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Muito mais do que intuição feminina

Da edição de março de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Algum tempo atrás, eu e minha esposa estávamos pensando em nos mudar com a família para uma cidade que ficava no outro lado do país em que moramos. Como sou trabalhador autônomo e o único gerador de renda em nossa casa, essa mudança não estava relacionada nem com uma escolha forçada por um empregador, nem com nosso desenvolvimento profissional. Nós só estávamos considerando se a mudança seria boa para nós.

Fazendo uma análise retrospectiva, minha própria maneira de pensar encaixava-se nos padrões tipicamente masculinos. Eu era racional. Metódico. Eu relacionava tudo. Eu pesava os possíveis lucros e as possíveis perdas. Eu analisava a relação custo-benefício da mudança. Eu avaliava o amor de minha esposa pela cidade onde morávamos e considerava seu desconhecimento do Estado para onde iríamos. Eu estimava a perda de receita que teria, com a mudança de local e de clientela, bem como o tempo em que essa receita seria menor. Em resumo, eu estava totalmente confuso.

Quando se reconhece que o Espírito é a fonte divina de tudo, se desenvolve a capacidade de fazer o que é certo.

Por alguma razão, minha mulher continuava calma. Ela orava. Ela ouvia. Então, enquanto eu ainda estava mergulhado em incertezas, ela já sabia o que deveríamos fazer. Ao conversamos sobre o assunto, percebi que ela estava partindo de um ponto de vista realmente elevado de intuição espiritual, um estado mental que minha mera lógica não havia conseguido alcançar. Eu sabia que nós podíamos confiar na intuição. Ela disse calmamente que deveríamos nos mudar, e foi o que fizemos. Parei com meu raciocínio apreensivo e simplesmente confiei.

Tudo correu muito bem! Nada do que eu temia aconteceu. Não houve sequer um período de transição com perda de receita. Desde o primeiro dia, a decisão foi uma bênção em todos os sentidos. Além da mudança em si, acabei aprendendo uma lição sobre intuição espiritual, algo que, francamente, ainda preciso cultivar.

O que é bom saber é que a intuição espiritual não é prerrogativa exclusiva das mulheres. Ela se origina em Deus, que é o verdadeiro Espírito, e que é a Mãe e o Pai de todos nós. Os talentos espirituais, naturalmente, têm sua origem no Espírito. E através do amor de Deus, esses talentos são outorgados, imparcialmente, a todos nós. Todos temos um vínculo inquebrantável com Deus, que pode ser percebido através da expressão das idéias e qualidades espirituais em nossa vida. Quando os homens e as mulheres reconhecerem que o Espírito é a fonte divina de tudo o que necessitam, incluindo sabedoria e intuição espiritual, eles desenvolverão uma maior capacidade de fazer o que é certo.

A sabedoria divina, que se manifesta em nós sob a forma de percepção intuitiva do que devemos fazer, é expressa tanto pelo homem quanto pela mulher. Em Provérbios, lemos: “...adquire a sabedoria, adquire o entendimento ... Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá” (Provérbios 4:5, 6).

Por não ser digna de confiança, a determinação voluntariosa não pode ajudar ninguém, e deve ser abandonada. O que é mais útil é o que pode ser descrito como uma suave elevação do pensamento. A intuição espiritual se manifesta claramente a partir desse pensamento mais elevado. Vemos mais distintamente de que forma Deus nos criou. Percebemos as capacidades espirituais que estão disponíveis a cada um de nós. E compreendemos o que devemos fazer.

Em outras palavras, quanto mais reconhecemos o fato de que a verdadeira masculinidade e a verdadeira feminilidade encontram-se em nosso reflexo individual de Deus, adquirimos uma intuição mais útil. O verdadeiro valor de cada um de nós, que é tão inestimável para Deus, como é o valor de um filho para sua mãe, aparece claramente. E o resultado disso são deci-sões mais acertadas. O mundo inteiro anseia por essa perspectiva mais elevada e por seu impacto curativo.

A fundadora desta revista, Mary Baker Eddy, enfrentou grandes obs-táculos, em parte devido ao fato de ser uma mulher com uma mensagem muito arrojada. Ela cultivava uma compreensão e uma intuição espirituais que a ajudaram a ultra-passar muitos desses obstáculos e a seguir em frente na cura das pessoas por meio da oração. Certa ocasião, a primeira mulher que ela havia nomeado para dar conferên-cias sobre a Christian Science, chamada Annie Knott, estava recebendo poucos con-vites para conferências. Havia uma prefe-rência por conferencistas do sexo masculino. Ela então recomendou à Sra. Knott: “Você precisa elevar-se à altitude da verdadeira feminilidade, e então o mundo inteiro vai querer ouvi-la...”. Pouco tempo depois, Knott começou a ser requisitada para dar conferências.

Há ainda muito a ser feito para se alcançar maior igualdade entre o homem e a mulher e colocar fim à discriminação da mulher. Algo que as mulheres podem fazer é elevarem-se à altitude de sua verdadeira feminilidade, como imagem de Deus. Da mesma forma, algo que os homens podem fazer é elevar seu conceito de feminilidade e abandonar os pontos de vista degradantes e limitados sobre as mulheres. Então, tanto as mulheres quanto os homens encontrarão novas maneiras de pensar, que acabem com os estereótipos, e passarão a utilizar a intui-ção espiritual que está disponível a todos nós.

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