Casei-me há treze anos. Um ano após meu casamento, fiquei grávida de gêmeos. Infelizmente minha gravidez foi interrompida aos dois meses. Os médicos me disseram que eu não poderia engravidar de novo, e que se isso ocorresse eu deveria fazer repouso absoluto. A previsão era de que eu sofreria um aborto espontâneo ao terceiro mês, por causa do peso do bebê, visto que meu útero estava mais abaixo do que o normal.
Após essa cura, fiquei feliz e grata a Deus. Senti que todos também podem ser curados por Ele.
Já havia sofrido outras perdas na família, pois minha mãe e minha irmã haviam falecido um pouco antes disso. Passei, então, a ter um medo muito grande de perder tudo o que me era valioso.
Passei por vários problemas de saúde, inclusive depressão. Psicólogos me diziam que eu não era doente, mas quando eu saía, só me sentia segura se tivesse remédios na bolsa. Em 1992 resolvi começar a estudar a Christian Science com afinco. Meu objetivo era conhecer a Deus e compreender a mim mesma como Sua filha. Ao estudar a Bíblia, juntamente com Ciência e Saúde, foram desaparecendo tanto o medo de engravidar e de perder tudo o que tinha, inclusive meu marido, quanto a tristeza por causa do falecimento da minha mãe e da minha irmã.
Certo dia, saí e percebi que os remédios não estavam na bolsa. Mas, como eu já estava na rua, preferi não voltar para casa. Só então dei-me conta de que poderia andar sem os remédios. Mas, no momento mais crítico da minha depressão, fui curada ao ler o Salmo 31 que começa assim: “Em ti Senhor, me refugio. Não seja eu jamais envergonhado; livra-me por tua justiça. Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa; sê o meu castelo forte, cidadela que me salve.” Depois dessa leitura, refleti e senti uma paz muito grande. Perdi definitivamente a vontade de me suicidar e o medo de ficar sozinha.
Após essa cura, fiquei muito feliz e grata a Deus. Senti que todos também podem ser curados por Ele. Uma das provas mais lindas que tive de que isso é verdade, foi a cura de um rapaz que ficava sempre perto da loja em que eu trabalhava. Ele também era muito depressivo e, como queria se suicidar, achava que a bebida era a solução. Um dia ele caiu no meio de uma estrada bem movimentada, mas não foi atropelado. Sempre que eu o via, eu orava para ele, pensando que Deus dá a oportunidade, tanto para ele como para todos nós, de encontrar a felicidade, pois todos somos Seus filhos amados. Certa vez, ele ouviu alguém dizendo: “Deus é Amor”. Isso o tocou muito. Um tempo depois, fui visitá-lo. Ele não só foi curado do alcoolismo como voltou a morar com a esposa e encontrou um emprego.
Essas curas me motivaram a continuar estudando a Christian Science. Muitas coisas boas começaram a acontecer naturalmente. Em 1996 fiz um curso sobre a Christian Science, que me ajudou a conhecer a Deus mais profundamente e me ensinou a orar reconhecendo o bem que Ele nos dá. Antes, eu só sabia pedir.
Durante esse curso, porém, senti-me um pouco deslocada, pois todos os participantes tinham filhos. Eles diziam que os filhos lhes traziam alegria e eu pensava: “mas, por que eu não posso ter filhos?” Daí comecei a pensar em engravidar, mas sem aquele medo terrível de antes. Dois meses após o término desse curso, eu estava grávida. Comecei a orar, sabendo que aquela criança era amada por Deus. Tive uma excelente gravidez, sem problemas. O próprio médico me dizia que a criança e eu estávamos muito bem, inclusive meu útero estava na posição certa.
O parto foi normal, mas fizeram-me um corte excessivamente grande, o que provocou muita perda de sangue e uma anemia profunda. Eu não tinha condições de amamentar o bebê, o João Pedro, e o diagnóstico era de que eu talvez não conseguisse me restabelecer. Durante todo esse tempo, fiquei orando. Sabia que aquela criança só poderia me trazer alegrias e nada poderia tirar de mim essa alegria data por Deus.
No hospital em que eu estava não era permitido levar nenhum objeto pessoal, por isso eu não tinha nenhuma publicação de Christian Science para ler. Também não havia telefone para entrar em contato com um praticista. Mas eu sabia que isso não poderia me separar de Deus. Veio-me á memória um trecho de Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy, que diz assim: "A luz do sol cintila da cúpula de igreja, espia dentro da cela da prisão, insinua-se no quarto do doente, dá esplendor à flor, embeleza a pai-sagem, abençoa a terra" (p. 516). Isso me deu a certeza de que Deus estava ali comigo. Também me lembrei do hino 58 do Hinário da Ciência Cristã que diz: :Tu és Vida, és Ciência." Pensei, então, que a minha vida não dependia de intervenções médicas, mas que é o reflexo da Vida, Deus. Mais tarde, recebi alta e ao chegar em casa pedi a uma praticista da Christian Science que orasse por mim. Com a oração, meu restabele-cimento foi completo. Pude inclusive amamentar meu filho até que completasse um ano.
Aproximadamente dezoito meses depois do nascimento do João Pedro, engravidei novamente. A gravidez e o parto foram normais, sem nenhuma complicação e tive gêmeas, Juliana e Lidiane. Hoje, tanto as crianças quanto eu gozamos de perfeita saúde. Elas frequentam a Escola Dominical da Christian Science e sabem que Deus é Amor. Oro, constantemente, reco-nhecendo a presença de Deus na nossa vida e a saúde que Ele nos dá.
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
