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O verdadeiro reconhecimento e a cura

Da edição de novembro de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando Meus Filhos eram pequenos e eu os chamava para almoçar, muitas vezes eles preferiam continuar brincando. Por isso eu tinha de chamar mais alto: "Vocês não ouviram?", embora estivesse certa de que eles tivessem ouvido da primeira vez. Com o segundo chamado eu os advertia para que fossem obedientes.

Cristo Jesus exigiu outro tipo de obediência de seus seguidores, quando lhes perguntou: "Tendo olhos não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis?" Marcos 8:18. Jesus não disse isso aos cegos e surdos que vinham a ele para serem curados, mas aos seus discípulos que certamente tinham uma visão e uma audição normais. Disse-o quando não compreenderam sua advertência para que se acautelassem do fermento dos fariseus. O Mestre os incentivou a partirem de uma base espiritual em que se baseavam suas obras e seus ensinamentos, em vez de partirem de uma base material. Advertiu-os da seguinte forma: 'Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido?" Marcos 8:17. E os lembrou das provas de sustento que havia efetuado em sua presença.

A promessa de Jesus quanto ao amor e ao poder sanador de Deus não era válida apenas para os seus discípulos. Nós também podemos nos valer do amor de Deus. Para que isso ocorra é preciso que perguntemos a nós mesmos: 'Até que ponto temos olhos e não vemos e temos ouvidos e não ouvimos?" Até que ponto vemos e ouvimos espiritualmente e confiamos apenas em Deus? Desenvolvemos essa capacidade do reconhecimento espiritual quando aprendemos a nos volver a Deus para a solução de todos os problemas. Isso permite que ocorra o verdadeiro progresso que abençoa todos os aspectos de nossa vida.

Lembro-me de uma experiência que tive bem no começo de meu estudo da Ciência Cristã. A pedido de minha cunhada, uma de suas filhas, que havia tentado o suicídio, veio morar em minha casa a fim de que eu a ajudasse através da oração. Era uma menina amável e vivaz, mas de tempos em tempos se comportava de maneira estranha, trazendo sofrimento aos meus filhos. Esforcei-me seriamente para vê-la como Deus realmente a havia criado, como Sua idéia espiritual, perfeita, mas certo dia ela se comportou de maneira tão insuportável que me vi obrigada a levá-la de volta para sua mãe. Mas não consegui fazê-lo. Pensei em como minha cunhada ficaria decepcionada se lhe devolvesse a filha sem que estivesse curada.

Desesperada, telefonei para um praticista da Ciência Cristã e lhe pedi ajuda através da oração. Disse-me que me volvesse diretamente a Deus, que me daria a resposta correta. Volvi-me a Deus de todo o coração, pedindo ajuda, e então ouvi, como se fossem palavras ditas em voz alta: "Não a trate sempre como se ela fosse perfeita, mas saiba que ela o é. " Apesar de minhas declarações de que ela era espiritual, uma filha de Deus e, portanto, boa, no fundo eu não havia acreditado em minhas próprias orações. Eu havia continuado a pensar que ela era instável. Naquele momento minha sobrinha veio dar-me um beijo. Fora curada de sua instabilidade e a cura foi permanente!

Eu havia aprendido que a verdadeira visão inclui a percepção espiritual e dessa percepção faz parte a compreensão de que o homem em verdade já é perfeito. Isso é válido para a nossa verdadeira natureza espiritual mesmo que as circunstâncias humanas não acompanhem essa percepção de imediato. Podemos comprová-lo de maneira crescente através da oração e de uma obediência cada vez maior às leis de Deus. A Sra. Eddy, em seu livro Ciência e Saúde, explica: "A compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina inclui um Princípio perfeito e uma idéia perfeita Deus perfeito e homem perfeito como base do pensamento e da demonstração." Ciência e Saúde, p. 259-

Será que sempre prestamos atenção às mensagens de Deus, à inspiração que vem dEle? O ouvir atento é amplamente recompensado. Tanto o Antigo como o Novo Testamento contêm relatos de pessoas que falaram com Deus e seguiram Suas instruções. Quando Moisés, por exemplo, foi até a sarça que ardia no fogo e Deus o chamou: "Moisés, Moisés!" ele respondeu: "Eis-me aqui!"

E Deus disse: "Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa." Êxodo 3:4, 5. Em seguida recebeu a incumbência de levar os filhos de Israel para fora do Egito, tarefa que cumpriu com êxito.

Para que possamos atingir a perfeição espiritual, é indispensável sermos obedientes. Nem sempre precisamos de chamados audíveis para saber o que devemos ou não fazer. Podemos obter inspiração através da oração, através da comunhão silenciosa com o nosso Criador.

Reconhecer a realidade espiritual do ser, ouvir as instruções de Deus e segui-las, significa ver e escutar bem. Para nós, como filhos de Deus, isso é natural. Damos provas de um coração empedernido quando não vemos os outros como filhos de Deus ou quando não vemos estamos atentos às instruções de Deus e não as seguimos.

Dissolvamos a dureza de nosso coração através da humildade, da obediência e do amor para que cheguemos a um reconhecimento cada vez maior de Deus e para que aprendamos cada vez mais acerca de Seu terno amor por nós. Como a Sra. Eddy o diz de maneira tão bela em Ciência e Saúde, o livro-texto da Ciência Cristã: "Em paciente obediência a um Deus paciente, trabalhemos por dissolver, com o solvente universal do Amor, a dureza adamantina do erro — a obstinação, a justificação própria e o egotismo — que faz guerra contra a espiritualidade e é a lei do pecado e da morte." Ciência e Saúde, p. 242. A espiritualização do pensamento permite que reconheçamos a verdade que nos liberta. Assim adquirimos a capacidade de ver, de ouvir — e de curar.

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