Hoje, recebi um e-mail de minha irmã, que mora na Itália. Ela conta que tem agora uma nova “ilha”, por assim dizer. Seu nome é Luisa, e é uma jovem que está estudando em Roma, longe da família. Luisa precisa do apoio e do carinho de uma mãe “postiça”. Minha irmã é a pessoa certa para exercer esse papel: tem uma atitude tranqüila frente às dificuldades da vida, possui justamente as qualidades necessárias para desarmar aquelas “bombas emocionais” que muitas vezes nos fazem exclamar: “Eu quero minha mãe!”
Bem, minha irmã é um exemplo a mais daquilo que Leide Lessa relata em seu artigo, Celebrando o Dia das Mães de uma forma diferente, neste número. Apresentamos a nossos leitores uma noção mais ampla de maternidade, uma visão mais elevada do que a convencional ou a retratada nos anúncios do Dia das Mães. Realmente, ser mãe é algo que vai muito além de ter filhos biológicos; aliás, nem é preciso ser mulher. O que é preciso é ter carinho e interesse pelo outro, bem como a percepção de qual é a necessidade do outro. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz isso assim: “...bem-aventurado é aquele homem que vê a necessidade de seu irmão e a satisfaz, buscando o seu próprio bem no bem que proporciona a outrem” (p. 518).
E, que tal se todos escolhermos, como profissão, a possibilidade de abençoar outros e assim, ser também abençoados? Você já pensou que a atitude descrita em Ciência e Saúde, de ver a necessidade de alguém e ajudá-lo a satisfazê-la, pode ser a nota tônica de qualquer trabalho que façamos, em qualquer campo?
Em nossa sociedade, estamos acostumados a definir-nos e aos outros em termos de profissão. Por isso, toda decisão a esse respeito assume grande importância. Em seu relato, Eu não queria aquele emprego, Evan Mehlenbacher nos conta sua trajetória espiritual, quando teve de escolher a profissão, e relata como foi importante pensar em ser uma bênção para os outros, ao invés de ser meramente um profissional. E, nesse tema, tanto Debby Miller como Jackson G. dos Santos nos mostram que grandes crises profissionais e econômicas podem significar grandes passos de progresso, se forem enfrentadas com os recursos divinos da inspiração espiritual.
Tudo isso, e muito mais, está agora em suas mãos para ser lido e colocado em prática. Para nós, foi um prazer preparar este número. Ele faz parte de nossos humildes esforços por buscar nosso próprio bem no bem que proporcionamos aos queridos leitores.
Com afeto,
