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Mitos e verdades a respeito de garotos

Da edição de março de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Há alguns anos, conversei com a mãe de um adolescente e ela me disse que estava pensando em levar o filho a um psiquiatra, porque o comportamento dele vinha mudando muito. Ele havia adotado uma postura negativa, perdera o interesse pelos estudos e já não colaborava muito em casa. Conheço o rapaz, e o comportamento que ela descrevia, sem dúvida, não correspondia ao da pessoa que eu conhecia. Durante algum tempo eu e essa mãe conversamos sobre a situação e sobre o que ela poderia fazer para ajudar. Há pouco tempo, tive notícias dela e soube que o comportamento de seu filho havia melhorado bastante em casa e na escola.

A irritação, que a princípio minha amiga sentiu em relação à maneira de agir do filho, reflete uma atitude mental que é abordada em dois livros lançados recentemente. Os autores desses livros atribuem a crises pelas quais passam os garotos, que se traduzem em notas baixas na escola, dificuldades no relacionamento com outras pessoas, falta de auto-estima, não-utilização de todo o seu potencial, essencialmente ao fato de eles ... pertencerem ao sexo masculino. Isso, segundo alguns, por si mesmo já é ruim, sendo a causa de atos de agressão, brigas, assédio sexual e violência. Conclui-se então que devemos modificar a natureza dos garotos a fim de libertá-los de sua masculinidade, como se o fato de pertencer ao sexo masculino fosse um defeito.

Rebelar-se contra esse estereótipo não significa apenas fazer a coisa certa, mas tomar uma atitude que apóia a vida. Um ambiente contaminado pela condenação, desconfiança ou pelo medo não pode contribuir para o desenvolvimento de um jovem. Os rapazes devem ser envolvidos em expectativas elevadas e sentir-se apoiados no seu esforço para agir de acordo com essas expectativas. Devem estar cercados de sentimentos de confiança, amor, autodisciplina, para desenvolver a noção correta do que é certo e do que é errado e a disposição de ajudar outras pessoas. Resumindo, eles devem estar em contato com todas as qualidades que ajudam a promover o desenvolvimento de homens e mulheres bons, confiantes e úteis.

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