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O filho de Deus não é viciado em jogo

Da edição de setembro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Há Vários Anos, um amigo meu se formou na aviação americana. Ele recebeu as insígnias e a patente de oficial aos vinte anos de idade.

Logo foi enviado à Inglaterra, junto com sua tripulação. Como a viagem dentro do grande bombardeiro levaria muitas horas, alguns dos rapazes decidiram jogar cartas. Iniciaram um jogo de pôquer e meu amigo acabou participando. Ele sempre gostara de jogar pôquer, mas nunca a dinheiro, como foi dessa vez.

No fim da viagem, ele havia ganho uma quantia considerável. Isso o deixou muito satisfeito. Depois da chegada, soube que em um dos alojamentos ali perto estavam jogando dados. Ele entrou, começou a jogar e, em poucos minutos, perdeu tudo o que ganhara anteriormente. Ficou tentado a continuar jogando, agora fazendo uso de suas economias. Sabiamente, ele resistiu a esse pensamento e saiu.

Mais tarde, ele pensou no que lhe acontecera. Como estudante da Ciência Cristã, compreendeu que tinha sido envolvido pelo mal, ou magnetismo animal, sob a forma de jogo. Muito arrependido, reconheceu que o provérbio: “Um tolo e seu dinheiro logo se separam”, ainda era verdadeiro.

Analisando metafisicamente a experiência, viu que fora mentalmente negligente e não percebera a influência mundana e doentia do jogo. Considerara a sorte e o acaso como capazes de satisfazê-lo. Na verdade, eles oferecem somente promessas falsas, instáveis, insatisfatórias, sendo uma ameaça para a carreira e para a alegria de viver do indivíduo. Esses fundamentos tão instáveis lembraram-lhe a parábola que Cristo Jesus contou sobre o homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha. Ver Mateus 7:24–27. As chuvas, as inundações e os ventos não a abalaram. Mas o homem insensato que a edificou sobre a areia — a areia movediça da vida mortal, que inclui sorte e acaso — teve sua casa totalmente destruída.

O desejo e a inclinação para o jogo não fazem parte da identidade espiritualmente alerta e real de ninguém.

Meu amigo compreendeu também que o desejo e a inclinação para o jogo não fazem parte da identidade espiritualmente alerta e real de ninguém. É um estado de sonho, do qual cada um de nós pode acordar agora mesmo e sobre o qual temos total domínio!

As palavras de Cristo Jesus nos asseguram: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano” Lucas 10:19. E quem é o inimigo? O inimigo é o magnetismo animal, a mente mortal e suas falsas atrações, a crença em sorte e acaso.

Então, quem é o jogador? Em realidade, não há jogador. O homem que Deus criou não é um jogador; ele é uma idéia amorosa, estável, inteligente e espiritual. Na medida em que discernimos essa verdade e identificamos a nós mesmos e aos outros, não como mortais fracos, inclinados ao jogo, mas sim como criação de Deus, fortes e obedientes, inseparáveis de nosso Pai, colocamos a responsabilidade pelo erro no lugar que lhe é próprio. E onde é esse lugar? Na mente mortal, a falsa crença de que exista uma mente separada de Deus, a única Mente.

Portanto, ao rejeitarmos as sugestões de sorte e acaso e de prazer no jogo — temos a autoridade de Deus para isso — demonstramos nosso domínio e isenção de um hábito tão danoso e desnecessário. Assim como o jovem oficial fez, podemos simplesmente dizer um firme e sólido não! a tudo o que procura nos atrair para o jogo.

Isso ficou provado para um meu parente distante. Ele era jogador inveterado, além de fumar e beber muito. Sua dependência da tentadora excitação da sorte e das infundadas esperanças no acaso fizeram com que jogasse fora várias vezes as economias da família. Em conseqüência, sua esposa não suportava mais tanta ansiedade e preocupação. Ela se sentia como se vivesse numa casa de cartas, que desabaria, como já havia desabado, a qualquer momento, freqüentemente deixando-os sem um tostão.

Minha mãe apresentou-lhes a Ciência Cristã. Eles começaram a estudar a Lição-Sermão semanal no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, passando a apreciar os trechos inspirativos da Bíblia e de Ciência e Saúde, da Sra. Eddy. Começaram a assistir aos cultos da igreja. Gradualmente, a verdade ganhou terreno no pensamento do marido. Ele começou a compreender algo a respeito da grandeza e da estabilidade de sua verdadeira identidade como filho de Deus.

Ele entendeu claramente que a sorte e o acaso eram elementos instáveis que não podem fazer parte da natureza amorosa, substancial e imutável de Deus. Conseqüentemente, não poderiam fazer parte do homem, que é a imagem e semelhança de Deus.

Desse seu estudo, aprendeu que não existe sorte, acaso ou loteria no Deus imutável, que é Princípio divino. A perfeição de Deus inclui e revela somente a beleza, a alegria e a constância infalível da Vida divina inteiramente satisfatória.

Também compreendeu que se alguém lhe pedisse para colocar sua mão no fogo, ele decididamente se recusaria a obedecer. Dessa mesma forma, poderia rechaçar a tentação proposta pela crença de que ele devia, ou precisava, jogar. Através desse vislumbre, ele pôde despertar da atmosfera mesmérica e da influência debilitante do jogo, tal como fez meu jovem amigo aviador.

Recusando-se a se submeter ao pensamento errôneo, o marido não só se curou do vício do jogo, como também do vício do fumo e da bebida. Uma regeneração do caráter o havia transformado.

As atrações sutis e magnéticas para o jogo, tais como apostas em corridas de cavalos e de cães, loterias, raspadinhas, loto e tantas outras, não poderão nos iludir, se formos espiritualmente alertas e fiéis ao Princípio. Ao rejeitar essas falsas atrações e aderir ao Princípio amoroso e provedor, nossas necessidades legítimas serão supridas.

Não importa quanto tempo tenha durado a atração pelo jogo, ou quão hipnótica ela possa parecer, agora mesmo podemos sair desse estado de sonho. As falsas promessas de sorte e acaso não podem impedir nosso despertar para o que é bom e verdadeiro. Por quê? Porque estamos nos voltando para Deus de todo o coração e nos apoiando firmemente em Sua inteligência onipotente e vitoriosa. O livro Ciência e Saúde corrobora essa confiança: “Deus está em toda parte, e nada afora Ele está presente ou tem poder.” Ciência e Saúde, p. 473.

Podemos adotar esse fato espiritual como uma lei curativa. Conscientes não só desse fato, como também do amor imutável e terno que nosso Pai-Mãe tem por nós, podemos nos elevar na força de que Deus nos dotou e ser livres!

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