Há muitos anos, quando eu estava na oitava série, fui inscrita numa nova escola. Os outros estudantes se conheciam desde pequenos e ninguém estava interessado em fazer amizade comigo. Eu me sentia triste e só. Um tempo depois, no começo de dezembro, um aluno da minha turma teve varíola. Cartas foram enviadas aos pais, avisando que todos os estudantes teriam de ser vacinados. Minha mãe confiou exclusivamente na Christian Science para que eu me mantivesse saudável e enviou uma carta à escola, pedindo para que eu não fosse vacinada.
Certo dia, uma enfermeira veio à nossa sala de aula e pediu que todas as crianças, menos eu, fossem a seu consultório para serem vacinadas. Lá fiquei eu, sozinha, muito desgostosa na época, por ter ficado de lado, “diferente” dos outros. Quando os alunos voltaram, perguntaram porque eu não queria ser vacinada e avisaram que eu ficaria doente em breve.
Logo depois, no segundo dia das férias de Natal, mamãe percebeu uma erupção no meu corpo. Ela telefonou a uma praticista da Christian Science e pediu que ela orasse conosco. Uma idéia que muito nos ajudou encontrase em Ciência e Saúde: “Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente. Quando se apresenta a condição que, segundo dizes, causa a moléstia, quer seja ar, exercício, hereditariedade, contágio ou acidente, então desempenha tua função como porteiro e veda a entrada a esses pensamentos e temores doentios. Exclui da mente mortal os erros nocivos; então, o corpo não poderá sofrer por causa deles” (p. 392).
Nossas orações afirmavam que Deus estava presente e era todopoderoso e que os pensamentos doentios não podiam ocupar lugar nenhum, pois não eram reais. Aferramo-nos à verdade de que nada, absolutamente nada, poderia entrar em nosso pensamento a não ser os pensamentos de Deus, que eram amorosos, puros, belos e eternos.
De acordo com a lei, um médico veio verificar se eu estava com varíola. Disse-nos que era o início da doença.
Eu me lembro de que, durante os dias seguintes, minha família e a praticista da Christian Science continuaram a orar por mim e o médico continuou a nos visitar. Ele afirmou estar surpreso porque a doença não estava se desenvolvendo com os sintomas esperados. Ele trouxe consigo um membro do departamento de saúde, que confirmou que a doença era varíola. Disse, porém, que nunca havia visto os sintomas serem detidos, como no meu caso. Dentro de alguns dias os dois declararam que a doença tinha não só cessado, como também desaparecido completamente.
Quando as férias terminaram, voltei à escola muito contente e grata pela cura obtida. Alguns dias depois, um grupo de meninas estava conversando no corredor e me convidaram a participar da discussão. Os últimos anos do ensino médio foram muito felizes para mim. Ainda hoje tenho amizade com muitos alunos daquela época.
Essa cura ocorreu há muito tempo e honestamente não me lembro de todos os detalhes de nossas orações. Mas, por estudar a Christian Science a vida toda, vejo claramente a verdade que me auxiliou. Esta frase de Mary Baker Eddy explica muito bem minha cura: “Na eventualidade de uma doença contagiosa, os Cientistas Cristãos se empenham em elevar-se conscientemente até o verdadeiro senso de onipotência da Vida, da Verdade e do Amor, e esse grandioso fato na Christian Science, quando compreendido, fará cessar o contágio” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 116).
Carmichael, Califórnia, EUA
