianças do mundo em meu pensamento. Abri-a neste versículo: “O amado do Senhor habitará seguro com ele; todo o dia o Senhor o protegerá e ele descansará nos seus braços.”  Deuter. 33:12. Essa passagem tranqüilizou-me quanto à segurança contínua do homem real em Deus.

Continuei pesquisando na Bíblia e na obra Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, aprendendo o que esses dois grandes livros tinham para dizer sobre o amor de Deus pelo homem. O que compreendi me levou a afirmar que o mal não está qualificado para existir, era uma mentira sobre Deus e o homem, portanto, ele não pode ter sido criado pelo único Criador, que é bom. Quando me senti totalmente certo do poder curativo de Deus em ação, consegui dormir.

Na manhã seguinte, pelas 5 horas, acordei e parecia-me imperativo continuar a orar da maneira como o havia feito na noite anterior, o que fiz. Cerca de uma hora depois, senti-me em paz e voltei a dormir. Quando cheguei ao câmpus naquela manhã, a escola estava em alvoroço. Um bebê recém-nascido tinha sido encontrado em um depósito de lixo no câmpus. O bebê fora salvo exatamente naquela hora em que eu me sentira impelido a levantar e orar. A criança estava bem.

Essa experiência de anos atrás veio-me ao pensamento mais recentemente, quando a mídia começou a informar sobre casos de maus-tratos a crianças. Mais do que nunca, nossa oração e nosso amor vigilante pelas crianças do mundo são evidentemente necessários. A Bíblia nos ensina como desempenhar esse importante trabalho. Muitas vezes, encontro muita ajuda em suas ternas instruções sobre a paternidade de Deus.

Deus é o verdadeiro Pai e Mãe do homem.

Deus é o verdadeiro Pai e Mãe do homem. Ele é o Pai que supre tudo com inteligência, graça, força e vida. Essa qualidades são sempre concedidas em abundância, porque a natureza de Deus é infinita. Deus é também a Mãe que protege Sua criação, alimenta-a, alegra-se por ela e a ama. O homem é a criação espiritual de Deus, definida não por sua aparência física ou por sua história material, mas por qualidades como sabedoria, pureza, saúde e santidade. Essa é a verdadeira família do homem: Pai-Mãe Deus e seu amado filho. Nenhum de nós está excluído do bem, nessa divina família. Nenhuma situação, nem mesmo a morte, pode estabelecer uma separação entre o homem e o Amor divino.

Quanta alegria e consolo isso pode dar para qualquer criança ou para os pais que estejam enfrentando dificuldades. Tanto os adultos como os jovens estão incluídos nessa família, ternamente amados pelo único Pai divino. O amor de Deus purifica, corrige e guia o pensamento humano para perceber Seu cuidado que a tudo envolve.

Cristo Jesus deu-nos o exemplo do efeito desse amor, repreendendo o pecado e trazendo cura àqueles que necessitavam. Em um caso, na sinagoga, Jesus encontrou um homem demente, Ver Lucas 4:33–35. que bradava: “Que temos nós contigo, Jesus Nazareno?” Mas Jesus não deixou essa situação como a encontrou, que permitia ser esse homem torturado mentalmente. Jesus repreendeu o mal que parecia controlar o homem, dizendo: “Cala-te e sai deste homem.” A narração bíblica continua: “O demônio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer mal.”

O que aconteceu nesse caso? Jesus separou do indivíduo o mal e reconheceu a verdadeira identidade do homem como filho de Deus, sob o cuidado de seu divino Pai-Mãe. Jesus comprovou que o mal não é inerente ao homem, mas sim um conceito errôneo imposto à consciência humana. O erro foi destruído e o homem ficou curado.

Separar do homem o mal, em nosso pensamento, não permite a um malfeitor agir livremente. Ajuda-nos, e a outros, a despertar para a necessidade de arrepender-se do pecado e vencê-lo. Como a Ciência Cristã explica: “Um pecador não pode receber estímulo algum do fato de a Ciência demonstrar a irrealidade do mal, pois o pecador gostaria de fazer do pecado uma realidade — fazer real aquilo que é irreal, acumulando, assim, ‘ira para o dia da ira’.” Ciência e Saúde, p. 339. Assim, nossa oração e nosso ponto de vista precisam abranger, em vez de condenar, os malfeitores, reconhecendo o amor de Deus e seu poder redentor como capaz de dissipar o medo e a raiva para que se possa enxergar a porta aberta da regeneração.

Devemos considerar natural que nossa oração também promova uma ação eficaz. Deus orienta-nos a expressar bondade divina em oração, palavras e obras. Minhas orações pelas crianças do mundo têm me levado a falar a verdade do amor de Deus e seu poder curativo a pais angustiados, para orar com eles e, na Escola Dominical, ensinar também a jovens adolescentes essa verdade. Fui membro do conselho diretor de uma pequena escola particular, cuja missão inclui atender crianças necessitadas. Minha esposa e eu adotamos duas crianças que precisavam de uma família.

As crianças do mundo merecem nosso amor, nossa vigilância baseada em uma compreensão de sua identidade espiritual e nossas boas obras, da maneira como somos guiados por Deus. Em vez de somente ficar angustiados quando ouvimos sobre situações abusivas, devemos deixar nossas preocupações tornarem-se ação: vigiando e orando pelas crianças do mundo.

Deixai os pequeninos,
não os embaraceis de vir a mim,
porque dos tais é o reino dos céus.

Mateus 19: 14

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