Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Amar, apesar daquele ódio

Da edição de novembro de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Acabávamos de nos mudar para outra cidade. Eu nunca havia sido muito extrovertida, e não sabia como fazer amizades. Os novos colegas foram bonzinhos e eu logo fiquei amiga da Aninha. Íamos ao mesmo clube e tocávamos viola na orquestra da escola. Todo o mundo na oitava série era legal e eu me senti bem com o grupo todo.

Depois, começamos o novo ciclo escolar. No primeiro dia de aula, eu estava petrificada, mas não foi tão ruim. Fiz amizades com meninas que vinham de outros colégios e foi tudo bem. Mas Aninha se distanciou de mim. Eu havia sido colocada numa posição mais importante na orquestra, e ela ficou ressentida. E eu andava bastante com as outras colegas na escola.

Não notei nada de errado, em especial, até que comecei a receber umas cartas anónimas, que apareceram no meu armário no colégio. Quando fui pegar meus livros, antes da aula, esses bilhetes caíram no chão. Fiquei chocadíssima com o que estava escrito neles. Diziam coisas como: "Eu te odeio", "Fica longe de mim", "Você é horrível". De início, fiquei desconcertada. Depois, reconheci a letra de Aninha e fiquei furiosa. O que é que eu tinha feito para merecer esse ódio?

Passei o dia inteiro com raiva. Quando voltei para casa, mostrei os bilhetes para minha mãe. Ela ficou tão chocada quanto eu. E me perguntou o que eu queria fazer. Eu não sabia bem por onde começar, mas sabia que tinha de orar. Mamãe se ofereceu para conversar com a mãe da Aninha, pois elas eram amigas. Isso eu não queria, pois desejava lidar com a situação por meio da oração e não queria que Aninha me odiasse ainda mais.

À medida que eu ia orando e esperando a solução, a primeira idéia que me veio foi o que Cristo Jesus disse, que devemos amar nosso próximo como a nós mesmos. No Evangelho de Mateus ele disse: "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e bendizei os que vos maldizem, fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que com desprezo vos usam e vos perseguem" Conforme a Versão King James(Mateus 5:43, 44). Esses versículos realmente eram apropriados. Fizeram-me perceber que eu tinha de amar a Aninha, apesar de todo o ódio que ela nutria contra mim.

Foi difícil, mas me esforcei por amá-la todas as vezes que eu a via. As vezes era muito difícil, mas eu sabia que Deus nos amava a ambas e que nós duas éramos perfeitas e amadas como Suas filhas.

Um mês depois, decidi perguntar a Aninha se ela havia mandado os bilhetes. Ela disse que sim. Fiquei surpresa por ela tê-lo admitido. Então perguntei por que havia feito isso. Respondeu que não sabia, mas que não me odiava de verdade. Aí mesmo eu entendi que ela havia sido curada e que eu nunca a havia odiado. Começamos a conversar mais vezes e voltamos a ser boas amigas. Nunca mais falamos sobre o que havia acontecido, pois o assunto perdeu a importância.

Há pouco tempo viajamos com a orquestra e ficamos no mesmo quarto. Não houve ciúmes nem inveja. E posso dizer, sinceramente, que prezo muito essa amizade. Aprendi que temos de amar, apesar da maneira como os outros agem. A gente tem de amar.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / novembro de 1997

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.