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Matéria de capa

Celebrando o Dia das Mães de uma forma diferente

Da edição de maio de 2002 dO Arauto da Ciência Cristã


alguns anos uma grande amiga contoume que, ao segurar pela primeira vez seu bebê recém-nascido, pensou que mesmo se ela não o houvesse gerado, seria capaz de amá-lo da mesma forma. Essa colocação me intrigou durante muitos anos, mas hoje eu acho que a entendo.

Durante o mês de maio sempre somos bombardeados por propagandas e decorações em lojas sobre o Dia das Mães, o que, é claro, ajuda os comerciantes a venderem mais. Entretanto, traz tristeza aos que não têm mãe ou àquelas mulheres que gostariam de ser ou de ter sido mães. E ninguém quer ficar triste, mas às vezes parece inevitável.

Lembro-me, por exemplo, da minha juventude, quando em determinada época sentia muita falta de minha mãe. Tenho poucas lembranças dela e de nosso relacionamento, mas sempre ouvi histórias a seu respeito que me instigaram a curiosidade de tê-la conhecido melhor. Por mais que eu soubesse que lágrimas ou revolta não eram a solução, às vezes era difícil controlá-las.

Mas, eu nunca deixei de cultivar meu relacionamento com Deus. De uma certa forma, inexplicável para mim na época, eu sentia Sua presença, Sua orientação, Seu carinho. E a Oração do Senhor (ver Mateus 6:9–13) foi uma maneira que encontrei, desde pequena, para conversar com Ele. A primeira frase dessa oração diz: “Pai nosso que estás nos céus” e Mary Baker Eddy, a fundadora desta revista, a interpreta assim: “Nosso Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso” (ver Ciência e Saúde, p. 16). Eu orava o Pai nosso, repetia-o diversas vezes e estudava essa interpretação, mas, na verdade, nunca a relacionei com minha mãe, ou com a mãe de alguma outra pessoa.

Já adulta, certo dia, em uma reunião em que se falava sobre o aspecto maternal de Deus, dei-me conta de que há muito tempo não sentia mais pesar pelo falecimento de minha mãe e sua presença não me fazia falta, apesar de continuar sentindo muita admiração e respeito por ela. Nesse dia, também me apercebi que diversas “mães” me chamavam de filha, porque sentiam um afeto especial por mim. Compreender que Deus é minha mãe e a mãe de todos eliminou a tristeza e o pesar e trouxe-me uma nova perspectiva sobre a vida e minha maneira de ser.

Se Deus é Mãe e nós somos a Sua imagem e semelhança, cada um de nós é o reflexo dEssa Mãe e, como consequência, independentemente de termos nossos próprios filhos ou não, Deus expressa em nós Suas qualidades maternais. E todas elas são qualidades que não se limitam ao sexo, à idade, ou à maturidade de cada um. Por exemplo, o que se espera de uma mãe? Que seja amável, carinhosa, prestativa, paciente, cuidadosa, organizada, mas também que aja com determinação, com inteligência, com pontualidade, com vigor e tenha fibra para enfrentar e resolver problemas? Não me parece justo limitar uma ou todas essas qualidades só àquelas mulheres que têm filhos. Como ficariam as demais? E os homens, então? Admitir tal coisa, além de absurdo, seria limitar a criação de Deus, achar que uns podem ser o Seu reflexo e outros não, e ainda em determinada época, sob algumas condições.

Eu procuro deixar aflorar tais “qualidades maternais” em tudo o que faço e com todos: familiares, amigos, jovens e crianças. Oportunidades não faltam. Confesso que não é algo premeditado, mas simplesmente natural, pois reconheço que sou a expressão de Deus, que é Mãe. Comecei a dar-me conta disso, quando ouvi comentários amorosos de diferentes amigos dizendo que “sou mãe de todo mundo”. No último Dia das Mães até recebi um cartão de uma amiga dizendo que eu dava amor de mãe a tantas pessoas e que isso era tão bom!

Procuro deixar aflorar as “qualidades maternais” em tudo o que faço e com todos: familiares, amigos, jovens e crianças.

Mary Baker Eddy também teve uma experiência interessante a respeito de maternidade. Seu filhinho, com apenas quatro anos, foi levado para longe, pois a saúde dela era muito frágil para cuidar dele. A família que tomava conta do menino, mudou-se para o oeste do país e ela só foi revê-lo trinta anos mais tarde (ver Retrospecção e Introspecção, p. 19–21). Em sua vida pessoal e profissional, a Sra. Eddy foi um bom exemplo daquilo que esperamos de uma mãe, mesmo não sabendo do paradeiro de seu filho por todos aqueles anos. Na verdade, ao tornar-se a Descobridora, Fundadora e a Primeira Professora da Christian Science, seus alunos a consideravam como “mãe” e a tratavam como “mãe”. Poderíamos, então, dizer, que ela teve “milhares de filhos”.

Reconhecer que Deus é nossa verdadeira Mãe e que com Ela e por Ela podemos celebrar todos os dias do ano traz-nos imensa alegria. E saber que somos, em todas as épocas da nossa vida, a imagem e semelhança dessa única Mãe, dá a todos nós, mulheres e homens, crianças, jovens e adultos, muita força e coragem para amar incondicionalmente; enche nosso coração de bondade e alegria para fazer o bem ao nosso próximo, envolvendo-o com qualidades maternais, seja ele uma criança, um jovem, um adulto ou um velhinho.

Acho que, por isso, consigo hoje entender minha amiga e pegar uma criança no colo, ouvir a um familiar, um amigo ou um conhecido e amá-los como se fossem meus filhos.

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