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O que o espiritismo tem a ver comigo?

Da edição de setembro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Muitas pessoas acreditam que o espiritismo é algo pertinente à era Vitoriana, quando exerceu grande influência, no final do século dezenove, principalmente nos Estados Unidos. O jornal espírita The Banner of Light era publicado em Boston e Nova Iorque, e os espíritas da época reuniam-se no Estado de Massachusetts, nas vizinhanças de Walden Pond e Cape Cod.

No entanto, exatamente na mesma época, acontecia também algo bem diferente em Massachusetts. A Sra. Eddy estava escrevendo um livro intitulado Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, onde ela incluiu o capítulo “Ciência Cristã versus Espiritismo”. Nesse capítulo a Sra. Eddy explica: “Veremos, quando a Ciência da Mente for compreendida, que o espiritismo é sobretudo errôneo, não tendo base nem origem científicas, nem prova nem poder fora do testemunho humano. É o produto dos sentidos físicos. Não há sensualidade no Espírito. Jamais pude acreditar no espiritismo.” Ciência e Saúde, p. 71.

Apesar de a maioria das pessoas pensar no espiritismo apenas em termos de sessões, bolas de cristal e assim por diante, alguns filmes, como Ghost e Gasparzinho, levaram as idéias do espiritismo ao conhecimento de muitas pessoas. Hoje em dia os espíritas são chamados de “médiuns” e nos últimos anos muitos médiuns publicaram livros que entraram para a lista dos mais vendidos. Muitas universidades americanas oferecem aulas sobre como tornar-se médium. Daí a importância de entender-se por que o espiritismo é diferente da espiritualidade ensinada por Cristo Jesus.

Os espíritas acreditam que uma pessoa falecida pode comunicar-se com os vivos e até influenciar sua vida aqui na terra. Eles acreditam que alguém pode ficar possuído, ou seja, que um espírito mau, ou espíritos, pode entrar no corpo de uma pessoa e controlá-la. O espiritismo também inclui crenças mais sutis. Por exemplo, os espíritas acreditam que uma personalidade forte pode, com seus pensamentos, influenciar os outros e dominá-los para fazerem coisas que normalmente não fariam.

Essas crenças enfatizam o poder de influências invisíveis, boas e más, sobre as quais nada podemos fazer. A Bíblia, no entanto, nos apresenta uma perspectiva bem diferente do que é, ou não, real. Além de alertar-nos para não manter contato com espíritos, como a admoestação encontrada em Isaías (8:19), os evangelhos apresentam vários exemplos que mostram a capacidade de Jesus de expelir demônios por meio de um poder muito maior. Encontramos, também, exemplos de sua capacidade de resistir às pretensões do espiritismo (ver Lucas 11:14–20; 24:36–39).

Em vários pontos do livro Ciência e Saúde a Sra. Eddy explica a mensagem bíblica sobre a bondade de Deus. Ela revela que Deus, o bem, é o único poder que existe, e mostra-nos como esse fato espiritual capacita-nos a provar que o mal não tem poder. O homem, sempre coexistente com Deus, o Espírito, nunca se transforma num espírito, nem é intermediário entre o homem e o Espírito. O homem, no entanto, expressa a natureza do Espírito, a Vida infinita. O Amor, Deus, é a única influência que recai sobre o homem, pois o homem é Sua semelhança. Deus é o único Ego, a única Mente, e o único comunicador. A Sra. Eddy escreve: “Não é a intercomunhão pessoal, e sim a lei divina, que é a comunicadora da verdade, da saúde e da harmonia à terra e à humanidade.” Ibidem, p. 72.

A compreensão dessas verdades sobre Deus ajuda-nos a vencer as sutilezas que o espiritismo tenta imprimir em nosso cotidiano. Por exemplo, se um cônjuge tenta dominar ou manipular o outro, ou se os pais tentam dominar um filho, ou vice versa, essas situações podem ser tratadas pela oração, reconhecendo-se nelas as maneiras com que o espiritismo tenta nos influenciar. No escritório, quando parece haver alguém com forte personalidade tentando controlar os outros, o reconhecimento de que o espiritismo não tem poder solucionará a situação. Se você está enfrentando um problema que ocupa inteiramente seu pensamento, a ponto de parecer impossível pensar em outra coisa, isso é mesmerismo, uma forma de espiritismo. A oração o libertará do problema.

Temos o direito divino de reconhecer e reivindicar o fato de que o homem está sob o controle unicamente de Deus.

À medida que percebemos o resultado da oração, constatamos que não precisamos temer o espiritismo. Temos o direito divino de reconhecer e reivindicar o fato de que o homem está sob o controle unicamente de Deus. Somente a influência do bem, da Verdade, repousa sobre nós e sobre aqueles que amamos. O Amor divino governa todas as situações. À medida que enfrentamos e negamos a crença na existência de um pensamento dominador, encontraremos libertação. O relato seguinte dá um exemplo disso.

