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Inocente, agora e para sempre

Da edição de novembro de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


"Não Posso Ser curado depois de todas as coisas más que já fiz!" "Acho que nunca serei capaz de ajudar outros pela oração, porque tenho ainda muitas coisas para melhorar na minha própria vida." "Eu deveria ter desconfiado que teria esse problema, depois do tipo da vida que levei."

Escolha qualquer uma ou todas as desculpas acima. Já lhe aconteceu pensar que alguma delas se aplicava a você? Recentemente, ouvi um solo, na igreja, que me fez refletir sobre o número de vezes em que tentara me convencer mentalmente desse tipo de raciocínio. Os versos diziam, em parte:

Quais sejam os temores que por anos te perturbaram,
Por mais profundas que sejam as tuas cicatrizes,
Tu nEle estás tão perfeito agora
Como quando Ele formou as estrelas. "Renewal" de Edgar Newgass.

Porventura há temores ou sentimentos de culpa, impedindo que nos elevemos, que nos alegremos e compreendamos a nossa liberdade e inocência?

O fato é que o homem, sendo verdadeiramente a imagem e semelhança de Deus, conforme revelado nas Escrituras, é espiritual e perfeito, portanto sempre livre de culpa, sempre demonstrando o poder do Amor divino e sempre alegremente consciente do bem inesgotável. As reminiscências de erros cometidos no passado, as imagens de doenças atuais ou oportunidades perdidas, as sugestões de agressões ou acidentes trágicos, tudo isso faz parte daquela única grande mentira de que o mal, que inclui má sorte, saúde precária, erros graves, defeitos de nascença e deficiências genéticas, seja parte da natureza do homem criado por Deus. Ainda que os mortais pareçam apresentar uma mistura de bem e mal, eles são uma contrafação do homem real, que é espiritual, perfeito e imortal. A compreensão de que todas essas condições desarmoniosas não fazem parte de nosso ser verdadeiro liberta-nos mental e fisicamente.

Isso, porém, não quer dizer que nós não tenhamos nenhuma necessidade de nos arrepender. Temos de dar provas de nossa bondade inata. O arrependimento é uma completa mudança de pensamento, mas não deveria ser um processo de autoflagelo. Ele inclui naturalmente uma reforma genuína em nossa vida, à medida que ela se torna cada vez mais próxima da verdade de nossa pureza espiritual como filhos de Deus. Somos levados a compreender que estamos desvinculados de tudo o que é maléfico e reconhecemos nossa união com o Amor divino.

Certa vez, Cristo Jesus foi posto à prova pelos escribas e fariseus do templo, curiosos de saber como o Mestre reagiria ao plano que tinham, de levar a cabo a execução de uma mulher adúltera. Eles tinham a seu favor a evidência e a certeza da lei humana. Mas Jesus foi capaz não só de anular a sentença, mas também absolveu completamente a mulher. Compreendendo o fato espiritual de que o homem de Deus é inteiramente separado do mal, ele não a condenou. Ao mesmo tempo, ressaltou a necessidade de arrependimento: "Não peques mais." João 8:11. Jesus percebia de maneira tão clara que os filhos de Deus são inocentes de todo erro, que ele curava a doença, o pecado e até venceu a morte. Somos tão perfeitos agora, como quando Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem." Génesis 1:26. Com essa percepção, podemos nos livrar de toda aquela bagagem de culpa que, em realidade, pertence à mente mortal, o falso senso de vida e inteligência separadas de Deus, o Espírito.

A Sra. Eddy, que descobriu as regras práticas, implícitas nas obras de Cristo Jesus, apresenta uma verdade espiritual básica, quando afirma, no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde: "Permanece o grande fato de que o mal não é mente. O mal não tem poder, nem inteligência, pois Deus é o bem, e portanto o bem é infinito, é Tudo."Ciência e Saúde, pp. 398–399. Já em outro trecho são ressaltadas tanto a necessidade de demonstrar isso, como a maneira de consegui-lo: "Pelo arrependimento, pelo batismo espiritual e pela regeneração, os mortais se despojam de suas crenças materiais e de sua falsa individualidade... Negar as pretensões da matéria é um grande passo em direção às alegrias do Espírito, à liberdade humana e ao triunfo final sobre o corpo."Ibidem, p. 242.

Se é apenas Deus, o bem, o Princípio divino, quem governa o homem, então, todos os erros, tragédias, males físicos e oportunidades perdidas não podem ter sido criados por Ele. Uma vez que Deus criou tudo, e tudo o que Ele criou foi bom, qualquer erro do nosso passado deve ser considerado, em princípio, uma ilusão, uma sugestão produzida e estimulada pela mente mortal, não pela Mente divina única.

Pela coragem espiritual, abandonar o erro e o pecado, deixando assim de conviver com as penalidades auto-impostas, devidas a alguma falsa associação com o mal. Podemos perceber que o erro, a mente mortal, é a única parte culpada e já está condenada ao esquecimento, pela lei de Deus.

Nosso arrependimento e reforma espiritual incluem o reconhecimento sincero e profundo de que Deus, o bem, é Tudo-em-tudo e que nós não serviremos a nenhum outro Deus a não ser o Amor divino. Nossa alegria, paz, harmonia e inocência singela são invioláveis. O filho de Deus, nossa verdadeira identidade, jamais deixou o reino dos céus, e nós somos capazes de perceber todo o bem que o Pai tem pelo Seu amado filho, aqui e agora.

Essa verdade proporciona vigoroso alívio e liberdade a qualquer um que esteja se esforçando para se livrar do passado.

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