Um amigo meu começou a perceber que toda vez que entrava em contato com uma pessoa que tinha um carisma muito acentuado, ele fazia e dizia coisas sem sentido. Meu amigo tratou especificamente da crença de que o espiritismo tem poder, e orou para compreender que Deus é o único Ego, o único Eu Sou. Ele orou especificamente para reconhecer que somente Deus o estava influenciando e que não podia ser afetado ou dominado pelo conceito que outra pessoa tinha a seu respeito. Essas verdades o libertaram e eliminaram a sensação de estar sob a vontade e o poder de outra pessoa.

Há outros tipos de pensamentos equivocados que tentam se apossar de nós. Por exemplo, o medo. Muitas vezes o medo parece ser avassalador. Com autoridade podemos substituir o medo pelas verdades sobre o poder e a totalidade de Deus. O perfeito amor elimina o medo. A Mente divina é a única Mente, e Deus não sente medo. O homem, que expressa a Mente de Deus, nunca foi consumido por uma consciência amedrontada. Quando nos dispusermos a trabalhar espiritualmente a partir desse ponto de vista, veremos o medo desfazer-se.

Por vezes uma idéia lasciva poderá tentar apossar-se de nossos pensamentos, governando nossas ações. Também nesse caso, com a autoridade outorgada por Deus, podemos afirmar que na verdade somos a semelhança de Deus, puros e satisfeitos. O Espírito, não a matéria e suas intrigas, é a única coisa que pode satisfazer-nos.

É importante reconhecer que, assim como não há poder para tomar posse de nossos pensamentos e ações, também não há nenhuma tendência em nós que queira controlar ou se apossar de outra pessoa. Acreditar que possamos dominar e manipular abre o caminho para a crença de que nós podemos ser manipulados. À medida que compreendemos melhor a lei divina, passamos a compreender que, mesmo que desejássemos, ou pensássemos que podíamos controlar alguém, isso seria metafisicamente impossível. Deus, o criador de todo ser, está sempre expressando a Si mesmo, e essa expressão espiritual é o homem. O Espírito tem total controle sobre todo verdadeiro ser. A Bíblia declara: “Deus não faz acepção de pessoas.” Atos 10:34.

Há alguma outra maneira pela qual o espiritismo parece tentar influenciar nossa vida? A hereditariedade não seria uma crença de que aqueles que se foram antes de nós podem influenciar-nos? A genética não seria uma crença de que somos influenciados por outra pessoa por meio dos “médiuns” do DNA? Essa falsa teoria toma as mais variadas e sutis formas, inclusive a crença em contágio. No entanto, é possível provar que tudo isso é falso.

Uma mulher que estava com um resfriado muito forte, e tinha sintomas de gripe, telefonou a uma praticista em busca de ajuda pelo tratamento da Ciência Cristã. A praticista estivera ponderando sobre o espiritismo, pois era época das festividades do “dia das bruxas”, o dia de “Halloween”, nos Estados Unidos, e havia muitas brincadeiras e anúncios na televisão, que falavam de espíritos bons e maus. A praticista disse que oraria por ela, tratando especificamente da crença em espiritismo. Duas horas depois, a paciente voltou a telefonar para informar que os sintomas haviam desaparecido total e rapidamente. Não havia dúvida de que o tratamento havia sido eficaz, mas a paciente perguntou-se: “O que tem o espiritismo a ver comigo?” Depois a paciente conversou várias vezes com a praticista sobre esse assunto.

Ao orar por essa paciente, a praticista reconhecera com absoluta certeza que não há mal para ser transferido, pois Deus, o bem, enche todo o espaço e governa toda ação. Somente a paz e a alegria, o amor e a harmonia, podem ser refletidos pelo homem. A praticista explicou à mulher que tratara especificamente da crença de haver algum mal capaz de ser transferido para ela por outro ser, por um germe ou vírus. A praticista lhe dissera que somente o bem flui de Deus, a Verdade e o Amor, para o homem. O homem não é vulnerável nem indefeso. O homem é a idéia incorpórea e individual de Deus. Sua individualidade está protegida, para toda a eternidade. É o Cristo, a verdade de Deus, que está anunciando a saúde e a proteção, a pureza e a individualidade, para a consciência humana.

É maravilhoso não apenas desacreditar no espiritismo, mas também saber como refutá-lo especificamente. É de vital importância sabermos qual é a tendência geral das crenças predominantes e saber como proteger-nos delas. O espiritismo, quando compreendido, não tem poder. Portanto, a resposta à pergunta “O que o espiritismo tem a ver comigo?” é evidente. Absolutamente nada.

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